Aurora Martins
Os meus olhos não acreditavam no que viam, eram fotos do homem do restaurante. Ele tinha sido torturado e morto. Algum louco tinha feito isso, Alana estava em choque, ela não conseguia expressar nada. O meu corpo tremia, lágrimas escorriam pelo o meu rosto, e eu não tinha controle algum.
As fotos eram assustadoras, ele estava com a cabeça raspada, cheio de hematomas, seus membros cortados, ela havia sido esquartejado como um criminoso.
Então vejo uma mensagem atrás de uma das fotos:
"Ninguém toca no que é meu, tome cuidado, a próxima pode ser você!".
Eu não sabia o que pensar, tinha um louco atrás de mim e eu não sabia quem era. Não seria o meu falecido namorado, ele estava morto e eu havia visto o seu corpo com os meus próprios olhos. Mas quem seria essa pessoa?
Viro para Alana e pergunto angustiada:
-- Será que é bom denunciar?-- o meu coração batia a mil e a minha ansiedade e nervosismo me consumia por inteira. Eu me sentia à beira do precipício, faltava mais um pouco para cair. Ela me responde, gaguejando:
-- Eeeu não sei amiga e se você vira suspeita do crime?-- isso me fez refletir, seja quem for essa pessoa, ela sabia muito sobre mim.
-- Eu nunca mataria ninguém, nunca nem matei uma muriçoca!-- Dito isso, uma muriçoca pousa na minha perna, então por reação mato a muriçoca.
-- Como você falou? "Nunca matei nenhuma muriçoca" -- Então ela ri, mas volta a falar:
-- Amiga, bota fogo nisso! Vamos fingir que nunca aconteceu... Por que se alguém matou esse cara, só porque vocês almoçaram juntos, o que mais ele seria capaz?-- me sequestrar e me matar também?
-- Você tem razão, tem um stalker atrás de mim e eu não sei o que fazer.-- a minha preocupação estava em minha doce mãezinha. Se morresse, quem cuidaria dela? Já que meu irmão é um atoa e sem futuro.
-- Vamos agir naturalmente, e você vai andar longe de homens .-- Isso não seria difícil, eu corria de homem igual o diabo corre da cruz. Concordo com a cabeça.
(...)
Depois do jantar eu escovo os dentes e deitei para dormir. Amanhã é um novo dia, eu fingiria que nada aconteceu. Eu não, poderia deixar algo assim me abalar. Porém, a sensação de perigo de estar sendo caçada me assustava, eu me sentia como uma presa em perigo, correndo do seu predador.
O importante é manter a minha cabeça intacta, mas o que me aflige é não saber quem é a pessoa. Quem queria me torturar assim? Eu não vinha ninguém na minha cabeça, já que não me envolvi com nenhum homem desde que cheguei aqui. Logo pego no sono, pois, sinto o meu corpo pesar.
(...)
O dia estava lindo, o sol brilhava cada vez mais. Mas, para mim o dia estava escuro e assustador. Agora, eu via o mundo com outra expectativa com pessoas realmentes maldosas, que mataria apenas para conquistar os seus objetivos. Eu estava no lado mais fraco, ao lado da presa.
Mas tarde no trabalho, estava tão concentrada no trabalho. Que não vejo o idiota do meu chefe chegar com seu ar de arrogância, ele era um homem tão arrogante e se achava a última bolacha do pacote, se ele soubesse que a última bolacha do pacote era estragada ele não se acharia tanto.
Estava fazendo as planilhas, quando o telefone tocou, eu atendo e respondo formalmente:
-- Alô, bom dia! -- Porém a minha fala é interrompida por um:
-- Venha logo até a minha sala.-- Esse bastardo só sabia mandar, mas eu obediência parecia uma sina ruim. Desligo o telefone na força do ódio, eu juro para mim que se eu não fosse tão pobre e lascada, eu pagaria um assassino de aluguel só para matar o meu chefe. Então, eu mesmo faria o trabalho com minhas mãos delicadas. Caminho até sala dele, abro a porta
-- o que o senhor quer comigo?-- espero pela a sua resposta.
-- Eu quero que você desmarque as minhas reuniões da parte da tarde.-- ele continua concretado nos seus papéis.
-- chefe?-- pergunto intrigada:
-- sim?-- a sua voz suave questionamento.
-- não seria mais fácil você ter falado isso pela a ligação?-- digo ríspida.
-- Séria, mas se eu fizesse isso não teria como admirar a sua bunda quando você saísse da minha sala-- diz com sedutor, fazendo o meu corpo ansiar pelo seu toque.
-- Você sabe que isso é assédio?-- digo sem jeito.
-- sei o que é assédio senhorita, mas não é assédio quando você pertence a mim!-- ele diz com uma voz mais séria, como se fizesse uma jura .
--Eu não sou sua! Digo batendo os pés no chão.-- eu não poderia me envolver com ninguém, não quando se tem um stalker atrás de mim. Eu não colocaria meu chefe em perigo, não quando ele paga o meu salário. Dito isso eu saio da sala, mas desta vez eu saio andando para trás sem tirar os olhos dele, eu não daria a chance dele olhar para a minha bunda
-- não adianta andar assim, eu já tenho gravado cada curva sua. E quanto mais você foge, mas interessante você fica!-- ele era um tarado, o pior é que gostava disso. Eu era suja por achar o meu chefe achar o meu chefe atraente.
(...)
Cancelei as reuniões do meu chefe, fui almoçar com Alana Estávamos no restaurante, usando o nosso sagrado vale refeição.
-- Aurora, se você não tivesse um stalker eu te levaria na boate, para a gente dançar e beijar na boca dos homens desta cidade-- rio da sua fala.
-- Então a nossa programação hoje se resume a um bom Dorama e pizza-- ela faz um biquinho e diz:
-- sim, infelizmente a minha amiguinha aqui é baixo vai ficar sem atenção-- rio do seu drama.
-- Se fosse só a sua seria bom, pois a minha também ficará sem atenção-- reviro os meus olhos.
-- Por que você não deixa o stalker te pegar, digo isso no duplo sentido-- o meu coração erra uma batida com esse pensamento.
-- Oxi, se ele for feio? Lá no Brasil esses tipos de cara te deixam careca, na melhor das hipóteses. E eu amo meu cabelo-- digo lembrando das reportagens que via no Brasil.
-- Então lamento te dizer, mas você vai ficar na seca-- faço uma cara de desânimo.
(...)
Voltamos ao trabalho, meu chefe havia saído. Então passei o restante da tarde trabalhando na calma.
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DOCE OBSESSÃO - LIVRO I - Obsessões da Família Johnson.
RomanceEsse é o primeiro livro da série "Obsessões Sombrias da Família Johnson". . . . Hector Johnson, herdeiro da Cosa Nostra, esconde um passado sombrio por trás de uma fachada impenetrável, enquanto Aurora Martins, determinada a pagar o tratamento de su...