Capitulo 11

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Julia narrando

– Seu pai? – a Fernanda perguntou enquanto pagava as peças de roupa que ela havia comprado.

– Sim. – falei apertando o lábio, intrigada – mas ele não disse nada.

– Vai ver ele pressionou sem querer o celular e discou. Acontece. – comentou.

– É, pode ser. – dei os ombros guardando o aparelho e finalmente decidindo a peça que eu levaria.

Hoje teria um show sertanejo por aqui e o Igor inventou que queria ir, por que até onde eu sei a Malu iria e ele estava apostando todas suas fichas nela hoje. Eu só não torço cem por cento por ele, por que sei que a Malu pode se apegar e ele só quer sexo, ou é o que demonstra, e isso pode fazer um dos dois sofrer, mais ela do que ele.

Apesar de não querer, eu como amiga dele não posso tentar fazê-lo desistir dessa ideia. Ele quer muito, ta correndo atrás há meses e eu já lhe avisei os riscos, não tem mais nada que eu possa fazer. A não ser sentar e esperar o resultado.

Nós saímos da loja e encontramos a Louise na praça de alimentação com os outros. Ela estava sentada no colo do Bernardo, o que deixou a Fernanda irritada, por que ontem ele tava todo dado, aos beijos com ela na frente de todo mundo.

– Esse idiota vai ver quando ele vir atrás de mim. – ela rosnou quando nos aproximamos.

– Para, não arruma confusão por homem. – murmurei.

– Hum, o que será que as lindinhas compraram pra sair hoje?! – a Louise perguntou presunçosa, nitidamente nos provocando – não vale copiar o meu modelito ein, Fernanda! Já basta ter pegado o homem! – deu risada e eu a senti encolher-se na cadeira ao meu lado. O que me fez pensar que ela realmente havia gostado do Bernardo.

– Não se preocupa é só você dizer qual das duas caras que você tá usando hoje que a gente dá um jeito de vestir algo que combine com ela. – falei encarando-a e o Igor riu.

– Acho difícil, é impossível que alguma coisa que você use vá disfarçar a sua cara de trouxa quando o Igor ficar com a Malu! – disse sorrindo cínica, devolvendo-me a ofensa.

– Cala a boca Louise. Olha o relaxo! – o Igor a repreendeu, em um tom serio e ela lhe lançou um olhar irritado – começou agora aguenta.

– Tá dando a nossa hora aqui né?! – o Bernardo disse sem graça, movimentando-se para que a Louise levantasse e ficassem de pé. – Depois a gente se encontra. Beijo.

Eu e o Igor sabíamos que não ia rolar nada mais depois, só estávamos curtindo o momento, mas ele ter feito de conta que a Fernanda não era nada depois e ficar como se nada aconteceu com a Louise era idiotice.

– Melhor você dar um jeito na sua amiguinha. – avisei ao Igor que rolou os olhos.

– Vamos mudar de assunto. Querem o que pra comer? – falou me ignorando.

– Perdi a fome. – a Fernanda disse seca e ele voltou o olhar interrogativo a mim.

– Também não quero nada. Seus pais ligaram? Alguma noticia? – perguntei ainda pensando na ligação do meu pai, ignorando o fato dele ter me ignorado e anotando pra próxima.

– Não e os seus?

– A Eva, não liga pra mim, só o meu pai. Ele ligou, mas não falou nada.

– A ligação devia tá ruim. – deu os ombros, mexendo no celular.

– Capaz. Vamos?

Eles concordaram e nós seguimos pra casa. Os outros, Bernardo e Louise, haviam deixado o recado que estavam na praia e a Fernanda se trancou no quarto com a desculpa de querer descansar pra mais tarde. O Igor veio falar comigo quando entramos no quarto, mas eu o ignorei lembrando da minha nota mental do shopping, peguei o meu roupão e uma toalha e segui para o banheiro.

Quando voltei e entrei no quarto não o encontrei, então deduzi que ele havia saído. Procurei alguma roupa de dormir e após pentear meu cabelo e passar algum hidratante na pele ele apareceu. Estava apenas com uma bermuda de elástico e seu cabelo estava molhado.

– Já voltou a falar comigo? – perguntou passando por mim e cheirando o meu pescoço.

– Não sei. – respondi seria, o olhando de relance, ligando a tv e indo me deitar.

– Que mal humorada você! – reclamou se fazendo de coitado – Não dá pra gente namorar com você me ignorando desse jeito, tenho que falar com a sua mãe sobre isso. – disse prepotente, empinando o nariz e se jogando do meu lado, me abraçando de lado. E eu continuei em silencio. – Ju fala comigo! – pediu manhoso, estalando os lábios e dando um beijo no meu rosto – Gostosa! – disse enfiando o rosto no meu pescoço e eu dei risada do seu jeito querendo me chamar atenção.

– Você é um safado! – o condenei franzindo o nariz e o encarando, roubando-lhe um selinho. Estava ficando viciada.

– Não sou tarado! Você que é gostosa. – falou divertido, ficando por cima de mim, encaixando-se entre minhas pernas – olha que eu te castigo ouviu? – disse entretido acariciando meus cabelos e selando meus lábios várias vezes, me fazendo rir novamente.

– Não tenho medo de você. – desdenhei acariciando seus ombros, apertando meu lábio inferior e ele sorriu balançando a cabeça negativamente e aproximando a boca do meu pescoço. Depositando beijos molhados na região, me fazendo grunhir arrepiada, mas sem interrompê-lo, apenas curtindo. Então, o Igor passou as mãos nas laterais do meu corpo, subindo da minha cintura até próximo aos meus seios. Mantendo sua boa em meu pescoço, mordiscando-o. Eu subi minhas mãos dos seus ombros até os seus cabelos, entrelaçando meus dedos no mesmo, os puxando. Nossas respirações estavam pesadas, e era nítida sua ereção contra a minha barriga. Em seguida ele desceu a boca pelo meu colo, próximo aos meus seios, os acariciando e puxando a minha camisola pra cima, correndo a boca pela minha barriga, beijando-a até o meio dos meus seios. Eu grunhi apertando meu lábio, completamente excitada e então ele deu um sorriso sorrateiro, percorrendo as minhas costas em busca do fecho do meu sutiã, o abrindo. Eu arfei, tentando me controlar e chamar sua atenção.

– Igor... – murmurei o repreendendo relutante.

– Eu não vou fazer nada... – disse a fim de me 'tranquilizar', com a boca próxima ao meu seio.

Eu me deixei levar e então ele abocanhou um deles, os sugando e massageando o outro. Me arrancando gemidos baixos, enquanto eu arranhava seu couro cabeludo. Não demorou muito para que ele descesse a boca até a minha barriga novamente, dando leves mordidas até chegar a minha calcinha. Eu estava completamente entregue e molhada. O queria. Eu suspirei alto quando ele a puxou para baixo e percorreu com um dedo o meu sexo molhado com um sorriso malicioso nos lábios, me fazendo contorcer-se sob o colchão.

Caminhos tortosOnde histórias criam vida. Descubra agora