stars ☆ -starchaser

capítulo 59- 1976

Reggie ☆
Minha respiração se descontrolou no momento em que James saiu do quarto.

Do meu quarto.

Eu sabia que ele logo voltaria com as minhas malas, mas precisava de um tempo sozinho para dar uma surtada.

Oh meu Merlin pensei, eu realmente fiz isso?

Feito louco, meus olhos escaneavam todo o ambiente. O lugar era simplesmente perfeito. Não era nada muuuuito elaborado, o que não me fez eu me sentir mal por estar dando tanto trabalho, mas era o suficiente para fazer eu me sentir acolhido.

E era com detalhes em verde. Meu namorado pensou até em que cor deixar as coisas e soube exatamente qual eu preferiria mais. Aquilo me deixava encantado.

Mas a sensação de desespero bateu um pouco quando fiquei sozinho. Minha ficha então caíra que eu ia morar lá para valer. Assustadoramente bom, mas a realização me paralisou um pouco. E se eu e Jamie terminássemos? Aquilo seria a pior coisa que aconteceria na minha vida por si só, mas como seria a minha convivência lá? Será que eles se quer deixariam eu continuar morando lá?

Afastei o pensamento. Nós não iríamos terminar, não se dependesse de mim, e eu sinceramente não achava que meu amor iria querer terminar comigo também. Eu esperava que não. Mas mesmo assim era assustador.

Ali era tudo tão novo que me amedrontava, o que era idiotice. O lugar era muito aconchegante e a tia Effie havia sido muito acolhedora, mas eu me sentia... Um intruso. Eu não fazia parte dali antes e não sabia se sentiria que fazia algum dia.

Não pude completar a minha linha de pensamentos pois meu namorado entrou cuidadosamente no meu quarto. Tornei a tentar controlar a respiração que nem havia notado antes que estava tão ruim assim quando meus olhos cairam nele, mas era óbvio que ele havia me visto.

Eu sei que ele já tinha me visto em um estado muito pior do que aquele, mas aquilo me incomodou. Eu finalmente tinha escapado. Finalmente poderia viver minha vida de verdade. Eu deveria estar nas nuvens!

Mas a minha resposta para aquilo? Um leve ataque de pânico por medo do futuro e por me sentir um intruso. Não queria que ele visse a minha reação para aquilo, parecia muito ingrato.

- Está tudo bem agora meu amor.- Se aproximou e pegou minhas mãos delicadamente. Não consegui o olhar, então fiquei encarando minhas mãos.- Eu sei que deve ser meio chocante mas agora relaxe, tá legal? Em cima da cama, separei um pijama meu pra você não ter que abrir sua mala e pegar um. Apenas se apronte logo para você poder descansar, tudo bem?

Olhei para a cama e vi que realmente tinha um pijama ali para mim. Aquilo era tão doce...

Fiquei quieto por uns segundos. Ele estava sendo tão acolhedor que senti vontade de chorar. Se preocupava tanto com o meu bem estar... Mas eu precisava processar a informação que meu cérebro não queria digerir. E aquilo necessitava ser sozinho pois se não eu surtaria durante a noite inteira. E aquilo logo aconteceria se ele permanecesse ali

- Eu te amo. Por favor saia do quarto.- Disse me sentindo mal por só depois perceber que tinha sido extremamente rude.

Tornou a andar imediatamente sem parecer incomodado com a minha fala, o que me deixou inquieto. Será que eu sempre era tão grosso assim que para ele eu havia sido normal? Parou na porta e me olhou uma última vez naquela noite.

- Eu também te amo.

Fechou a porta atrás de si mesmo, finalmente me deixando sozinho de vez. De imediato fui me sentar na cama. Eu não sei que tipo de magia aquilo devia ter para ser tão confortável assim. Se eu morresse algum dia deitado nela, não reclamaria.