Capitulo 30 - Parte 2

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Não me matem <3

[...]

– Esse rosa com franjas combina com você. – falei exibindo a peça e ela me olhou pensativa.

– Ótimo pra pegar uma cor, nem tenho mais bronzeado. – lamentou analisando o biquíni – mas, e ai, você e o Luiz vão à viagem?

– Eu não sei, eu quero muito ir. Mas tenho que convencer o Luiz. – suspirei entediada – e o Igor, alguma noticia dele? Ele me bloqueou do whats, aliás ele, o Junior e a minha mãe não estão falando comigo... – comentei triste.

– Isso é drama da sua mãe, do Junior também. Eu entendo que não deve ser fácil pra eles, mas ficar sem falar contigo é demais. – disse juntando os lábios em uma linha fina – Almocei com o Igor hoje. Ele disse que esse ano vai com ou sem a Maria Luiza. – comentou dando um sorrisinho vitorioso.

– Até parece mesmo. – duvidei, rolando os olhos, entediada.

– Eu acho que ele vai sim, o namoro dele não vai bom das pernas mesmo, não tem nada a perder. – deu os ombros pegando mais outra peça – E quando a ele, não se preocupa, ele gosta de você, aquilo é só birra dele. – disse segura, sorrindo fraco. Me dando certeza que a conversa deles não deve ter sido tão ruim em relação à mim.

– Espero! – falei esperançosa, me animando e escolhendo uns biquínis também – eu vou levar esses dois, pra garantir. – comentei exibindo um biquíni azul florido e um amarelo.

– Ai, você tem muito que ir, faz um tempo que não conseguimos viajar os três! – insistiu ansiosa.

– Quando sair daqui vou direto no Lu, conversar com ele, relaxa, vou aproveitar e levar alguma coisa pra ele também. – disse olhando mais umas peças.

Luiz Otávio narrando

[...]

– Vim te deixar uma lista que a sua mãe pediu. – a Camillie disse assim que abri a porta, adentrando sem esperar convite – ela falou que é pra ver se consegue as coisas hoje.

– Oi pra você também, quer entrar? Fica à vontade. – falei sorrindo irônico, pegando a lista da sua mão e a analisando – Sério eu vou ter que correr atrás disso? – ergui a sobrancelha, pois ficar responsável por abrir e fechar o clube nos horários de ensaio da valsa era ridículo. Ter que providenciar DJ, bebidas e barman's também.

– Não dramatiza Tavinho, sua irmã está fazendo 15 anos! – reclamou rolando os olhos – Não custa nada, a Mirian disse que o DJ só está disponível pra contato até as 17, então é melhor se mexer.

– Fala pra ela que daqui a pouco eu to indo então. – suspirei aborrecido.

– Quero água. – pediu mimada e eu bufei, indo à cozinha, sendo seguida por ela que fez questão de beber o liquido lentamente.

– Eu tô com presa. – resmunguei me encostando ao balcão e cruzando os braços.

– Sua mãe falou que a mãe da sua mocinha fez o maior barraco por que descobriu sobre vocês. – comentou maldosa, como quem não quer nada e eu apenas assenti para não deixar o assunto render – Pelo que eu percebi você se meteu onde gosta né? Confusão. A sogra além, de fácil, barraqueira. O sogo um manso. O cunhado te odeia e a namorada uma mocinha romântica e indefesa que te esperou por longos anos em quanto você estava se divertindo comigo. – enumerou rolando os olhos, fingindo entediada.

– Camille se eu fosse você tinha cuidado pra não morder a língua e acabar morrendo envenenada. – constatei dando um riso.

– Não estou sendo venenosa. – falou com dengo na voz – Só tô te abrindo os olhos. – estalou os lábios, se aproximando e acariciando meu rosto – Eu sou louca por você, acha mesmo que vale a pena ficar nesse meio de problemas do que voltarmos? Levarmos nossa vida de antes?

– Eu já te falei que acabou. – a encarei – Eu tô feliz com a Julia, sabe eu esperei tanto por ela, pra um dia poder vê-la de novo que tá valendo a pena cada treta.

– Não é possível que você não sinta o mínimo de falta de mim. – insistiu contrariada, beijando meu ombro nu, me arrancando um riso. Eu fechei os punhos, suspirando, sentindo-a distribuir mais alguns pelo meu peito.

– Não apela, pelo amor de Deus. – reclamei, mas já sentindo-a enfiar sua mão dentro da bermuda de elástico que eu usava, alcançando meu membro que estava duro devido suas provocações e a pouca frequência de sexo nos últimos tempos, até por que minha abstinência só foi quebrada no dia em que eu e a Ju transamos, o que aconteceu apenas aquela vez. E antes que eu pudesse formular alguma coisa ela o puxou pra fora da minha vestimenta e ajoelhou-se, masturbando-o lentamente, me olhando atenta.

– Camille, para. – ordenei com a voz rouca e pouco convincente a ela, que sorriu.

– Relaxa, amor. – pediu manhosa, depositado um beijo na minha barriga, deslizando sua língua sob a minha pele. Eu soltei um gemido estrangulado, fechando os olhos, mesmo sem querer ao sentir os seus lábios contra a cabeça do meu membro, o sugando. Não tinha mais volta, não tinha como parar, era mais forte que eu. Então, eu levei minha mão até o seu cabelo, o segurando em um rabo de cavalo, guiando os movimentos de entrada e saída da sua boca. Em poucos minutos ela aumentou o ritmo por conta própria e eu revirei os olhos com a sensação prazerosa que aquilo estava me causando, não conseguindo me conter e me esvaziando em sua boca. Em seguida ela levantou-se, engolindo o liquido e limpando os cantos sensualmente.

– Filha da puta. – esbravejei ainda extasiado.

– Não se preocupa, vai ser nosso segredo. – disse piscando e soltando um beijo no ar. Indo embora. Me fazendo esculachar a mim mesmo e à ela antes de entrar no banho.

Julia narrando

Antes de ir embora nós encontramos a Robertinha em uma loja, dando uma olhada em uns vestidos para o jantar oficial de noivado dela e do meu irmão. Então, aproveitei que o aniversário da Sofia ia ser dentro de poucos dias e com ajuda delas comprei um vestido para usar no dia. Pelo que a Fernanda comentou a festa vai ser mais tradicional, o que não a agradou, pois ela reclamou da falta de criatividade da cunhada, nos arrancando algumas risadas.

Era quase noite quando cheguei ao apartamento do Lu, iria passar pouco tempo, até por que eu não estava em condições de desagradar mais ninguém naquela casa e causar mais uma confusão com a minha mãe não podia estar nos planos de hoje.


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