Capítulo 45

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• Maiara Pereira •

Ele deslizou a mão que descansava nas minhas costas até a minha nuca e agarrou um punhado de cabelo, capturando a minha boca com urgência, sem esperar para entrelaçar nossas línguas.

Amava o frescor do seu hálito, que agora contava com notas do vinho, e o calor de sua língua, que se tornava febril assim que se unia à minha. Os nossos pés não dançavam mais, mas todo o resto dançou.

Mãos ansiosas percorreram o meu corpo, deixando o rastro do seu aperto por onde passavam. Duro e impiedoso, assim como eu gostava que ele fosse. Banqueteando-se da minha boca, habilmente desatou o meu sutiã.

Queria ver aquele corpo esculpido também.

Agarrei na bainha da sua camiseta e a ergui. Meu esposo entendeu o recado e me ajudou a tirá-la. Me afastei, dando dois passos para trás, apenas para ver pela milésima vez o abdômen marcado e a linha V que fazia um caminho até o seu pau grosso.

Sabendo o quanto eu gostava de vê-lo, o quanto eu o desejava, muniu-se de um sorriso malicioso e desatou o cinto, olhando fixamente para mim. Não conseguia evitar a saliva que se acumulava na minha boca, nem o meu coração acelerado, nem o meu umedecer constante dos lábios.

Fernando: Vira de costas e tira a calcinha pra mim — ordenou, a cerca de dois metros de distância de mim. Um arrepio percorreu dos meus pés até a minha nuca.

Fernando me desafiava e eu descobri, com ele, que amava um desafio. Virei-me de costas e tirei a calcinha fina de renda devagar, inclinando o corpo para frente para que a minha bunda ficasse empinada para ele.

Só então me virei para ficar de frente outra vez. Seus olhos estavam mais escuros, carregados de desejo, o que só aumentou a pressão entre as minhas coxas. Um gemido involuntário escapou da minha garganta quando ele tirou o resto da roupa e segurou o pau ereto, tocando nele sem tirar os olhos de mim.

Aproximou-se, enrolou meus cabelos longos no pulso e puxou a minha cabeça para trás. Seu pau roçou no meu abdômen e, sem ele nem mesmo me acariciar, eu já sentia a umidade se concentrando entre as minhas pernas.

Fernando: Eu não vou fazer amor com você hoje — determinou em um timbre de voz baixo, bem ao pé do meu ouvido.

Maiara: Não? — gemi, decepcionada.

Fernando: Não vou te oferecer rosas amarelas também. Hoje, eu vou te foder inteira. — Ele estava deixando claro que não haveria romantismo. Sua promessa foi como um chicote serpenteando o meu corpo. Todos os meus sentidos sexuais foram ativados ao mesmo tempo. — E eu vou tomar o que eu quiser. Você vai me dar tudo, Maiara?

Fechei os olhos, estremecendo apenas com a promessa.

Maiara: Tudo, tudo que você quiser.

Fernando: Muito bom, minha garota. Comece se ajoelhando. Agora. — Soltou o meu cabelo com brutalidade. Flexionei uma perna e depois a outra, seguindo sua ordem. Um sorriso presunçoso surgiu em seus lábios.

Queria ter seu pau socado na minha garganta, queria o seu gozo explodindo na minha boca, e queria tudo com urgência, mas ele parecia estar nutrido de muita calma. Segurando na base do seu pau, desenhado pelas veias dilatadas, encostou a cabeça rosa na minha boca entreaberta e a pincelou pelos meus lábios.

Maiara: Fode a minha boca, amor. Eu amo quando você goza dentro dela. — Nossos anos juntos também me deram coragem para ser safada com ele.

Fernando: Sabe onde vou gozar hoje? — perguntou e bateu o pau na minha cara. Eu amava quando ele me tratava como o seu brinquedo dentro do quarto.

A parte que me faltavaOnde histórias criam vida. Descubra agora