•Capítulo 43•

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Ayume Martins.

De volta ao Brasil, o clima estava vibrante. O sol brilhava intensamente, e o calor era quase palpável no condomínio fechado onde estávamos morando. Luna estava se divertindo na piscina, mergulhando e brincando com seus brinquedos enquanto eu observava, imersa em meu tablet. Estava estudando e atualizando alguns e-mails quando decidi fazer uma pausa.

Puma estava relaxado em uma espreguiçadeira ao lado da piscina, bebendo seu gin e fumando um cigarro. Ele estava vestido com roupas leves, aproveitando o sol. Eu me levantei e me sentei ao seu lado, envolvendo meus braços ao redor de seu pescoço. Beijei sua boca com carinho, apreciando o momento de tranquilidade.

— Isso é bom, não é? — perguntei, olhando para ele com um sorriso.

— Sem dúvida — ele respondeu, passando uma mão pelas minhas costas. — Aproveitando o momento.

Foi quando um som de buzina me fez virar a cabeça. Vi meus pais saindo de um carro na entrada do condomínio. Meu coração deu um salto. Eles estavam aqui. Era uma visita surpresa, e eu imediatamente senti um misto de emoções.

— Olha, são meus pais — eu disse, me levantando e indo ao encontro deles.

Puma levantou-se da espreguiçadeira, visivelmente desconfortável. Eu pude perceber que ele estava um pouco tenso. A visita dos meus pais parecia ter um peso adicional, especialmente depois da nossa viagem para a Suíça e do recente aliança com Dom, o poderoso capo da máfia.

Meus pais chegaram perto de nós. Minha mãe estava com um sorriso caloroso, enquanto meu pai tinha uma expressão mais reservada. Eles estavam vestidos de maneira casual, e eu os abracei com entusiasmo.

— Mãe, pai! Que surpresa maravilhosa! — eu exclamou.

— Olá, querida — minha mãe disse, me abraçando com carinho. — Decidimos dar uma passadinha e ver como vocês estão.

Meu pai apertou a mão de Puma, que estava um pouco rígido. Eu percebi que havia uma tensão palpável no ar.

— Oi, Puma — meu pai disse, tentando ser educado, mas com um tom de formalidade na voz.

— Oi, senhor — Puma respondeu, estendendo a mão e forçando um sorriso. — É bom ver vocês.

Depois dos cumprimentos iniciais, meus pais começaram a fazer algumas perguntas. Eu sabia que havia uma razão por trás da visita deles, especialmente porque Puma estava agora envolvido com uma das maiores máfias do mundo.

— Então, como estão as coisas por aqui? — minha mãe perguntou, tentando parecer casual. — Aproveitando o calor?

— Sim, estamos — eu respondi. — Está ótimo.

Meu pai olhou para Puma e perguntou:

— E como estão seus negócios, Puma? Ouvi dizer que você está expandindo bastante.

Puma deu um gole no seu gin, tentando manter a calma.

— É, temos trabalhado bastante — ele respondeu, tentando manter a conversa superficial. — Nada que vocês precisem se preocupar.

Minha mãe olhou para a piscina, onde Luna estava brincando.

— E como a Luna está? — ela perguntou. — Está se adaptando bem?

— Sim, ela está adorando — eu respondi. — Está nadando o dia inteiro.

Enquanto conversávamos, percebi que meus pais estavam fazendo perguntas cada vez mais específicas. Eles queriam saber sobre os detalhes da nossa vida e dos nossos negócios. Havia algo de estranho na forma como estavam fazendo as perguntas.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora