CAPÍTULO 44

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Maeve

Eu acordo tonta, sentindo que meu corpo caiu de um precipício e saiu rolando em milhares de pedras pontiagudas

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Eu acordo tonta, sentindo que meu corpo caiu de um precipício e saiu rolando em milhares de pedras pontiagudas. Crio forças para me arrumar e enfrentar a Jule e a Abi. Elas estão indiferentes. Sei o motivo, sei que adorariam dar uns tapas na minha cara e me sacudirem, mas já fizeram isso centenas de vezes, ao me alertarem sobre o Caym e sobre a forma de eu querer ascender à minha magia.

— O que aconteceu com vocês? — pergunto, magoada pelas duas estarem quietas comigo, me olhando de canto e suspirando nervosas.

— Não queremos falar mais, Eve... só chegamos ao limite. Precisa dar um jeito nisso — Jule resmunga, enquanto faz chapinha no cabelo.

Abi também está se arrumando.

— Eu estou bem, já disse para vocês. Sei que estão preocupadas comigo e tentando me proteger, mas foi a minha escolha receber ajuda do Caym. Por favor, parem de ser indiferentes, não quero mais discutir, sinto falta das minhas melhores amigas...

— Nós que estamos cansadas de discutir com você, de tentar colocar juízo na sua cabeça! Então chega, continuaremos assim até desistir dessa ideia doente de deixar o Caym te assassinar, porque para nós, é isso que ele está fazendo, te torturando e tentando te matar, enquanto se delicia de prazer! — Abi acusa furiosa, apontando o dedo na minha direção. — E não tente nos contestar sobre esse método ser a sua escolha! Aquele demônio está te manipulando! Olhe para você, Eve, para as cicatrizes e os ferimentos recentes no seu corpo, fora o seu psicológico fodido, de tanta exaustão.

Abaixo a cabeça, olhando para os meus punhos roxos, marcados pelas cordas e correntes que o Caym me amarrou.

— Por enquanto, não conte conosco para te apoiar nesse suicídio. Recupere a sua lucidez e veja o que não está certo — Jule complementa.

— Estão me fazendo escolher um lado?

— Não, estamos te fazendo escolher o certo, antes que seja tarde demais.

Engulo em seco, para não berrar com elas e saio rapidamente do quarto. Meus olhos ardem, querendo chorar.

Eu sei que não estou aguentando mais, que meu corpo está no limite. Só que eu quero a minha magia, eu quero muito. Se eu não tiver pelo menos isso, prefiro desistir de viver.

— Maeve? — Vlad me vê sentada sozinha na arquibancada e se afasta do Caym e dos seus amigos para se aproximar de mim.

Estou assistindo-os treinarem para o campeonato, falta apenas uma semana.

— Oi, Vlad...

— Que carinha é essa? Está acabada, derrotada.

— Obrigada, está jogando a última pá de terra para me enterrar.

Ele ri e se senta ao meu lado, olhando para minhas mãos machucadas, tento disfarçar e escondê-las, mas ele é rápido e me impede.

— Que merda... olhe seus punhos também.

Nas Sombras do Amor - DARK ACADEMY (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora