Capitulo 26

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Estrelaaaas, pf! <3

Logo à noite eu dispensei o Luiz e fui à casa da Fernanda, conversar e de certa forma, despejar os ultimo acontecidos. Nós estávamos em seu quarto, tentando aparar nossas arestas, pois segundo ela tínhamos que ter uma DR novamente por ter saído no mesmo grupo que o Bernardo e a Louise.

– Você sabe que a odeio. Fer, sem ciúmes. – reclamei me escorando em sua cama – Sabe que jamais ia trocar você por ela.

– Tudo bem. Mas enfim, nem vou citar o fato do Luiz tá afastando você de todo mundo também. – retrucou.

– Fico agradecida. – comentei cínica e ela deu um riso.

– E pelo trabalho de ter vindo aqui hoje rolou muita coisa não é? Não ia vir aqui só apreciar minha beleza. – ponteou. Como sempre, ela sabia de tudo mesmo sem saber. Poderes que só Fernanda possuía.

– O jantar com os pais do Lu foi desagradável, sua mãe me tratou bem, mas tão falsa quando esse tapete de pele de onça que tá debaixo dos seus pés. – comecei – Ele ficou bravo por que não transamos, mas ao saber o porquê ficou desconcertado.

– Nunca vou perdoar você por não ter dado um golpe de coxa no Igor e o feito transar com você, mesmo com ele não querendo que você se arrependesse. – comentou rancorosa e eu dei um riso. No fundo, bem no fundo, hoje eu me arrependi por não ter feito isso também.

– Você nem sabe da melhor. – continuei – Contei tudo pro meu pai, me sinto leve por isso e ele me apoiou. E por ultimo e não menos importante, você estava certa sobre a Sofi.

– Como assim? – indagou confusa.

– Helô me confidenciou que ela não apoia o meu namoro com o Luiz, por achar que traímos a pobre coitada da Camilie. – ironizei – Disse para eu não confiar nela. Que o Luiz acha que é apenas ciúmes de irmão. E que ela não foi ao jantar de proposito, por minha causa mesmo.

– Que sonsa essa garota. – esbravejou raivosa – Eu sabia. É uma falsa. Tinha certeza!

– Mas você não precisa sentir raiva dela por uma coisa dela comigo. – afirmei tentando amenizar sua raiva.

– Só por você? – deu um riso incrédulo – Você tá muito por fora. Algumas vezes ela me barrou na casa do Gabe. Aliás, todas meninas que frequentam a casa tem uma queixa dela. Por que quando ele liga chamando, ela liga depois para desmarcar e só os meninos vão. Uma vez o Nicolas foi sozinho e ligou perguntando se eu estava bem, por que ela disse que eu liguei e disse que não estava legal. – contou em um tom possesso – Se ela tá pensando que vai continuar namorando o meu irmão assim, tá muito enganada.

– Acho que você não precisa fazer nada. Sabe como o Gabriel é. Ela é quase uma criança. Não vai satisfazê-lo por muito tempo. – argumentei.

– Pior que é verdade. – concordou – Mas falando em satisfazer... O quê pretende fazer em relação ao sexo com o Luiz? – perguntou me olhando de forma apreensiva.

– Eu não sei. Não me sinto segura. Faz tão pouco tempo... Estou apreensiva com isso.

– Bom, só faça se sentir-se a vontade. Não ceda as manhas do Luiz, ele tem a mania de querer controlar você e de fazer 'planos surpresa' para vocês dois. – aconselhou-me.

Eu e o Igor passamos três dias marcando e desmarcando nossa conversa por conta da faculdade e da correria que é quando o final do ano se aproxima. Eu tinha vários trabalhos por fazer, estava virando noite, até o Luiz brigou por atenção por só poder ter ido me buscar e me intimou a deixar um espaço pra ele me namorar na quinta, o que era infantil e ao mesmo tempo engraçado devido aos argumentos que ele usava.

Luiz Otávio narrando

[...]

– Sim, Helô. – resmunguei em respostas as suas perguntas bombardeadoras – Eu quero fazer algo especial entende? Quero pedi-la oficialmente em namoro também. – falei me acomodando na cadeira do seu computador.

– Tipo, o que você quer fazer? – ela perguntou curiosa apertando o lábio.

– Uma coisa românica, eu devo isso, né. Ela é virgem ainda e eu não quero que nada estrague, mas também não quero que ela pense que é só pra transar. – expliquei ansioso.

– Jura? – perguntou abismada – A Ju? Virgem, ainda? – eu sorri e afirmei com a cabeça – Você não merecia essa sorte toda. – empinou o nariz, se fazendo de arrogante e eu bufei.

– Vai me ajudar ou não? – rolei os olhos, irritado.

– Vou sim, mas se não quer que ninguém estrague não faça nada em seu apartamento. Você sabe como a tia é, vai ficar de marcação, capaz de mandar a Camilie até lá. – comentou. Pois pelo que eu soube da Sofia, ela estava por vir esses dias para começar os ensaios da valsa com os casais da festa.

– Por isso que eu vim pedir a tua ajuda! – sorri presunçoso e ela cerrou os olhos pra mim – Sabe aquele chalé da sua mãe? – ela balançou a cabeça que sim – Então, você bem que podia arranjar um jeito dela emprestar...

– Ah, isso é fácil! A minha mãe nem lembra que tem. – riu – Podíamos colocar umas velas, pétalas de rosas...

– Isso, você pode cuidar disso e eu convenço a ela ir.

– Você também não quer nada né? – resmungou cerrando os olhos pra mim – Folgado.

– Você sabe que eu não sei fazer essas coisas! E eu também tô com a parte mais importante. – me justifiquei, mas os meus argumentos não colaram e eu acabei indo junto com ela em várias lojas. Compramos várias coisas, fomos até o sitio. Ele estava limpo por que a minha tia manda limpar sempre, então apenas trocamos os lençóis, colocamos as velas nos lugares, jogamos as pétalas de rosas, mais outras coisas que ela inventou lá e as sete eu me arrumei fui busca-la com a promessa de sairmos apenas para jantar fora.


Caminhos tortosOnde histórias criam vida. Descubra agora