Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Esperei o dia seguinte para conversar com o Ares, mas não consegui sequer tocar no assunto, porque a Carrie e a minha irmã apareceram, trombando em mim e debochando da minha cara, as duas agora viraram superamigas e minhas super inimigas. Ares me defendeu com unhas e dentes e as fez calarem a boca na hora. Ou seja, depois disso, não tive coragem de falar o que eu queria com ele... sobre o fim do nosso relacionamento, que nem começou direito. E para ajudar, o Ares me deu um selinho rápido, dizendo que precisava ir ou perderia a sua aula com o aterrorizante professor Lazar. Então saiu rápido.
Abi e Jule assistiram à cena de camarote e sussurraram um "precisa desiludi-lo logo".
Fiquei o restante do dia pensando nessa situação constrangedora. Foi só no final da tarde seguinte, no dormitório dele, que eu consegui pegá-lo sozinho e olhar no fundo dos seus olhos, antes de tomar coragem e jorrar minhas palavras... sinceras e dolorosas.
Eu choro e ele rapidamente segura o meu rosto, afagando as minhas lágrimas.
— Eve, eu jamais ficaria bravo ou me afastaria de você por causa disso — fala calmo. — Entendo que está enfrentando uma fase dolorosa, pelo luto da sua mãe, pelo ódio cego da sua irmã e todo o resto. Nunca te julgaria por nada ou insistiria em uma relação por puro capricho meu, entendeu? Apenas vou te esperar.
Suas palavras só me fazem chorar mais.
— Acho que eu não mereço um homem tão compreensível e amoroso como você, Ares. Por isso, não me espere, não faça isso. De uma chance para outra pessoa.
— Para quem, se eu só tenho olhos para uma garota perfeita, que não tem culpa de todo esse sofrimento? Estarei aqui, Eve, ainda sendo o seu amigo e te ajudando a passar por isso. Não deixarei que ninguém te humilhe e te machuque mais. Cuidarei de você, te protegerei.
Emociono-me e só tenho forças para abraçá-lo, porque ninguém nunca me disse isso... ninguém nunca disse que cuidaria de mim e me protegeria.
— Obrigada, Ares...
Ele beija a minha testa, afagando os meus cabelos.
Fico ainda algumas horas no seu dormitório, deitada ao seu lado da cama. Ares não permite que eu vá embora, ele me faz ficar e ouvir suas histórias, que no fim me acalmaram e substituíram meu semblante triste por sorrisos e gargalhadas.
Comprovo que não sei mais viver sem ele, sem seu bom humor e sem sua amizade.
Despeço-me do Ares para ir embora quando o Draco, irmão do Caym, aparece no dormitório que dividem juntos. Ele obviamente faz suas graças imbecis e fico com vontade de matá-lo, mas me controlo e saio rápido.
E não bastando o encontro com um Deimo, para terminar de completar meu dia, ainda trombo com o Caym e seus amigos desgraçados que me assediam e falam um monte de merda. Ele sequer se importou.
