Anna é divorciada, e tem uma vida muito boa no Brasil, porém, precisa ir pro outro lado do mundo pra salvar a empresa q trabalha da falência, tendo apenas 3 meses p isso.
Lá ela encontra um motorista, um secretário e um sócio, ambos se apaixonam...
Jeon sai e me deixa ali, naquele quarto de hospital frio e solitário, a porta se abre e SeokJin pede licença pra entrar.
- Posso entrar, Sra?
Sorrio com sua delicadeza, o que não combina nada com o jeito explosivo e mandão que presenciei algumas vezes na empresa.
- Claro q pode, fica a vontade, e pode me chamar de Anna, no sou adepta a essas formalidades.
- O Jeon me pediu que fizesse companhia pra você enquanto ele esta fora. - ele se senta no sofá que fica próximo a porta do banheiro no lado direito do quarto - Está se sentindo melhor?
- Estou sim, já queria ir embora, mas parece que não vou poder - faço uma careta - o médico me quer aqui pelas próximas 48h, devido a minha condição atual.
Ele olha como se já soubesse da gravidez.
- Nesses casos é melhor mesmo ficar em observação, você se estressou bastante, caiu e aquele lá acertou um golpe em seu estômago, isso poderia ter afetado vocês - é, ele sabe - Ficar é mesmo a melhor escolha.
Dou um sorriso fraco pra ele, e vejo a porta se abrir novamente, meu coração gela e acelera, afetando um dos aparelhos que estão me monitorando, e entregando minha ansiedade. TaeHyung foi me ver, mas como ele sabia? Quem contou?
_ Sr. Kim? O que faz aqui?
Jin se levanta e vai até ele, na intensão de pedi-lo que se retire, mas peço que deixe e está tudo bem. Ele entende.
- Qualquer coisa estou aqui fora, é só me chamar. - ele passa por Tae e seus olhos lançam chamas pro rapaz, que não se abala e continua a me encarar sem dar confiança p ameaça visual do outro.
Assim q SeokJin sai Tae se aproxima de min e senta na cadeira q estava ao meu lado.
- Como você esta? Quando soube corri pra descobrir onde estava, e vim te ver, espero que não te incomode. - Percebo que o rosto dele esta com cortes no lábio inferior, supercílio e um pequeno na maça do rosto.
- Ele te machucou, né?
- Não conhecia esse lado dele. O conheço a bastante tempo e ele não era assim.
Abaixo minha cabeça e uma lagrima escorre, sem que eu tenha controle sobre ela, Kim vem para o meu lado e segura minha mão e enxuga meu rosto.
- Não vim aqui falar dele e nem te magoar mais. - Ele faz um pausa pra poder reorganizar seus pensamentos - Vim pra tentar me redimir com você, que não merecia o que passou hoje, e nem o que vem passando. - Vejo os olhos dele brilharem ao encontrar os meus. - Não sou bom com palavras, me acostumei a ser sozinho depois do que passei com a Lee, mas você aqueceu meus dias, fazendo que cada um valesse a pena, fez isso de uma forma tão natural. Por acaso tem noção do quanto é especial para as pessoas que estão a sua volta?
Tento interrompê-lo, mas ele não deixa.
- Tae - minha voz sai em um sussurro
- Deixa eu continuar, senão vou perder a coragem, preciso falar, esse sentimento esta me sufocando, o que vai fazer com tudo que eu falar eu não sei, mas isso esta em mim a um tempo e não consigo mais segurar, ainda mais depois de tudo que aconteceu hoje. - Ele respira fundo e continua. - Anna, você é uma mulher forte e linda, corajosa e sensível, não tem como as pessoas chegarem perto de você e não se apaixonar, você é especial e única.
No começo eu realmente queria mostrar que era igual a Lee, que ficaria com qualquer homem que te desse mais prazer, mas com o tempo percebi que não, que era diferente, a lealdade que mostrou pro Park, a força e garra que conduzia a investigação das fraudes, como se concentrava e conseguia resolver os problemas sempre que apareciam, cada dia mais e mais me entreguei a esse sentimento que passou a ser proibido, ainda mais depois que eu e o Park reatamos amizade. - ele faz uma pausa p se recompor -só tem olhos pra você, ele te ama de verdade.
Varias foram as noites que pensei em você sozinho no meu apartamento, na minha cama. Você estava grudada em mim, e depois do que aconteceu naquela noite, não tive como não cair de vez nesse pecado que é te amar, você não me pertenceu, não era comigo que estava fazendo amor, por mais que, as vezes, me visse me sua frente e me sentisse em você. Não era eu que queria.
Eu fui um cretino em ter te aceitado naquela, mas meu desejo, a carne, os sentimentos falaram mais alto, e me entreguei àquela loucura, era você na minha frente, independente de estar ou não drogada. Era a mulher por quem me apaixonei, a mulher que queria entregar meu coração e minha vida.
Mas essa mulher pertence de corpo e alma a outro. Tem noção o quanto que eu sofri? - uma lágrima cai de seus olhos no lençol da cama - De certa forma eu te entendo - ele levanta o olhar e posso ver a tristeza em sua alma - Entendo o motivo de querer manter sob os panos toda essa situação, é sua vida em jogo. - ele aperta minhas mãos - Me perdoa, Anna? Por favor, só tenho que te pedir perdão, por não ter saído daquele quarto, por ter me deixado levar pelos instintos, por não ter pensado direito, eu só via você em minha frente, tão sedenta e necessitada, me pedindo p te amar, não consegui dizer não, e segui com toda aquela insanidade. Só me perdoa?!
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As palavras dele entravam em meus ouvidos como farpas acertando e dilacerando meu coração. O sentimento dele era real, ele estava realmente apaixonado, e arrependido ao mesmo tempo, se culpando por uma coisa que não teve culpa, fomos vitimas de uma situação montada, agora reconheço que nenhum de nós teve culpa real nessa situação.
- Tae - procuro suavizar o máximo minha voz - Não tivemos culpa, aconteceu, foi, não da mais pra voltar atrás, e pode servir de lição pra não confiarmos tanto em nossas vontades. - acabo confessando a ele tudo que estava preso também - Tae - ele me olha e fixa seu olhar nos meus olhos - Eu sempre tive uma atração muito forte por você, não posso negar, e não vou, você é lindo, competente, e muito, muito atraente, quem não ficaria caída por você em pouco tempo? Mas o Jimin apareceu e me fez ver coisas que nunca tinha visto, me mostrou e me ensinou amar. - um sorriso nostálgico e saudoso aparece em meus lábios - Nossas almas se completaram, não somos só desejo e sexo, temos algo a mais e isso se multiplicou de maneira tão rápida que não tive como ver e acabei sendo invadida por tal sentimento, que hoje me vejo nele e em mais nenhum outro, Entende? - ele mostra um sorriso fraco e acena um sim - Sei que não é essa a sua intenção, mas, podemos manter uma relação saudável como amigos, sei que vai encontrar alguém que seja merecedora de todo esse amor que tem em você. Você é especial Kim TaeHyung, muito especial.
Ele solta o ar junto com um sorriso, me olha e nos abraçamos, selando ali a paz, que por mim vai reinar até o final de nossas vidas, encontrei nele um amigo que nunca havia tido.
Conversamos por algumas poucas horas, rimos, nos preocupamos com a situação da empresa, ele me contou um pouco sobre sua infância e adolescência, suas conquistas e perdas. Ele se mostrou realmente pra mim naquele momento, um momento só nosso.
A porta abre e aparece uma versão estressada do Jeon.
Fico tensa com o que pode acontecer, mas Jeon só questiona o motivo dele estar em meu quarto.
- Todos da empresa já sabem, Jeon, fica ciente disso - Tae fala despretensiosamente - Mas as pessoas se compadeceram do ocorrido, e estão apoiando ela. Não precisa ficar preocupado.
Jeon fica sem ação com a informação, mas tenta manter a compostura.
- O que faz aqui? - Falou entre dentes.
Tae da um sorriso de lado.
- Só precisava me desculpar, e conversar sobre algumas coisas e por os pingos nos Is. Agora estamos bem - ele me olha de uma forma meiga e sorri - Somos amigos.
Antes de sair Tae para ao lado de Jeon e fala algo em seu ouvido que não consigo ouvir, mas as feições dele mudam completamente, percebo que ele trincou o maxilar e respirou fundo em seguida.
Tae vira pra mim e acena um tchau e depois manda um beijo.
A porta se fecha, e o barulho da tranca se fechando faz Jeon acordar de seu transe.
