CAPÍTULO 13

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Aurora Martins

Desde que recebi aquelas fotos, eu não conseguia viver normalmente

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Desde que recebi aquelas fotos, eu não conseguia viver normalmente. Eu andava pelas ruas olhando para trás e andando sempre acelerada. O meu transtorno  de pânico.

Por mais que eu tentasse esquecer, as imagens daquele homem morto sempre voltavam à minha mente.

Às vezes dá vontade de largar tudo, e voltar para o Brasil, e ficar com a minha mãe. Mas ao pensar nisso eu lembro o principal motivo de eu estar aqui nos EUA.

Era pela a minha família, eu precisava cuidar da minha mãe e botar juízo na cabeça do meu irmão mais novo.

A minha vontade era jogar tudo para cima e sair correndo.

Mas porém eu lembro que tenho minha dívida do Fies, o médico e remédios da minha mãe.

E ainda me aparece esse stalker para terminar de me enlouquecer.

(...)

Estava concentrada no meu trabalho que nem vi o meu chefe chegar. Eu digitava freneticamente, mas ouço o pigarrear da voz do meu chefe e levanto os meus e vejo os olhos azuis do meu chefe me encarando com intensidade que me fez arrepiar e então falo rapidamente com intuito de esquecer essa sensação:

- Bom dia chefe, já deixei seu café na e mesa e o relatório desta semana.

- Claro, eu queria te falar uma coisa. Não ande na rua parecendo uma doida olhando para trás toda hora e assustada parece que você está fugindo.

Eu encaro raivosa e respondo:

- A minha vida pessoal não interessa a você, eu sou paga para entregar o meu trabalho. Fora daqui você não tem haver com as minhas loucuras.

- Eu gosto dessa língua afiada, você é uma bela tentação.

Ele fala isso, piscando para mim.

- Isso é assédio, eu deveria denunciar?

Encaro ele com firmeza, e ele fala sério:

- Eu nunca faria algo que você não quisesse.

(...)

Estava no horário de almoço e assim eu e Alana saímos para comer.

Estávamos no restaurante, e assim que os pratos chegam, olho com atenção para a ruiva a minha frente. E pergunto:

- O que você tem?

Ela respira fundo e solta, e fala:

- O meu chefe amiga, ele é uma babaca,  sempre implica com tudo o que eu faço.

- Aí amiga, eu te entendo. Mas no seu caso é sexo reprimido. Eu vejo como ele olha para você.

- aí que horror Aurora!

E ela fica toda envergonhada.

- Não fique com vergonha, eu vi o dia que você deixou a caneta cair. E abaixou para pegar, e ele como ele olhou para essa bunda sua.

Eu falei isso ela pareceu um pimentão.

- Já que você tocou nesse assunto Aurorinha, eu vi também como o seu chefe te encara!

- Ele me encara com ódio e desprezo.

- Eu tenho certeza de como ele está afim de descontar esse ódio em você.

Dito isso eu começo a sentir o meu rosto esquentar. E a Alana não para por aí e fala:

- Você gostaria que seu chefe cuidasse bem de você?

Jogo o pano de limpar a boca na cara dela e falo:

- Só se você tiver afim do seu chefe ruivinha.

(...)

Eu volto do almoço mais calma, sem a preocupação do stalker. A Alana era uma pessoa leve, brincalhona e muito romântica. E eu por outro lado era mais séria, pirracenta e até madura, e não acreditava em conto de fadas.

Mas isso que fazia a minha amizade com ela ser especial, nós duas era como equilíbrio, ela era o coração e eu cabeça rabugenta.

Sento na minha mesa, e a minha atenção é roubada pelo envelope preto.

DOCE OBSESSÃO - LIVRO I - Obsessões da Família Johnson.Onde histórias criam vida. Descubra agora