Tentar me manter longe dela está me levando a loucura, e um lado meu que e nem sabia que existia aparece, o pai babão, foco todo o meu desejo por Anna na minha missão de pai, e tentando fazer essa fase dele se tornar a mais leve e tranquila possível. Comprei alguns livros de como ser pai de primeira viagem, cuidados com o bebê e com a mãe, pós parto e esses assuntos, passo horas na internet procurando a melhor empresa de decoração para o quarto da JinJu e das meninas, todas precisam se acomodar da melhor forma.
O colégio das meninas foi escolhido a dedo por mim, um colégio onde elas possam usar o inglês, e a prendam o coreano também. Anna está com um professor particular que esta cortando um dobrado com ela, que já esta quase chegando na reta final, e se incomoda com tudo, a paciência dela está na sola do pé, lembro até de um episódio que ela iria descer do carro só pra comprar um chocolate, e eu tive que dar uma volta enorme, só pra ela poder comprar o bendito.
Passar esse tempo ao lado dela tem sido difícil pra mim. Não por ela, mas por mim mesmo. Anna, mesmo grávida, é uma mulher linda, seu corpo só mudou com o aumento da barriga, suas curvas se acentuaram, de costas nem parece que carrega nossa pequena pérola em seu ventre.
Por várias vezes fiquei parado vendo ela dormir, querendo abraçá-la e beijá-la, tomá-la em meus braços e consumar nosso casamento, algumas outras me peguei no banho pensando nela sentando em mim, e isso terminou comigo me tocando e pensando nela. Me masturbar era a única forma que via pra aliviar a tensão de estar ao lado da mulher que amo e não tocá-la. Depois veio a expansão da empresa e a compra do novo prédio, a contratação da empresa de arquitetura, isso me fez focar em outras coisas, e me enfiei de cabeça no trabalho.
Ver a barriga dela crescer, JinJu se mexer toda vez que chegava perto, ou ouvia a minha voz, essa menina é tudo na minha vida agora, e sempre.
Cada dia Anna fica mais e mais indisposta, passa a trabalhar em casa, tento levar o mínimo de problema pra ela, porem insiste em ainda trabalhar, envio e-mails sobre o andamento da nova aquisição, coloco ela em algumas reuniões mais leves, e com isso ela, mesmo desconfortável devido a gravidez, se sente bem, em ainda estar atuando na administração da nossa empresa.
Um dia chego em casa e vejo ela sentada na cadeira de balanço que mandei colocar no quarto de JinJu, parece tão serena, a meia luz feita pelo abajur de bailarina, deixam a silhueta de Anna perfeita, a barriga de quase 9 meses, redonda e perfeita, se sobressai ao corpo. Que quase não mudou, em seu rosto a satisfação de ver tudo preparado para chegada do nosso tesouro mais precioso. As meninas me veem no corredor admirando a mãe delas.
- Tio Jeon, você é loucamente apaixonado pela minha mãe, né? – a mais nova me pergunta.
- Sou, sim, e isso é o mínimo que um homem pode ser pela mulher da vida dele. Loucamente apaixonado. Cobrem isso do namorado de vocês, ou eu serei obrigado a cobrar de outra forma – fecho os punhos e faço gestos de luta pra elas, que riem e vão em direção ao quarto delas – Boa noite meninas.
- Boa Noite! – Elas falam juntas.
Vou em direção ao meu quarto e tomo um banho, tento relaxar do dia tenso, tive uma reunião com um dos sócios ingleses da empresa de arquitetura, cara chato, e cheio de regras, mas por fim consegui fechar com eles. Menos um problema.
Saio do banho e não vejo Anna na cama, saio do quarto e vou procurá-la, não chego muito longe, ela ainda esta na cadeira de balanço, mas dessa vez dormindo. Sorrio e chego perto dela, chamando delicadamente.
- Anna – toco levemente em seu rosto com as costas dos dedos – Amor, acorda, vem pra cama.
Ela desperta lentamente, e procura saber aonde está.
- Jeon? Eu dormi sentada, isso que dá ser mãe com quase 40 anos – ela ri de si mesma.
- Vem, te ajudo a ir pra cama. Quer tomar um banho?
- Não tomei antes de vir pra cá. JinJu hoje estava mais agitada que o normal.
- Já deve estar cansada de ficar presa – nesse momento vejo a barriga de Anna ondular – Olha a confirmação dela pro papai.
Entramos em nosso quarto e ajudo Anna a deitar na cama, a cubro e regulo a temperatura do quarto. Me deito ao seu lado, dou um beijo em sua testa, passo a mão na barriga dela e dou boa noite para as duas mulheres da minha vida. Anna dorme rápido e eu vou logo em seguida.
Durante a madrugada tenho a sensação de estar em um sonho onde tudo esta alagado, parece que estou no meio do oceano, completamente perdido, mas a agua não esta gelada, está quente e o cheiro não é de agua salgada, é diferente. De repente sou puxado a realidade com Anna me acordando, falando alguma coisa sobre a bolsa estourar. Meu cérebro processa por segundos até que entendo.
- Jeon! A bolsa estourou.
Caramba a JinJu vai nascer, como em um treinamento de incêndio, troco de roupa rápido, já que estava encharcado do liquido da bolsa, pego a mala da Anna e da JinJu, desço as escadas correndo, pego celular carteira, as chaves da SUV e vou em direção a porta, a Sra. Choi acorda.
- O que houve menino?
- JinJu vai nascer.
Ouço ela falar alguma coisa, mas não consigo identificar. Entro com tudo no elevador, ainda processando que minha filha vai nascer, chego a garagem e aciono o alarme do carro, ponho as malas, uma no banco da frente e a outra no de trás, entro no lado do motorista.
- Vamos lá?
Saio em disparada pro hospital, minutos depois meu celular toca.
- Anna? Tô levando...- Opa, Anna? Olho ao redor, cadê ela? Ptz esqueci a gravida, eu sou um idiota..
Peço que ela vá até a portaria, dou a volta com o carro e vou até lá buscar as duas peças principais da história.: Anna e JinJu.
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ChickLitAnna é divorciada, e tem uma vida muito boa no Brasil, porém, precisa ir pro outro lado do mundo pra salvar a empresa q trabalha da falência, tendo apenas 3 meses p isso. Lá ela encontra um motorista, um secretário e um sócio, ambos se apaixonam...