•Capítulo 13•

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Ayume Martins.
1 semana depois...

Estávamos na sala, eu e Bianca, espalhando máscaras faciais uma na outra num daqueles rituais de skincare que se tornaram nossos momentos de garotas. A TV estava ligada num canal de notícias, servindo mais como ruído de fundo do que qualquer coisa realmente assistida, até que uma reportagem específica chamou nossa atenção.

— Olha só isso, Ayume! — Bianca disse, apontando para a tela enquanto passava um algodão no rosto.

A tela exibia imagens dramáticas de câmeras de segurança e fotos de cenas de crime. O âncora falava com uma voz grave e séria, claramente tentando destacar a urgência e a gravidade do assunto.

— "A quadrilha fantasma, como vem sendo chamada pela polícia e pela imprensa, realizou uma série de assaltos audaciosos, de Criciúma a Guarulhos, e possivelmente está por trás de outras operações semelhantes ao redor do país. Estes criminosos, que têm evitado identificação há meses, agora estão no centro de uma caçada internacional após os eventos recentes que chocaram o país..."

Eu ouvia, o estômago revirando com cada palavra. Sabia que Puma estava envolvido em coisas perigosas, mas ver isso sendo discutido num nível internacional era outra coisa. A magnitude de suas ações nunca tinha sido tão palpável.

— "A polícia acredita que esta quadrilha está bem organizada e pode ter conexões dentro e fora do Brasil, complicando ainda mais os esforços para capturá-los. Os assaltos são altamente coordenados, deixando poucas pistas e sempre um passo à frente das autoridades..."

— Puma é o chefe, não é? — Bianca murmurou, me olhando com uma expressão preocupada. — Você sabia disso, Ayume?

Assenti, a garganta apertada, incapaz de desviar o olhar da TV.

— Sim, eu sabia que ele estava envolvido em algo grande... mas isso... isso é demais. — Minha voz saiu mais baixa do que pretendia, o peso da realidade caindo sobre mim.

— "A polícia e agências internacionais estão agora intensificando esforços para desmantelar essa rede criminosa. A segurança em aeroportos e pontos críticos foi reforçada, e qualquer informação que possa levar à captura desses indivíduos é crucial..."

Bianca colocou a mão sobre a minha, um gesto de apoio.

— E vocês estão bem? Quero dizer, você e Puma? — Ela perguntou, sua voz cheia de preocupação.

— Sim, estamos... está tudo indo surpreendentemente bem entre nós. Ele tem sido incrível, e eu... eu realmente gosto dele, mais do que pensei que gostaria. — Confessei, sentindo uma mistura de sentimentos.

— Só tenha cuidado, tá? — Bianca apertou minha mão. — Essas coisas podem ser perigosas, não só para ele, mas para você também.

Assenti, sabendo que ela tinha razão. O amor e o carinho que eu sentia por Puma eram reais. Aquela reportagem era um lembrete sombrio de que, embora as coisas pudessem estar bem entre nós, havia uma sombra que sempre nos seguiria, uma ameaça que não poderíamos ignorar.

— Vou ter cuidado. Obrigada, Bianca. — Disse, esforçando-me para manter a voz firme.

Continuamos nosso ritual de skincare em silêncio, cada uma perdida em seus pensamentos. Eu pensava em Puma, no amor que estava crescendo entre nós e nas sombras que esse amor trazia consigo. Era um paradoxo que eu ainda estava tentando entender, e enquanto a TV continuava a relatar, um sentimento de incerteza se instalava sobre o futuro, um futuro que eu sabia que seria tudo, menos simples.

(...)

O dia tinha se transformado numa corrida contra o tempo desde o momento que o lembrete do aniversário do Puma soou no meu celular. Uma onda de pânico seguida de uma resolução rápida me dominou, e com a ajuda da Bianca, comecei a planejar uma celebração simples, mas cheia de carinho.

Lance BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora