FAMÍLIA

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JUNGKOOK


Continuo recebendo mensagens de Meggi, porem ignoro todas, uma hora ela vai entender que não temos, e nunca tivemos nada serio. Não sou de me prender em relacionamentos que estão fadados a mesmice, e ela deveria perceber isso.

O domingo chega e a alta da Anna sai.

- Não aguentava mais ficar presa nesse hospital. Hobi já deve ter chego, queria vê-lo. Me leva?

- Tem certeza que esta bem p isso?

- Estou, não se preocupa, só preciso do cheiro de família agora, e o Hobi é perfeito pra isso.

Ajudo Anna com as coisas dela e saímos do hospital em direção a casa de meus pais.

Anna reconhece a casa.


- Pq aqui, Jeon?

- Hoseok ficara mais a vontade não tem cara de hotel, ele vai poder descansar bastante, se quiser pode ficar também, não vai haver nenhum problema nisso.

- Quero ir pra onde estava, vou ficar por lá, eu e Jimin precisamos conversar, ainda mais agora - Anna alisa a barriga e sorri - que teremos um bebê.

Ouvir ela falando isso me deixou um pouco, triste e sem saber como contar que ele foi embora. Não sei como ela vai receber a noticia que ele não esta mais lá. Que a deixou depois de tudo explodir.

- Como você quiser, Anna.




ANNA


Entrar naquela casa me remete ao momento onde tudo começou a desandar, a noite com Taehyung começa a parecer mais real e não um sonho como queria acreditar, ainda posso lembrar do cheiro dele misturado com o álcool da bebida que havíamos ingerido naquela festa. Recobro meus pensamentos quando vejo Hobi sentado tomando uma bebida na sala da lareira.

O chamo e começo a conversar em nosso idioma.

- Hobi! Cunhado - Corro e abraço ele com se estivesse abraçando o meu irmão.

Ele levanta e abre os braços para me receber. Nosso abraço é demorado, cheio de saudades.

Assim que me solta Hobi ele me olha desconfiado, ele é bem sensível ao que as pessoas sentem, fora isso, me conhece como a palma de sua mão.

- Docinho, você esta bem? Está abatida, diria até que um pouco triste e melancólica, o que aconteceu com você nesses últimos 2 meses?

Respiro fundo e acabo negando.

- Não é nada, só cansaço mesmo, esses meses me sugaram bastante, não só a mim, mas ao Jeon, e os nossos secretários também.

- Ok... - Ele me olha ainda desconfiado, mas acredita e continua. - Mas com foi que aconteceu? Me fala antes que o Jetleg me pegue pelo pescoço.

Explico cada detalhe de todas as descobertas de minha equipe durante esses dois meses, mas percebo ele um pouco distante, deve ser o efeito do fuso horário. De repente ele me interrompe.

- Para! Para tudo! - fico surpresa com a reação dele - Não esta nada bem com você, é nítido, qualquer idiota pode ver. Anna, ou me conta a verdade p trás de tudo isso, ou eu não quero mais saber de nada. Hoje eu sou o Hobi, e não o Jung Hoseok, sou seu irmão, me fala, somos família.



HOSEOK.


Pressiono Anna a me contar o que esta acontecendo e ela desaba, seu choro começa de maneira pesada, como se estivesse preso por anos.

Ela me abraça como se fosse uma criança que perdeu o bichinho de estimação.

- Docinho, o que fizeram com você?

Aos prantos ela me confessa uma coisa que já mais poderia esperar.

- Hobi, irmão, eu.. eu.. - ela hesita um pouco, mas passo o máximo de confiança pra ela, até que ela respira e solta a bomba - Eu tô gravida, de 8 semanas. Eu tô gravida, irmão! - fala e parece que um peso saiu de seus ombros, mas o choro cai mais pesado que antes.

Olho com raiva pra Jeon.

- Yah! - Não aguento e dou grito que fez tremer o chão da casa - Foi você que fez isso com ela? - falo com ele já em coreano - Jeon, foi você?

- Eu o que Hoseok? Não estou entendendo nada, pode explicar, por favor?

O jeito prepotente, de quem sempre se livra da culpa me irrita, com ela não, você vai assumir seu erro.

Deixo Anna e parto pra cima dele. Seguro na gola da blusa de Jeon e o encosto na parede.

- Você engravida ela, faz ela sofrer e depois acha que pode vir pra cima de mim com esse ar superior, achando que não vai arcar com o que fez?


Jeon me empurra e consegue se soltar.

- Pq não pergunta primeiro pra ela antes de julgar. E você acha mesmo que se o filho fosse meu, ela estaria chorando desse jeito?


Existia uma certa raiva e magoa em seu tom de voz.

- Então? - Me viro pra Anna e passo a falar em inglês, para que ambos entendam - Pode começar a se explicar.

Ela pede que sentemos no sofá que vai contar toda a historia.


Ela conta sobre seu relacionamento com o motorista designado pra ela, e sobre o envolvimento dela com o secretario na noite da festa. Fala sobre ter sido drogada, e que foi esse o motivo dela ter tido a noite com o secretário. Conta sobre a fraude e que possivelmente o acionista JiHo esta envolvido em toda a trama, inclusive no ocorrido no dia da festa. Ela fala sobre a briga no escritório, quando o secretário descobriu a traição e o hospital.

- ELE TE BATEU? - olho pra Jeon - E VOCÊ ESTAVA LÁ E NÃO FEZ NADA? - tento me acalmar pra não piorar a situação da saúde dela - Anna, aonde esse Jimin esta?

- Na casa dele. Deve estar na casa dele.

Percebo que Jeon respira fundo e parece esconder alguma coisa.

- Tem alguma coisa a dizer, Jeon?

- Ele não esta mais lá - Anna o olha sem acreditar - No dia que fui buscar as coisas que Anna me pediu, a parte dele no armário estava vazia, as prateleiras do banheiro, e um cofre em um fundo falso no armário, tudo vazio - Jeon se dirige a Anna - Ele foi embora, Anna, e pelo jeito, não volta nem tão cedo.

Anna volta a chorar e sento ao lado dela dou um abraço.

- Vai ficar tudo bem, docinho, estou aqui.

- Pode contar comigo também, Anna. Ja falei uma vez, e volto a falar, estarei sempre ao seu lado - diz Jeon, de um jeito um tanto suspeito, - Vou organizar algumas coisas com os empregados p sua estadia aqui Hoseok, com licença.

Ele sai e viro minha atenção integral a Anna.

- Docinho, fica calma, já passou, eu e sua família estaremos ao seu lado sempre, e você, mais que ninguém sabe disso. - coloco a mão sobre a barriga dele a não consigo segurar o meu sorriso - Agora temos um serzinho pra amar, cuidar e educar, não vamos precisar do pai desse feijãozinho pra nada. Você terá toda a assistência que precisar - Jeon volta pra sala, olho pra ele e concluo - E garanto que não seremos os únicos.



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