•Capítulo 11•

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Puma🐺
07:00 Da Manhã.

Acordar ao lado de Ayumi sempre trazia um momento de paz em meio ao caos da minha vida, e aquela manhã não foi diferente. Mesmo com a mente sobrecarregada pelos planos do assalto que se aproximava, não pude deixar de sentir um certo alívio ao vê-la dormindo tão tranquilamente ao meu lado. Dei um beijo suave em sua testa, um gesto de carinho e também de despedida, pois sabia que o dia que se seguia exigiria de mim uma persona completamente diferente.

Levantei-me cuidadosamente, tentando não perturbar o sono dela, e escrevi um bilhete rápido, deixando sobre o criado-mudo. Nele, expliquei que precisava viajar por causa do trabalho e que não sabia quando voltaria. Era vago, mas necessário. As realidades do meu mundo eram algo que eu ainda hesitava em compartilhar totalmente com Ayumi.

Voltei para minha casa para reunir os últimos itens que precisava para o assalto. A operação tinha sido planejada nos mínimos detalhes ao longo dos últimos meses, e cada membro da equipe sabia exatamente o que fazer. Nosso objetivo era audacioso: interceptar uma carga imensa de ouro recém-chegada no aeroporto de Guarulhos.

Cheguei ao QG, onde os outros já estavam reunidos e fazendo as últimas verificações em seus equipamentos. Nossa abordagem seria ousada – nos passaríamos por policiais federais. Uniformes, distintivos falsos, e até viaturas modificadas para parecerem oficiais, tudo cuidadosamente preparado para evitar qualquer suspeita durante nossa entrada e saída do aeroporto.

— Verificações finais, pessoal. Lembrem-se, precisão e disciplina são chave. Vamos entrar, pegar o que é nosso e sair sem deixar rastro. — Falei, passando pela última vez o plano com a equipe, cada um conferindo seus disfarces e equipamentos.

Partimos do Rio em direção a São Paulo nas primeiras horas da manhã. A viagem seria longa, mas o tempo na estrada serviu para repassar mentalmente cada passo do plano. Ao chegarmos nos arredores de Guarulhos, trocamos de veículo, entrando nas viaturas que havíamos preparado para a operação.

Ao nos aproximarmos do aeroporto, o clima no carro ficou tenso. Cada um de nós vestiu seu uniforme e assumiu sua identidade falsa de policial federal. Checamos nossas armas e comunicadores, garantindo que tudo funcionasse perfeitamente.

— Mantenham a calma e sigam o plano. Comunicação clara e constante. — Instruí, enquanto nos aproximávamos do portão de serviço do aeroporto, onde nossa carga supostamente seria mantida.

Os guardas nos cumprimentaram e, sem desconfiar, permitiram nossa entrada. Nosso disfarce funcionou perfeitamente. Dentro do hangar, seguimos direto para onde a carga de ouro estava armazenada. Três de nossos melhores homens foram responsáveis por neutralizar discretamente a segurança interna, enquanto o resto de nós preparava os contêineres para serem carregados rapidamente em nossos veículos.

Cada movimento era calculado, cada segundo contava. O ouro foi transferido para nossas viaturas em questão de minutos, e antes que alguém pudesse perceber o que realmente estava acontecendo, já estávamos saindo do aeroporto.

— Tudo limpo, vamos mover! — Anunciei pelo comunicador, enquanto cada veículo partia em direção predeterminada, conforme o plano de fuga.

A adrenalina era palpável enquanto nos afastávamos do aeroporto, mas mantive o foco, lembrando-me constantemente de manter a calma. O plano foi executado com sucesso, mas só poderíamos respirar aliviados quando estivéssemos seguros em nosso esconderijo.

Após o golpe bem-sucedido no aeroporto de Guarulhos, cada movimento subsequente precisava ser executado com a mesma precisão. Não havia espaço para erros agora; estávamos carregando uma fortuna em ouro, e cada segundo contava até estarmos em segurança total.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora