Capitulo 28

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Luiz Otávio narrando

[...]

- A Camilie chegou, tá lá no seu antigo quarto. Seja educado e me faça o favor de cumprimenta-la, por que mesmo vocês tendo terminado eu a considero como uma filha. - minha mãe disse me servindo um pouco de café e eu suspirei entediado.

- O que ela veio fazer aqui mesmo? - questionei confuso, principalmente por ainda ser cedo da manhã.

- O aniversário da Sofi é dentro de poucos dias, precisamos ensaiar a valsa dos quinze casais. - explicou.

- Quem vai ser o príncipe da Sofi?

- O namorado dela, o Gabriel. - ela disse sorrindo.

- Ela mal tem quinze anos e vocês já estão permitindo namoro. - recamei rolando os olhos. Não tinha cabimento, a Sofia era quase uma criança. O Gabriel tinha quase a minha idade.

- Você se lembra de quando começou a namorar a filha da Eva? - alfinetou, me questionando com o olhar.

- Era escondido, o da Sofia vocês estão sabendo. - retruquei - enfim, quem vai ser o meu par então?

- Ainda não sei. Vamos ver isso no primeiro ensaio. - falou antes de levantar-se - Vou fazer umas compras, por favor, seja civilizado com a Cami. - recomendou novamente antes de sair.

Eu terminei de tomar o meu café tranquilamente e enviei uma sms de bom dia pra Ju e outra pra Helô avisando que deu tudo certo e que tudo saiu perfeito. Em seguida, eu fui até o quarto dar o 'oi' que a minha mãe pediu à Camilie. Ela estava apenas com um micro vestido florido, descalça, desfazendo as malas e tomando posse do meu armário, típico dela: espaçosa.

- Oi! - falou sorridente ao me ver entrar, vindo até mim.

- Oi, vim saber se tá tudo bem. - falei fechando a porta atrás de mim.

- Melhor agora, estava com tanta saudades de você! - me abraçou, me cheirando sem disfarçar - cheiroso.

- Pelo visto tá tudo ótimo, né? - eu comentei com um pouco de sarcasmo, me soltando pra ter espaço pra respirar.

- Não. - suspirou - Sofia me contou que está namorado. Você se quer deixou meu lugar esfriar. - reclamou com um pouco de rancor na voz.

- Então, não tive de tempo de contar, mas eu posso te apresentar ela na festa. - sugeri e ela estalou os lábios suspirando.

- Eu não sei por que você não volta logo comigo. - murmurou mimada, contrariada, passando os braços pelo meu pescoço e eu dei um riso.

- Com a Ju eu tenho querer, eu tenho vontade, com você eu só obedecia, não tinha voz. - avaliei fechando os olhos e comparando as duas.

- Mas, você gostava que eu sei. - resmungou inconformada - sabe, se você quiser te deixo mandar um pouquinho. - disse presunçosa, me roubando um selinho, me fazendo dar risada.

- Eu tô melhor agora, Camilie. Nem rola um flashback contigo.

- Fiquei sabendo que fez uma noite 'romântica' pra ela ontem. Você não gostava dessas coisas, nunca fez pra mim. - reclamou com um bico.

- Era a primeira vez da Ju, você é mais tarada, não tem paciência pra essas coisas, não ponha a culpa em mim. - zombei fazendo-a me olhar incrédula.

- Como se você também não fosse. - resmungou, rolando os olhos - mas, tem uma coisa boa nisso.

- O que? - perguntei com curiosidade.

- Pelo menos eu sei que uma hora você vai cansar desse teu conto de fadas - disse correndo os lábios pelo meu pescoço, descendo a mão para o meu membro, apertando-o delicadamente, me deixando duro e me arrancando um gemido rouco - e vai voltar pra mim. É só um tempo. Ela é ingênua demais, menina demais. Você não curte isso. - selou nossos lábios, abrindo a porta para que eu saísse.

Júlia narrando

A tarde estava agradável e depois de tomar um pouco de sol na beira da piscina eu entrei para tomar banho e estudar um pouco. Meu ramal tocou minutos depois com a minha mãe avisando que o Igor estava ai. Eu fiquei supercontente com a surpresa, pois estava com saudades suas e como era feriado seria quase uma certeza ele ser por inteiro da Maria Nojenta Luiza.

- Ei, Ju... - ele falou abrindo a porta e dando um beijo na minha bochecha.

- Que surpresa boa! - o abracei, apertando-o, mas sem ser correspondida. Mesmo assim eu o olhei confusa e beijei seu rosto, não sendo correspondida novamente - você tá estranho. - comentei franzindo o nariz, sem graça.

- É, tô estranho? Engraçado, eu tinha achado estranho quando a Louise me contou que você tava com o Luiz Otávio agora. - disse sarcástico, me encarando e eu senti o chão faltar abaixo dos meus pés em questão de segundos - O Júnior me contou tudo. Era isso que você estava se referindo quando perguntou se eu te perdoaria? - ele perguntou em um tom irritadiço, encostando-se na mesinha do computador.

- Igor, eu. - prendi a respiração - Nós estamos namorando. - falei em um tom reprimido o encarando, recebendo um olhar decepcionado e zangado seu.

Não me matem depois dessa, até domingo!

E gente, liberem as estrelinhas, comentem, é muito importante saber se estão curtindo! :*


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