Capitulo 11 - Parte 2*

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Em seguida, com cuidado, ele o penetrou em mim. Eu gemi por ele quando o senti e logo após ele passou a movimentá-lo, massageando meu clitóris com o polegar, gemendo junto comigo. Era nítido que ele estava tão excitado quando eu e adorando toda vez que eu me contorcia debaixo de seus olhos.

– Tá gostoso? – perguntou com um sorriso sorrateiro nos lábios e eu apenas assenti apertando o lábio inferior, tentando não gemer alto e me contorci sentindo-o ir mais fundo – Você ainda vai me ignorar? – com a voz rouca, ainda movimentando seu dedo em mim.

– Não! – choraminguei manhosa.

– Não ouvi. – disse me ignorando e descendo o rosto até o meio das minhas pernas, beijando e mordiscando o meu clitóris. Eu quase gritei com o prazer que aquilo me causou e pra terminar de mandar a minha sanidade para o espaço ele aumentou a velocidade da sua mão. Eu fechei os olhos, apertando os lençóis, e sentia meu corpo flutuar sobre a cama. Cada vez mais me sentindo chegar lá. Ele percebeu e acelerou mais os movimentos da sua língua, combinando com a sua mão.

– Igor! Ah! – sibilei enquanto me contorcia debaixo dele, sentindo o meu corpo convulsionar e se desfazer em um orgasmo intenso.

Sentia o olhar satisfeito e orgulhoso do Igor pairando sobre mim enquanto minha respiração ainda se regulava e o meu corpo estava relaxado sobre a cama me fazendo corar.

– Para de me olhar. – pedi com dengo, cobrindo o rosto com as mãos e se encolhendo, o fazendo rir.

– O quê que tem? Já vi tudo isso. – brincou rindo, puxando as minhas mãos e me beijando – você tem um gosto maravilhoso, sabia?! – comentou sorrateiro, só pra me deixar com mais vergonha.

Despertei às oito da noite com a Fernanda me chamando pra irmos jantar. Olhei no celular e havia várias ligações perdidas do Júnior, com certeza ele está furioso. Após tomar um banho às pressas e colocar uma roupa qualquer eu adentrei o carro e retornei a ligação dele.

– Você não disse que viria hoje? – perguntou possesso e eu suspirei sob o olhar do Igor e da Fernanda – são nove horas do domingo. Cadê você?

– Eu vou voltar amanhã, pela manhã. Relaxa. – pedi em um tom manhoso – Eu to me divertindo pra caramba Ju! Até fiz uma melhor amiga e vamos a uma festa hoje!

– Isso é muito bom, fico feliz por estar vivendo e tudo, mas quero você em casa Julia. – falou irredutível e eu bufei.

– Por favor. Volto amanhã, não pode me negar isso! – falei tentando comovê-lo e ele suspirou.

– Tudo bem, mas não passa de amanhã, ok?

– Ok – falei abrindo um sorriso largo – obrigado Julindo!

– Mas não deixa nenhum cara passar a mão em você, beleza? – recomendou carrancudo e eu prendi o riso lembrando-me do ocorrido de mais cedo.

– Sim, prometo,

– Ok, se cuida. Amo você. Se diverte! – disse sorrindo fraco antes de desligar.

– Seu irmão? – a Fer perguntou curiosa.

– Sim. – sorri fraco.

– Ele é bonito? – perguntou com um sorriso sorrateiro.

– Sim, quer conhece-lo? – perguntei dando risada.

– Não seria má ideia. – respondeu apertando o lábio inferior maliciosamente.

– Safada! – o Igor deu risada, condenando-a.

Nós jantamos em uma pizzaria mesmo, demoramos um tempo jogando papo fora e voltamos pra casa com tempo de nos arrumar.

– Você tá gostando do Bernardo? – perguntei a Fer, enquanto ela fazia alguns cachos no meu cabelo com a chapinha.

– Gostar não Ju, mas eu senti uma atração. Sabe como é... – disse dando os ombros – mas depois de vê-lo se esfregando na Louise de novo peguei nojo.

– Entendo. – falei apertando o lábio inferior, sendo interrompida pelo Bernardo perguntando se tínhamos um hidratante para emprestar. Eles dois mal trocaram olhares, ou melhor, ela mal o olhou, o que me fez pensar que realmente o que ela falou era verdade.

Às onze nós estávamos prontas, eu vestia um vestido estampado com um cintinho fino, mais soltinho no corpo e um sapato de salto neutro, caprichando apenas na make. A Fernanda vestia um short preto de alfaiataria, uma blusinha de paetê e um blazer preto, assim como seu sapato. Nós chegamos alguns minutos depois do inicio da festa. A casa estava lotada e assim que entramos fomos ao bar, encontrar com alguns conhecidos deles e pegar algumas bebidas.

– Olha, vê se não exagera na bebida, ok? Eu vou procurar a Malu, não vou poder estar aqui pra te proteger se você ficar chapada. – o Igor me alertou e eu rolei os olhos entediada, sugando o liquido do meu copo.

– Relaxa, eu não to sozinha. – falei sem lhe dar muita importância.

– Cuida dela Fernanda. Ela não é acostumada com bebidas. – ele pediu dando um beijo no meu rosto.

– Boa sorte! – disse antes de ele sumir na multidão.

E mal sabia ele que a Fernanda era uma excelente entendedora de bebidas. Experimentei algumas doses de whisky com sua ajuda e realmente o negocio apesar de ser forte era bom, me deixou bem mais 'animada' pra curtir a festa, mais solta. A Fer logo puxou um dos seus amigos pra dançar e eu fiquei a observá-los, mas não por muito tempo, pois logo o seu irmão apareceu, o Gabriel, que até então eu não conhecia, e me chamou pra dançar também. Ele tinha os cabelos bem escuros e olhos amendoados, doces, contrastavam com seu corpo magro e definido, parecia uma réplica de príncipe da Disney.

O ritmo era animado e nós dançávamos colados acompanhando a musica enquanto hora ou outra ele falava algumas coisas em meu ouvido, me arrancando risadas. Nós dançamos algumas musicas juntos até eles irem dar uma volta novamente. Eu me sentei ao bar sozinha, pois a minha 'parceira' havia sumido e pedi mais alguma bebida, enquanto prestava atenção na nova dupla que subia ao palco. Era Jorge e Mateus, o que me fez pedir algo mais forte por que eu sabia que hoje as suas musicas me matariam. O barman me entregou o copo e eu me virei na cadeira a fim de ter visão do palco e pouco tempo depois a Fer apareceu.

– Nossa, quantos copos? – ela perguntou dando risada, contabilizando-os e eu já me sentia um pouco grogue.

– Fer essa é a minha! – falei alto, me referindo a musica que começava – canta comigo!

Ela riu, pegou uma bebida e começou a cantar abraçada comigo. Gritando alto no refrão: 'não vou mais chorar como chorei, nem me lembrar que um dia te amei', rindo como duas loucas.

– Hoje foi o teu ultimo dia de Luiz! – ela disse animada brindando seu copo no meu ao terminar a canção.

– O ultimo! – eu concordei sorrindo fraco e tomando um gole. Fazendo essa promessa a mim mesma, repetindo por dentro: foi o ultimo dia do Luiz, amanhã serei só minha.

Em seguida senti alguém passar os braços em volta da minha cintura, correndo ao nariz entre o meu cabelo, me fazendo crer que era o Igor pois, ele adorava fazer isso, mas ao me virar vi que era o Gabriel.

Caminhos tortosOnde histórias criam vida. Descubra agora