•Capítulo 29•

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Ayume Martins.

Lá estava eu, indo na direção da casa onde eu estava hospedada. Minha mente estava uma bagunça, um turbilhão de pensamentos que não me deixavam em paz. Já estava cansada de toda essa situação, de estar longe da minha família, dos meus amigos e, principalmente, do meu trabalho. A medicina sempre foi minha paixão, e sentir falta dela estava me consumindo por dentro.

Cheguei na casa e fui direto para o banho. Era como se aquilo fosse a única coisa que pudesse me acalmar um pouco, pelo menos por alguns momentos. Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, tentando afastar todos os pensamentos negativos que teimavam em me atormentar.

Enquanto a água caía sobre mim, fechei os olhos e respirei fundo, tentando encontrar um pouco de paz dentro de mim mesma. Mas era difícil, muito difícil. A sensação de estar perdida, de não saber o que fazer ou para onde ir, era avassaladora.

Depois do banho, vesti uma roupa confortável e me joguei na cama. Me sentia exausta, tanto física quanto emocionalmente. Era como se toda a energia tivesse sido sugada de mim, deixando apenas um vazio doloroso em seu lugar.

Eu sabia que precisava tomar uma decisão, sair dessa situação de uma vez por todas. Mas a pergunta era: como? Como eu poderia sair desse labirinto de problemas e voltar a viver minha vida normalmente? Era uma incógnita que me assombrava constantemente, sem oferecer nenhuma resposta clara ou solução fácil.

E assim, me vi mergulhada em um mar de dúvidas e incertezas, sem saber o que o futuro reservava para mim. Só esperava encontrar uma luz no fim do túnel, uma saída dessa escuridão que parecia me envolver por completo.

Acordei com a sensação de que alguém me observava, e ao abrir os olhos, deparei-me com o Puma sentado na poltrona, me encarando intensamente. Fingi não notar e me sentei na cama, tentando ignorar sua presença. No entanto, ele se aproximou e sentou ao meu lado, estendendo-me um celular.

— Grave um áudio para seus pais. Diga a eles que está tudo bem e que você está segura aqui — ele ordenou, com sua voz fria e autoritária.

Relutei por um momento, mas acabei obedecendo. Gravei o áudio como ele havia pedido, tentando manter a voz firme e controlada para não preocupar meus pais ainda mais.

— Oi pai, oi mãe, eu estou bem, tá? Não se preocupem, estou em segurança, por aqui tá tudo tranquilo. Eu amo muito vocês!

Assim que enviei, as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, como uma torrente que não conseguia mais conter.

O Puma permaneceu em silêncio ao meu lado, observando minha angústia sem dizer uma palavra. Por um momento, desejei que ele pudesse entender a dor que eu estava sentindo, o peso que carregava em meu coração. Mas sabia que isso era impossível. Ele não era o tipo de pessoa que se importava com os sentimentos dos outros, muito menos os meus.

Então, deixei as lágrimas fluírem livremente, permitindo-me sentir toda a tristeza e desespero que havia dentro de mim. Era como se cada lágrima fosse um desabafo silencioso, uma maneira de liberar toda a dor que estava guardada dentro de mim.

E assim, naquele momento de vulnerabilidade, percebi o quão frágil e indefesa eu estava ali, nas mãos do Puma. Mas também percebi que, apesar de tudo, ainda havia uma pequena faísca de esperança dentro de mim. Uma esperança de que um dia, de alguma forma, eu conseguiria encontrar uma maneira de escapar desse pesadelo e recuperar minha vida.

Ele se aproximou lentamente, seus lábios buscando os meus em um beijo ardente e apaixonado. Cada toque dele era como uma chama que incendiava meu corpo, me deixando completamente envolvida por aquele momento. Fui sendo guiada até a cama, onde nos entregamos completamente à paixão que ardia entre nós.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora