Ayume Martins.
Alguns dias depois...Uns dias depois daquela confusão toda, eu estava super animada porque minha amiga de infância, Bianca, tinha acabado de chegar no Brasil. Assim que ela pisou em solo brasileiro, mandei ela vir direto para o Rio ficar comigo. Bianca e eu crescemos juntas, estudamos na mesma escola de elite e ela sempre foi mais do que uma amiga pra mim, praticamente uma irmã. Ela é herdeira de uma concessionária de carros gigantesca, e embora nossas vidas pareçam super diferentes, a gente sempre se entendeu em tudo.
Atualmente, Bianca estava estudando moda e tinha tirado férias recentemente. Ela sempre soube de toda a situação da minha família e, diferentemente de algumas outras pessoas, nunca teve preconceito. Até gostava, de certa forma, dessa vibe mais perigosa e imprevisível que rodeava minha vida, sempre curiosa sobre os detalhes mais sórdidos.
Então, para aproveitar o dia e colocar o papo em dia, decidimos fazer um dia de salão, só nós duas, como nos velhos tempos. Foi um dia cheio de fofocas, risadas e aquele cuidado que só um bom salão de beleza pode oferecer. Fizemos as unhas, cabelo, um tratamento estético completo que terminou com a gente se sentindo renovadas e prontas para qualquer coisa que o mundo jogasse contra nós.
Assim que terminamos e saímos para a calçada, eu avistei o Breno do outro lado da rua, já nos esperando no carro. Ele é demais, né? Sempre pronto e à disposição, uma verdadeira rocha nesse mar de loucuras. Ele acenou, e a gente atravessou correndo, rindo de algo bobo que a Bianca tinha comentado, algo sobre como o Breno deveria entrar para o mundo da moda com aquele estilo todo dele e o quanto ela sempre foi apaixonada nele.
— Breno, seu lindo, obrigada por nos buscar! — Bianca gritou antes mesmo de entrar no carro, jogando-se no banco de trás e fazendo questão de puxar conversa com ele. — E aí, como tá a vida de motorista das estrelas?
— Ah, vocês sabem, sempre um prazer cuidar das minhas garotas preferidas — ele respondeu com um sorriso, enquanto eu me acomodava no banco da frente, colocando o cinto.
A gente caiu na risada e o clima estava realmente ótimo. Com Bianca por perto, tudo parecia mais leve, mais fácil de lidar. Mesmo com todo o caos que estava minha vida, ter ela ali, ao meu lado, fazia tudo parecer um pouco mais normal, um pouco mais como os velhos tempos.
— Meninas, onde é a próxima parada? — Breno perguntou enquanto saíamos do estacionamento do salão.
— Que tal a gente pegar um sorvete? Estou morrendo de vontade de sorvete de pistache — sugeri, já imaginando o sabor doce e refrescante.
— Sorvete é sempre uma boa ideia! — Bianca concordou, e ela começou a nos contar sobre as últimas novidades da faculdade de moda e das loucuras que ela aprontou nas férias.
E assim, entre conversas e planos, a tarde se desenrolava perfeita. Mesmo com todas as adversidades, momentos assim, simples, com amigos verdadeiros, faziam tudo valer a pena. Era uma bolha de normalidade e felicidade no meio do meu mundo louco e imprevisível.
Chegamos na sorveteria que estava super movimentada, o que era de se esperar num dia lindo como aquele. O lugar estava cheio de gente aproveitando o clima agradável, rindo e se divertindo. Eu, Bianca e Breno encontramos uma mesa e, enquanto nos sentávamos, percebi que duas mulheres numa mesa próxima nos olhavam insistentemente. Elas nos avaliaram dos pés à cabeça com aquele tipo de olhar meio julgador, meio invejoso, que a gente conhece bem. Mas o que mais chamou atenção foi como elas quase devoraram o Breno com os olhos. Breno, todo despretensioso, nem percebeu e continuou falando sobre os bailes do Rio, comparando com os de São Paulo.
— Você não acha, meninas, que os bailes daqui têm uma vibe totalmente diferente? — Breno perguntava, genuinamente interessado na nossa opinião.
— Total, Breno. Os bailes do Rio são mais... Como posso dizer? Eles têm mais alma, sabe? — Bianca respondeu, animada com o assunto.
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Lance Bandido
Fanfiction+18|| Nosso amor cresceu em meio às sombras do crime, como uma flor delicada em um jardim de concreto. Encontramos refúgio um nos braços do outro, onde o amor era nossa única arma contra a guerra que nos cercava. No caos das ruas, nosso amor era com...