Cap_34

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Pov_Becky

Depois de um tempo na calçada chorando, eu entro no elevador para ir para casa. A única coisa que quero nesse momento é me trancar no quarto e não ver mais ninguém. Assim que abro a porta de casa, escuto meu telefone tocar. Corro para atender, pensando que é a Freen, porém é um número desconhecido. Resolvo ignorar e me jogo no sofá, com meus olhos banhados em lágrimas novamente. E de novo meu telefone toca, então o atendo.

Ligação on

- Quem é? - pergunto com a voz embargada.

- Becky, sou eu, a Manuela.

- Ah, oi Manuela. Como conseguiu meu número? - funguei quando terminei de falar.

- Ontem, quando você me deu ele para eu chamar alguém para te buscar. Becky, você está bem?

- Eu estou bem, Manuela, e obrigado por ontem – falei com a voz ainda embargada.

- Becky, tem certeza que você está bem? Você está chorando, por que sua voz está estranha? Foi a Freen? Vocês não fizeram as pazes? - Assim que escuto o nome dela, minhas lágrimas começam a sair sem parar.

- Becky? Você está aí?

- O....Oi, estou sim.

- Me passa seu endereço que vou aí.

- Não precisa.

- Becky, passa logo esse endereço ou eu vou dar um jeito de descobrir sozinha – passei o endereço e desliguei a chamada.

Ligação off

Eu acabei cochilando depois de tanto chorar, mas infelizmente sou acordada pelo interfone tocando, e me levanto para atender.

- Dona Rebecca, tem uma mulher chamada Manuela, ela falou que é uma amiga sua. Posso deixá-la subir?

- Sim, seu Saint, pode deixá-la subir. Obrigado.

Cinco minutos depois, a campainha toca e vou abrir a porta. Assim que abro, sou surpreendida pela Manuela me abraçando e começo a chorar novamente em seus braços. Depois de um tempo, consigo me acalmar e me sento com ela no sofá.

- E aí, me conta o que aconteceu?

- Na verdade, agora não quero falar sobre nada. Estou morrendo de dor de cabeça, apenas quero ficar aqui deitada mesmo.

- Ok, vou ficar aqui calada só te fazendo companhia então.

Ela realmente cumpriu o que falou, ficou ao meu lado o tempo todo em silêncio, até que apaguei no sofá mesmo. Nem sei quanto tempo eu dormi.

Fui acordada pelo aroma maravilhoso vindo da cozinha. Olho ao redor e não vejo a Manuela, então apenas sigo o cheiro. Entro na cozinha e Manuela está lá, colocando comida para o bombom.

- Boa noite, bela adormecida – ela fala após colocar a comida do bombom.

- Espero que não se importe, mas mexi na sua cozinha. Você está com fome?

- Pode ficar tranquila, não tem problema nenhum. Na verdade, eu estou sem fome. Que horas são?

- Já são 18:00. E como é o nome desse garoto aqui, hein?

- O nome dele é Bombom.

- Que nome bonito, garoto. - Ela se agachou e acariciou o pelo dele. - Sinto em lhe falar, mas você vai comer sim, Rebecca. Nem que eu te amarre na cadeira e te force a comer. Escolhi não desafiá-la, mesmo conhecendo-a há pouco tempo. Sei que ela é capaz de fazer isso.

Entre Amores e Sorrisos: O Romance da Dentista e da Advogada (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora