•Capítulo 3•

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Ayume Martins.
23:35 Da Noite.

No silêncio do beco de Heliópolis, a noite parecia tranquila. Apenas a luz fraca dos postes de rua iluminava o caminho, criando sombras dançantes que pareciam sussurrar histórias antigas e promessas futuras.

Era lá, naquele cenário de escuridão e clandestinidade, que eu me encontrava novamente com o Astro, meu cúmplice em aventuras proibidas e paixões ardentes.

Nossos encontros eram sempre carregados de uma tensão elétrica, uma química irresistível que nos mantinha voltando um para o outro, apesar dos perigos que espreitavam nas sombras. Eu o vi se afastar, desaparecendo na escuridão como um raio de luz fugaz, deixando-me com o coração acelerado e os sentidos em alerta máximo.

Foi então que avistei Puma de costas para mim, uma figura solitária em meio à escuridão. Um sorriso travesso brincou em meus lábios enquanto me aproximei dele, movida por uma mistura de curiosidade e desejo. Sem uma palavra, coloquei minha mão no seu pescoço. Seus músculos tensos relaxaram sob meu toque, e um arrepio percorreu minha espinha quando senti sua respiração irregular contra minha pele.

Após o nosso breve diálogo não houve necessidade de palavras enquanto nossos lábios se encontraram em um beijo ardente, uma troca intensa de emoções e desejos reprimidos.

Por um momento, o mundo ao nosso redor desapareceu, e éramos apenas nós dois, envolvidos em um turbilhão de paixão e desejo. Cada toque, cada suspiro, parecia carregar uma carga elétrica que nos consumia e nos unia em um fogo ardente de desejo. Quando finalmente nos separamos, sorri provocativamente para ele, sentindo-me vitoriosa por ter despertado tal reação nele. Sem dizer uma palavra, dei as costas e comecei a andar, sentindo-me embalada pela adrenalina da noite e pelos segredos que ela guardava.

Cada passo que eu dava ecoava no silêncio do beco, um som solene que parecia ecoar através do tempo. As sombras dançavam ao meu redor, criando padrões intrincados que brincavam com minha imaginação, despertando minha curiosidade e meu desejo por mais.

Quando finalmente alcancei o fim do beco, a luz fraca dos postes de rua me envolveu, lançando uma luz pálida sobre o mundo ao meu redor. Eu sabia que era hora de voltar para casa, de deixar para trás os segredos e as paixões do mundo noturno e enfrentar a realidade do dia seguinte.
Com passos decididos, segui o caminho de volta para casa.

Ao chegar em casa, o silêncio da noite foi substituído pelo conforto familiar de meu lar. As luzes suaves da sala de estar me acolheram, criando uma atmosfera de tranquilidade e paz. Eu sabia que logo teria que enfrentar as realidades do dia seguinte, mas por enquanto, permiti-me afundar na familiaridade reconfortante de casa.

Subi as escadas até meu quarto, cada degrau um lembrete das escolhas que havia feito naquela noite. Ao entrar em meu santuário pessoal, senti-me envolvida pela sensação de calma e segurança que só meu quarto podia proporcionar.

Deixei-me cair na cama macia, permitindo-me relaxar pela primeira vez desde que o sol se pôs. As emoções da noite ainda pulsavam dentro de mim, uma lembrança constante das paixões e perigos que espreitavam nas sombras.

Envolta pela escuridão reconfortante do meu quarto, permiti-me fechar os olhos e deixar-me levar pelo sono. Amanhã traria consigo novos desafios e aventuras, mas por enquanto, eu me permiti perder-me nos sonhos que me aguardavam, um refúgio temporário da realidade do mundo exterior.

(...)
2 semanas depois.
13:13 Da Tarde.

Ao chegar em casa, exausta após uma longa manhã na faculdade de medicina, sinto um alívio imediato ao vislumbrar o conforto familiar da minha casa.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora