Freen é dentista que ama sua provisão, mas já teve várias desilusões amorosas, mesmo assim sempre acreditou que um dia iria conhecer o amor da sua vida.
Becky é advogada renomada, ranzinza e que é fechada para o amor, mas ama seu cachorro bombom sua...
Acordo com uma tremenda dor de cabeça, porém sinto um braço rodeando minha cintura. Abro um sorriso imediatamente, talvez a Becky tenha vindo me pegar ontem. Assim que abro meus olhos, não identifico o quarto. Será que fomos a algum lugar e não me lembro? Viro meu corpo na cama, mas acabo tomando um susto ao ver a Faye dormindo ao meu lado. Não, não, não, isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto. Me levanto da cama às pressas e percebo que estou só de calcinha e sutiã. Meu coração acelera, tentando sair pela minha boca. A Faye acorda e abre um sorriso ao me ver. Puxo o lençol da cama para tentar me cobrir.
- Bom dia, meu amor.
- BOM DIA O CARALHO! QUE PORRA ACONTECEU AQUI? – perguntei estridente, sentindo a raiva tomar conta de mim e minha dor de cabeça aumentar.
- Você não lembra, nos divertimos muito ontem à noite. Uma tontura me bateu ao ouvir ela falar isso. Tive que sentar na cama e tentei forçar minha mente para lembrar o que aconteceu. A última coisa que me lembrava era que a Faye tinha me entregado uma bebida quando eu voltei para a mesa depois de dançar muito com a nam e eu bebi. Depois disso, não me lembro de mais nada. O colchão da cama se mexeu atrás de mim e sinto ela se aproximar e colocar a mão em meu ombro. Me levanto abruptamente quando uma lâmpada se acende e minha cabeça clareia. Tinha que ser isso, mas ainda não consigo acreditar como ela teve a coragem de fazer isso comigo.
- Você me drogou. Eu me lembro muito bem de você ter me dado uma bebida quando voltei e eu ainda não estava tão bêbada ao ponto de ir para cama com você e não lembrar. Vo.... você abusou de mim. - Lágrimas começaram a sair dos meus olhos quando finalmente cheguei a essa conclusão.
- Freen, eu não te droguei e você ontem também queria.
- QUERIA O QUÊ, FAYE, PELO AMOR DE DEUS? EU NEM SEI COMO VIM PARAR AQUI, PORRA!
- Freen, calma, vamos conversar – ela tentou se aproximar, mas eu me afastei.
- CONVERSAR O QUÊ? – me aproximei dela e minha mão acertou em cheio o seu rosto. Ela me olhou como se não acreditasse que eu tivesse feito isso. - EU NÃO TENHO NADA PARA FALAR COM VOCÊ. EU SINTO NOJO DE VOCÊ. EU NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS NA MINHA FRENTE. E AGRADEÇA AOS CÉUS POR EU NÃO TE DENUNCIAR. E SE VOCÊ TENTAR SE APROXIMAR DE MIM NOVAMENTE, PODE TER CERTEZA QUE NÃO VOU PENSAR DUAS VEZES EM TE DENUNCIAR. – Peguei minhas roupas que estavam ao lado da cama, coloquei e saí de lá, deixando-a para trás.
Peguei o primeiro táxi que vi e passei meu endereço para o motorista. Peguei meu telefone na minha bolsa e vi que tinha umas mensagens da Rebecca perguntando se eu queria que ela me pegasse.
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Comecei a chorar novamente, logo agora que estava tudo bem entre a gente. Tentei ligar para ela várias vezes, mas o telefone dela só caía na caixa postal. Eu tenho que falar com ela logo. Assim que cheguei em casa, fui direto para o banho. Me esfreguei o mais forte que consegui, tentando tirar qualquer vestígio daquela mulher de mim. Lágrimas saíram dos meus olhos, se misturando com a água quente que saía do chuveiro. Continuei forçando minha mente a se lembrar do que aconteceu ontem.
