CAPÍTULO 69

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Aurora Martins

Hoje faz maldita dois dias, oito horas e trinta e seis segundos que não vejo o Hector

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Hoje faz maldita dois dias, oito horas e trinta e seis segundos que não vejo o Hector. Isso, por que eles seguem uma bela tradição de manter os noivos sem ser ver por uma semana antes do casamento.

Eu já tinha escolhido o sabor do bolo e meu vestido. E o Hector ficou responsável pelo o restante, eu agradeço isso mentalmente por que o meu nervosismo não me deixa fazer nada além de brigar com qualquer um que fale comigo.

Eu estava a devoravar comida toda hora, isso era por causa da gestação e não por causa da ansiedade. Era nisso que eu quero acreditar, estou sentada no sofá da casa em que o Hector havia emprestado para a minha mãe e meu irmão. Eu nem fui na loja meu noivo me deu para não brigar com ninguém.

Eu estava devorando meu terceiro pedaço de bolo de chocolate com ketchup. O meu irmão chega, olha para minha mistura saborosa e faz uma cara de nojo.

-- Au, você continuar comendo assim você não vai caber no vestido. Você vai parecer uma bola.-- ele fala tomando o prato da minha mão e jogando na lixeira da cozinha.

Eu começo a chorar, por ele me chamar de gorda e tomar o meu bolo.
Quem é pessoa que toma a comida de uma grávida?

-- Irmão, meu filho vai nascer com cara de bolo e a culpa vai ser sua.-- digo indo na direção da cozinha, indo procurar algo para comer. Mas, ele impede a minha entrada na cozinha.

-- Você vai passar mal, e eu não sou pai estou passando a noite acordado cuidando de você. Enquanto, você não se casar sou eu que vou cuidar de você.-- ele fala cruzando os braços e em encarando mandão.

-- Olha só, nem parece que eu já lavei essa sua bunda cheia de bosta e agora você quer mandar em mim.-- falo mostrando língua para ele, que me ignora.

Ando em direção do sofá e me jogo nele, coloco em algo para assistir mais não acho nada que me agrade. Sem notar eu levo a minha mão e acario a minha barriga, que já começava a pontar. Alguém toca a campainha, mas eu não movo um dedo se quer.

-- Victor, a porta.-- grito para que ele ouça. Ele atravessa a sala resmungando como uma criança:

-- É tudo eu nessa casa.

Mas assim que ele abre, a minha sogra entra igual um furacão. Com várias sacolas na mão, assim que ela ver o Victor ela estende as sacolas para que ele pegue o mesmo olha para mim com uma cara, meio que expressava:

" Tá vendo, só? É tudo eu nessa casa".

Ele pega as sacolas com um sorriso mais falso, típico de um adolescente. A dona Fellipa vem na minha direção, eu me levanto ela me abraça com um vigor, assim ela se afasta e leva as mãos no meu rosto, me avaliando.

-- Minha querida, você ficou mais linda grávida. O meu netinho ou a minha netinha vai ser uma obra de arte.-- ela fala me encarando com amor.

-- É claro que meu sobrinho vai ser lindo, vai puxar o tio gostosão aqui.-- Victor fala dando uma volta em 360 graus, eu reviro o olho.

-- Eu espero que meu netinho não herde seu ego, meu filho.-- dona Fellipa fala rindo para meu irmão.

-- Dona Fellipa, tá bom de você me adotar. Já que o Hector vai se casar com minha irmã, eu não quero ficar só.-- ele fala fazendo um biquinho, a dona Fellipa se comove com meu irmão, vai até e o abraça.

Meu irmão me encara, e fala baixinho em brasileiro:

--Arrumei uma veia rica para me bancar.

Solto uma risada, não aguentando o que eu acabei de ouvir, eu nunca deixaria meu irmão só. E ele já é maior de idade e fica ai fazendo drama.

-- Pode deixar eu cuido de você, eu preciso de alguém para eu cuidar da vida.-- ela fala levando a mão no queixo, já imaginando as mudanças no meu irmão.

-- Vamos comer bolo?-- pegunto, esperando que todos aceitem para que eu possa comer mais um pedaço de bolo.

-- Não vou querer filha, eu preciso emagrecer. Por que, eu comprei meu vestido para seu casamento dois números menor que meu tamanho ideal. Eu preciso emagrecer para caber no bendito vestido.-- ela fala como se tivesse arrependida da sua ideia.

Me sento magoada, eu so precisava de mais um pedaço de bolo de chocolate. Me sogra se senta, e o Victor se joga na poltrona.

-- Sabe, a melhor coisa que eu fiz foi trocar seu anticoncepcional por balas. Por que, agora vou ser vovó.-- ela fala na calma, como se isso fosse algo normal. Eu e Victor arregalamos os olhos com essa revelação bombásticas. Eu estava sem palavras, ela mesma interrompe o silêncio que criou:

-- comprei suas roupas de lua de mel.

Ela fala andando em direção das sacolas que o Victor tinha deixado no chão como um preguiçoso. Ela abre as sacolas, a minha boca vai se abrindo cada vez que ela mostra uma fantasia.

-- A minha irmã não vai usar isso, ela é pura.-- Victor fala chocado.

-- Deixa de ser chato moloque, até parece que esse bebê que sua irmã carrega foi feito de maneira digital. A sua irmã e meu filho fez isso da maneira mais antiga "olho sorriu, mandioca no Bombril".-- ela fala, isso em faz engasgar. E o Victor acerta uma tapa nas minhas costas, me fazendo encher os olhos de lágrimas. O encaro raivosa, pronta para quebrar a cara dele, quando a nossa atenção é roubada pela a fantasia que Donna Fellipa mostrou. Era uma fantasia de coelhinho.

-- Comprei essa, por que meu filho te chama de coelhinha. E na lua de mel ele vai colocar a cenoura na coelhinha dele.-- ela fala tranquila, meu irmão tampou seus ouvidos e saiu. Me deixando sozinha incrédula com o que eu acabei de ouvir.

Eu era a pessoa mais normal daqui? Que Deus tenha piedade da minha pobre alma.

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Um capítulo leve para descontrair.
👀❤️

DOCE OBSESSÃO - LIVRO I - Obsessões da Família Johnson.Onde histórias criam vida. Descubra agora