•Capítulo 36•

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Puma.

Eu estava no quarto, ajeitando o cabelo e dando os últimos toques no meu visual. Hoje era um dia especial, o chá revelação do nosso bebê. Seria em um sítio maravilhoso, que Ayume escolheu com tanto carinho. O lugar estava incrível, decorado com todos os detalhes que ela planejou nos mínimos pormenores. A festa estava linda, e eu estava ansioso para ver a expressão dela quando todos soubessem o sexo do nosso bebê.

Ayume estava no banheiro, terminando de se arrumar. Ela sempre demorava um pouco mais, mas eu não me importava. Cada minuto de espera valia a pena quando a via pronta, linda como sempre. Ouvi a porta do banheiro se abrir e ela saiu, deslumbrante em um vestido leve que destacava a barriga de grávida de forma delicada. Seus cabelos caíam em ondas suaves sobre os ombros e o sorriso no rosto dela me deixava sem palavras.

— Uau, você está maravilhosa, amor — falei, indo até ela e dando-lhe um beijo.

— Obrigada, amor. Você também está muito bonito — respondeu ela, sorrindo.

— Preparada para o grande dia? — perguntei, segurando a mão dela.

— Preparada e ansiosa. Quero muito saber se é menino ou menina — disse ela, com um brilho nos olhos.

Descemos juntos e começamos a receber os convidados. Amigos, familiares, todos estavam felizes e animados. O ambiente estava cheio de risadas, conversas animadas e expectativas. Eu circulava entre os convidados, garantindo que todos estivessem bem.

Vi Ayume conversando com a mãe dela, que estava emocionada. Elas riam e trocavam abraços, e eu fiquei feliz em ver que, apesar de tudo, as relações estavam se fortalecendo.

Enquanto isso, meus amigos do antigo grupo estavam lá, mantendo-se discretos, mas sempre de olho na segurança. Não podíamos relaxar totalmente, mas hoje era um dia para celebrar.

Finalmente, chegou o momento da revelação. Todos se reuniram em volta da mesa principal, onde havia um grande balão preto cheio de confetes. Peguei a mão de Ayume e fomos para o centro.

— Prontos para saber se é menino ou menina? — perguntei para os convidados, e todos responderam com um animado "sim".

Ayume segurava a agulha que iria estourar o balão. Nossos olhares se encontraram e eu podia ver a emoção nos olhos dela.

— Vamos fazer isso juntos — disse, colocando minha mão sobre a dela.

Contamos até três e, no três, estouramos o balão. Confetes cor-de-rosa explodiram no ar, junto com fogos e fumaça, sinalizando que seria uma menina. O som de aplausos e gritos de alegria encheu o ambiente. Abracei Ayume com força, sentindo a emoção tomar conta de mim.

— É uma menina! Vamos ter uma menina! — disse, ainda meio incrédulo.

— Sim, uma menininha. Estou tão feliz, amor — disse Ayume, com lágrimas de felicidade nos olhos.

Os amigos e familiares vieram nos parabenizar, e passamos os próximos minutos recebendo abraços, sorrisos e felicitações. Era um momento de pura alegria e celebração.

Enquanto a festa continuava, puxei Ayume para um canto mais tranquilo do sítio. Queria um momento a sós com ela.

— Ayume, eu sei que tem sido um mês cheio de desafios, mas quero que saiba que vou estar aqui para você e nossa filha. Prometo que farei de tudo para dar a melhor vida possível para nós três — disse, olhando nos olhos dela.

— Eu confio em você, Puma. Sei que não vai ser fácil, mas estamos juntos nessa. Eu te amo — respondeu ela, me abraçando.

— Eu também te amo, Ayume. E nossa filhinha já é muito amada — disse, beijando-a com carinho.

Enquanto a noite caía e as luzes do sítio começavam a brilhar, senti uma paz interior que há muito não sentia. Era como se, finalmente, tivéssemos encontrado nosso lugar no mundo. E com Ayume ao meu lado, sabia que poderíamos enfrentar qualquer coisa.

Depois de um tempo, fomos até a pista de dança improvisada onde algumas pessoas já estavam se divertindo. Ayume se encostou em mim, e eu a segurei pela cintura, sentindo a nossa filha entre nós.

— E aí, está gostando da festa? — perguntei, beijando seu pescoço.

— Está tudo perfeito, Puma. Obrigada por estar aqui comigo — disse ela, virando-se para me beijar.

— Sempre, Ayume. Não tem outro lugar onde eu queria estar — respondi, apertando-a mais contra mim.

Mais tarde, enquanto Ayume estava conversando com algumas amigas, me aproximei do meu amigo JN, que estava tomando uma cerveja perto da churrasqueira.

— E aí, Puma, a festa tá massa, hein? — disse ele, levantando a garrafa em um brinde.

— Valeu, cara. Ayume merece, sabe? Depois de tudo que passamos, quero que ela seja feliz — respondi, pegando uma cerveja também.

— E você, como tá? — perguntou JN, me olhando de forma mais séria.

— Tô bem. É diferente, sabe? Essa vida nova, longe dos problemas de antes. Mas tô gostando, de verdade. Quero fazer dar certo — disse, sincero.

— Isso aí, irmão. A vida é isso, fazer as coisas darem certo. E você tem a Ayume do seu lado, isso faz toda a diferença — falou JN, dando um tapa amigável no meu ombro.

A noite continuou cheia de risadas, música e alegria. Em um momento, peguei Ayume pela mão e a levei para a varanda do sítio, onde podíamos ver as estrelas.

— Olha, amor, nossa estrela da sorte — disse ela, apontando para o céu.

— Ela tá brilhando mais forte hoje. Deve ser um sinal de que nossa filha vai trazer muita luz para nossas vidas — respondi, abraçando-a de lado.

— Com você e ela ao meu lado, sei que vamos ser muito felizes, Puma — disse Ayume, deitando a cabeça no meu ombro.

— E eu vou fazer de tudo para isso acontecer, prometo — disse, beijando o topo da cabeça dela.

Quando a festa estava quase no fim, Ayume e eu nos despedimos dos últimos convidados. Estávamos exaustos, mas felizes. Voltamos para o nosso quarto no sítio, e enquanto ela se preparava para dormir, fiquei observando-a, pensando em como a nossa vida mudou nos últimos meses.

— O que foi? — perguntou ela, percebendo meu olhar.

— Nada, só estava pensando em como sou sortudo por ter você — respondi, sorrindo.

— Eu também sou sortuda por ter você, Puma. Agora vem, vamos descansar. Amanhã começa um novo dia e uma nova etapa na nossa vida — disse ela, puxando-me para a cama.

Deitamos juntos, e enquanto a noite caía, senti uma paz interior que há muito não sentia. Era como se, finalmente, tivéssemos encontrado nosso lugar no mundo. E com Ayume ao meu lado, sabia que poderíamos enfrentar qualquer coisa.

(...)

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora