O Lobo E O Coelho

Abismo sem fundo

No dia seguinte, quase no fim da tarde, Neo, Mei, Hector e Breno caminharam em silêncio pelo cemitério no fundo do castelo, o ar pesado e carregado de tristeza parecia envolvê-los enquanto se aproximavam do túmulo de Will. Para Neo, cada passo era como um peso extra em seu coração já dilacerado pela dor da perda. Ela sentia um nó se formar em sua garganta e suas mãos tremiam involuntariamente.

O túmulo de Will estava localizado em um canto tranquilo e sereno do cemitério, cercado por altas árvores que projetavam sombras suaves sobre as lápides de mármore. Ao lado do túmulo de Will, encontravam-se os túmulos de seus avós, testemunhas silenciosas das gerações que passaram e das histórias entrelaçadas de uma família.

O túmulo de Will era majestoso e imponente, adornado com esculturas delicadas e inscrições que contavam a história de sua vida. Flores frescas e coroas de flores foram colocadas cuidadosamente ao redor do túmulo, representantes do amor e da estima que Will inspirava em seus amigos, familiares e súditos.

Uma placa gravada com o nome de Will brilhava sob os raios do sol, destacando-se contra o mármore polido do túmulo. Ao redor, pequenos objetos pessoais, como fotografias, cartas e lembranças, foram deixados como oferendas em homenagem ao querido príncipe que partiu cedo demais.

Ao lado do túmulo, uma pequena fonte jorrava água cristalina em um pequeno lago, criando uma atmosfera tranquila e serena. O som suave da água corrente ecoava pelo cemitério, como um murmúrio reconfortante para aqueles que vinham prestar suas homenagens a Will.

Neo caminha lentamente em direção ao túmulo de Will, seu coração está pesado e sua respiração é entrecortada por soluços silenciosos. Cada passo parece uma eternidade, como se estivesse se aproximando de um abismo sombrio e sem fim. Seus olhos estão vermelhos e a dor em seu peito parece insaciável, devorando-a por dentro como uma fera faminta.

Ao se aproximar do túmulo, Neo sente como se um peso invisível estivesse esmagando seu peito, sufocando-a lentamente. Ela se agarra desesperadamente às flores frescas que trouxe, como se fossem sua única âncora em um mar de tristeza e desespero. Cada respiração é um esforço doloroso, como se o ar ao seu redor estivesse carregado com o peso da perda e da solidão.

Ao chegar ao túmulo de Will, Neo sentiu uma onda avassaladora de emoções tomar conta dela. Ela se viu cercada pela memória de seu amado irmão, cuja ausência ainda ecoava como um vazio insuperável em seu peito. As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto enquanto ela lutava para conter soluços de tristeza e dor.

A visão do túmulo de Will é como um golpe no estômago para Neo, trazendo de volta todas as lembranças felizes que compartilharam juntos, agora tingidas de uma melancolia insuportável. Ela se ajoelha diante da lápide, suas mãos trêmulas tocam a superfície fria do mármore, como se buscasse desesperadamente algum sinal de vida no mundo dos mortos.

As lembranças inundam a mente de Neo, como uma tempestade furiosa que ameaça afogá-la em um mar de tristeza. Ela relembra os momentos felizes que compartilharam juntos, as risadas, as brincadeiras, os sonhos compartilhados. Cada lembrança é uma faca afiada que corta fundo em sua alma, fazendo-a sentir-se ainda mais vazia e perdida.

A crise de ansiedade se intensifica, como uma tempestade que se aproxima, lançando Neo em um abismo de desespero e desamparo. Ela se sente pequena e indefesa diante da magnitude de sua dor, incapaz de encontrar conforto ou consolo em meio ao caos que consome sua mente e seu coração.

Lágrimas silenciosas escorrem pelo rosto de Neo, suas mãos tremem incontrolavelmente enquanto ela tenta desesperadamente encontrar uma maneira de lidar com a dor avassaladora que a consome. Ela sente como se estivesse afundando em um abismo sem fundo, perdida em um mar de tristeza e solidão, sem esperança de encontrar uma saída.