DIVERTIDO

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MINHO

Hyunjin não estava extremamente bêbado, mas ele também não estava sóbrio. Se ele tomasse mais algumas doses de gin, não sobraria um homem decente para contar história.

Concluí, ao assisti-lo beber mais um pouco e fazer uma careta para o copo, assim que o esvaziou.

Talvez fosse hora de pará-lo.

-Ei, trevo de quatro folhas -chamei, ao me aproximar mais dele. A música estava tocando a todo volume, e o lugar estava mais lotado do que antes.- Chega de bebida por hoje ou irá acordar com ressaca amanhã.

Ele sorriu para mim. Eu sabia que o
álcool que ingeriu havia lhe deixado alegre, só que esse sorriso ainda mexeu comigo. Hyunjin parecia muito mais leve do que quando chegou, ele não olhava mais para os lados com medo de ser julgado, não tinha mais receio em sinalizar para mim e até arriscava mais em passos de dança estranhos, que nele só ficavam mais adoráveis.

-Eu gostei do gin -contou o que não era mais nenhuma novidade.- Vamos dançar mais?

Prendi o riso.

É... ele estava bêbado.

-Não sei se tenho sanidade para dançar com você de novo -fui sincero.

Como ele não estava raciocinando muito bem, apenas respondeu com um sorriso e me deu as costas, indo para a pista de dança.

Eu poderia gravar o que estava acontecendo, entretanto não achava que era necessário. Hyunjin lembraria desses momentos amanhã e morreria de vergonha das suas atitudes mais espontâneas, porém, eu não ousaria interrompê-lo.

Até poderia acompanhá-lo na dança e ensinar a ele algo menos... estranho do que ele estava fazendo, contudo, não sabia se conseguiria me concentrar ficando tão próximo dele, como fiquei há uma hora. Ainda sentia meu corpo se recuperando da sensação de estar colado a ele, o sentindo duro contra a minha bunda e com suas mãos grandes me prendendo a ele.

Eu quase me esqueci o limite, porque sabia que mesmo não admitindo, Hyunjin também me queria, mas por sorte, ele me afastou. Preferia me frustrar, ficando duro, do que acabar o deixando desconfortável com algo que meu descontrole não me impediria de fazer.

Sentia cada vez mais falta de sexo, mas agora tinha um problema maior.

Eu queria transar com o nerd virgem, que nunca havia beijado e que não queria mudar nada daquilo, muito menos comigo.

Voltei a prestar atenção em Hyunjin, não queria ficar divagando demais e acabar o perdendo de vista, por causa dos meus pensamentos safados. Ele balançava os braços para cima e até movimentava o corpo agora, não consegui evitar de rir da sua óbvia falta de experiência em danças. Era tão engraçado quanto fofo, e eu teria continuado rindo dele e o observando um pouco distante, se um homem moreno não tivesse se aproximado.

Ele era tão lindo quanto eu.

Alto e com um corpo gostoso, que nem a roupa preta que usava conseguia conter. Ele tocou no ombro de Hyunjin, e ele o olhou, senti a pouca bebida que ingeri se revirar no meu estômago, mas antes que passasse pior com aquela cena, fui até eles.

-Por que não dança comigo?

Meu sangue ferveu com o pedido ousado daquele homem.

Tudo bem.

Ele era lindo, entretanto eu não admitiria que roubasse o que era meu!

-Ele está acompanhado - gritei para que me ouvisse, chamando a atenção dos dois.

O homem me olhou de cima a baixo e sorriu, tirando a mão do ombro de Hyunjin.

-Cuide do seu namorado então, ruivinho, você ou ele podem cair nas garras de pessoas como eu. -Ele piscou sugestivamente para mim, se afastando antes que eu pudesse responder algo.

𝐎 𝐒𝐈𝐋𝐄𝐍𝐂𝐈𝐎 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora