Cap_52

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Pov_Freen

Becky me falou que a assistente social viria hoje, então tiramos o dia de folga. Ela pediu para Manu e Tia Meeh também estarem presentes. Enquanto estou aqui ajudando Tia Meeh, aquelas outras duas crianças estão na sala brigando com a Sophia. O som da campainha tocando chama nossa atenção e me sinto nervosa, mas tento deixá-lo de lado e vou até a sala. Vejo Manu com a Sophia ainda brincando e Becky atendendo a porta. Ela dá espaço para uma mulher na faixa dos quarenta anos, com óculos de grau, vestindo um vestido preto solto. Ela era elegante, isso não podia negar.

- Essa aqui é minha noiva, Freen - Becky aponta para mim e ofereço um sorriso gentil à mulher em minha frente – aquela ali é a Manuela, a babá da Sophia, e a pequena em seus braços é a pequena Sophia. Ela cumprimenta a Manu e Becky fala para ela se sentar.

- Você aceita um chá, café ou alguma outra coisa? - pergunto, tentando ser gentil.

- Um chá seria ótimo - ela diz, e me levanto para ajudar a tia Meeh a preparar uma bandeja com chá e biscoitos. Volto para a sala e coloco a bandeja na mesinha que está em frente a ela.

- Bom, eu sou a Cristina, assistente social. Será que vocês podem me mostrar o apartamento enquanto conversamos?

- Claro que podemos - nós nos levantamos e Becky apresenta os cômodos a ela. - Aqui é a cozinha, essa aqui é a tia Meeh, ela é a cozinheira, mas considero ela como da família. Faz tempo que Tia Meeh trabalha comigo - ela cumprimenta tia Meeh e observa ao redor, anotando algo na prancheta que tem em mãos.

- Quando vocês pretendem casar?

- Antes do final do ano, Dona Cristina - Becky é quem responde. Continuamos a mostrar todos os cômodos para a Cristina, e Becky deixou o quarto da Sophia por último. Ela chega à porta do quarto e deixa a Dona Cristina entrar primeiro. - Bom, esse aqui é o quarto da Sophia.

- De fato o quarto muito bonito e espaçoso. Voltamos para a sala, onde Manu está com a pequena e ela começou a fazer perguntas sobre como foi nosso dia, como dividimos o tempo entre trabalho e cuidar de um bebê, como estava sendo nossa relação no dia a dia com o bebê e se estávamos tendo algum problema com a maternidade. Respondemos todas as suas perguntas tranquilamente.

- Bom, Srta. Armstrong e Sarocha, acho que já está bom, já deu minha hora. Obrigado por me receber e não se preocupem, o juiz quem vai dar a resposta. Então é isso, tenham uma boa tarde. Nos despedimos dela e eu a acompanhei até a porta.

- Aí, baby, você acha que vamos conseguir? - Becky pergunta quando volto para a sala.

- É claro que vocês vão. Vocês, sem dúvidas, são as melhores mães que alguém poderia ter.

- Manu, eu não vou aumentar o seu salário se é isso que está querendo.

- Não custava eu tentar, né? - Manu fala, fazendo nós três caírem na risada. - Tô brincando, mas realmente vocês duas são incríveis. Não teria ninguém melhor para ser a mãe dessa pequena aqui.

- Você já está liberada, Manu. Se quiser ir embora, pode ir.

- Obrigada, Becky. Vou indo nessa então, marquei com uma amiga de sair. - Manu nos dá um abraço e deixa um beijo na testa de Sophia e vai embora.

- Baby, o que acha de irmos dar uma volta no shopping? Aproveitar que tiramos o dia de folga hoje e também a Sophia está sem roupas. Suas roupas já não estão cabendo, mas estão todas pequenas.

- Deixa eu me arrumar e você vai arrumar a Sophia que vamos.

Becky vestiu na Sophia um conjuntinho rosa com uma tiara da mesma cor e um tênis branco. Ela estava a bebê mais linda do mundo. Já a Becky estava mais largada, com uma calça moletom preta e com uma blusinha branca. Peguei a bolsa de Sophia e fomos para o carro. Eu coloquei Sophia na cadeirinha e fechei a trava da cadeirinha. Quando entrei no carro, Becky colou seus lábios nos meus, me dando um selinho rápido. Retribuí, dando um sorriso.

Logo, já estávamos no shopping, em uma loja que só tinha roupa de bebê.

- Olha, baby, esse vestido de unicórnio. Ela vai ficar linda com esse, não é, Sophia? O que você acha, hum?

- Dada, dada.

- Tá vendo, baby, ela gostou. Vamos levar então. - Ela me deixou com um sorriso nos lábios. Escolhemos várias roupinhas para Sophia, inclusive sapatinhos e tiaras.

- Pronto, vamos comer agora, estou com fome baby.

- Tá, vamos. Estávamos indo procurar algum restaurante, mas vi uma sorveteria e não resisti.

- Amor, espera aqui que vou ali comprar um sorvete. Você quer?

- Não quero não, mas pode ir. Vamos te esperar aqui. - Deixo um selinho em seus lábios e corro para a sorveteria. Tem algumas pessoas na minha frente na fila, mas nada que não possa esperar. Finalmente chega minha vez, faço meu pedido e espero alguns minutos. Ainda com meu sorvete em mãos, volto para minha menina. Só a imagem que vejo é de uma mulher abaixada tentando falar com minha filha e cheia de sorrisos para o lado da Rebecca. Não me agrada em nada. Apresso meus passos até chegar nelas, finjo nem ver a mulher.

- Oi amor, desculpa a demora, mas tinha algumas pessoas na minha frente. - Puxo seu rosto e colo nossos lábios, dando um beijo demorado. Nos separamos quando a mulher coça a garganta e agora reconheço: essa é aquela mulher que Becky flertou no dia do restaurante, quando nos encontramos para falar sobre o contrato.

- Baby, essa é a Jane. Ela estava passando e parou para dar um oi. - Da um oi, sei que ela queria era te dar outra coisa. Isso sim. Faço meu sorriso mais falso e direciono a ela.

- Oi, prazer, sou a Freen, a noiva da Rebecca.

- Eu sei quem você é. Não nos conhecemos no restaurante, não lembro. - Um sorriso cínico toma conta de seus lábios.

- É que coisas insignificantes não faço questão de lembrar. - Pisco para ela e me volto para Becky. - Vamos, amor, não era você que estava com fome? - Ela faz que sim com a cabeça, seguro a mão dela e puxo o carrinho da Sophia sem dar tempo dela se despedir da Jane.

- Baby, não precisa ficar com ciúmes. Ela é só uma amiga.

- E quem disse que eu estou com ciúmes? Rebecca, me poupe e vamos logo comer. - Ela não fala nada e tomo meu sorvete, que já estava derretendo.

Becky queria comer hambúrguer, então fomos pedir dois hambúrgueres com batata frita e Coca-Cola, e nos sentamos à mesa.

- Freen, eu queria falar com você.

- Pode falar.

- Faltam menos de dois meses para Sophia fazer um ano. O que acha de fazermos uma festinha para ela e convidarmos nossos amigos e família?

- Amor, isso é uma ótima ideia.

- Agora, você vai ter que cuidar disso. Eu não sou boa em fazer festas, na verdade, nunca fiz uma.

- Tá certo, amor. Pode deixar comigo que vou organizar tudo para que no dia saia perfeito.

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Boa noite, pessoal! Como vocês estão? Espero que tenham gostado do capítulo. Se houver erros, me falem. Queria dizer que só volto com capítulo agora na segunda-feira.

Beijos, até segunda!

Entre Amores e Sorrisos: O Romance da Dentista e da Advogada (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora