Herói?

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Mary

Se alguém me dissesse que depois de cinco anos o homem que destruiu meu coração estaria em minha frente, sexy como o diabo, eu riria da cara dessa pessoa.

Mas o destino era cruel! E lá estava ele com o semblante irritado, como se fosse matar alguém a qualquer momento, passeando por minha sala em um terno preto, sobre uma camisa branca que abraçava seus músculos. Lindo e brutal!

Ele parou a alguns passos de distância do sofá e quando me olhou, o azul de seus olhos estava intenso, e sua boca em uma linha reta. O queixo quadrado e as sobrancelhas retas e fartas davam um ar ameaçador ao seu rosto. Em toda a minha vida eu não havia conhecido homem mais perfeito fisicamente.

Seus olhos passearam por meu corpo, devagar e senti um calor queimar por onde ele olhava, e uma dorzinha incômoda se instalar em meu ventre. Meus seios ficaram pesados e os mamilos inchados e sensíveis, apontando para fora da blusa. Ele franziu a testa quando viu o gelo em meu pé, e subiu seu olhar para os meus seios, a blusa fina denunciou meu estado.

Quando seu olhar voltou para meus olhos, meu corpo arrepiou, ele parecia prestes a pular em mim. Lambeu os lábios e eu senti a sala ficar quente e pequena demais. Ansiava que ele viesse até mim, e tirasse essa dor incômoda entre minhas pernas.

- Porque você está aqui? - sua voz saiu rouca e baixa.

Sua pergunta me fez sair dos meus pensamentos imorais. 

- O quê? - eu estava confusa. Como assim, eu morava ali. 

- Porque está aqui Mary? - sua voz estava levemente irritada, mas ainda continuava sexy pra cacete.

- Eu acho que moro aqui? - respondi impaciente. 

- O que você está tramando? - passou uma das mãos pelos cabelos os jogando para trás - Como me achou? 

Então um balde de água fria foi jogado sobre o fogo que eu sentia com ele ali tão perto, no momento em que eu entendi onde ele queria chegar com aquelas perguntas. Ele sabia quem eu era e lembrava de mim, e pelo visto acha que eu estou aqui por causa dele! Que idiota!

- Não estou entendendo o que você está falando! - respondi irritada, quem ele pensava que era?! 

- Ah, você não entende do que eu estou falando? - ele riu sem humor - você aparece depois de cinco anos, na minha casa, ao redor dos meu amigos, e fingindo que não me conhecia. - parou em minha frente - O que você está tramando Mary? 

Suas palavras foram como um soco em meu estômago. Ele achava que eu o estava perseguindo? Realmente era coincidência demais, mas eu não planejei nada. Meus olhos arderam, mas eu espantei as lágrimas.

- Quem você pensa que é pra entrar em aqui e me acusar de coisas que eu não fiz? - falei irritada e levantei do sofá. - eu não planejei nada disso! - segurei um gemido quando meu pé doeu.

- Só vim te avisar que não vou cair no seu jogo - ele chegou perto de mim - conheço seu tipo, você não me engana! - falou em tom de ameaça.

Ele era uns bons centímetros maior que eu, por isso eu precisava olhar para cima para encará-lo. Meu pé doía e meus olhos ardiam.

- Vá embora Aidan, saia da minha casa! - eu estava irritada, minha voz saia baixa. 

- Minha casa Mary! - respondeu também irritado. - não se esqueça!

- Saia Aidan. Não vou pedir novamente! - falei tentando controlar as lágrimas que estavam prestes a derramar. Agora eu tinha certeza o quanto o destino era realmente cruel!

Ele me olhou uma ultima vez e saiu. Eu desabei no sofá e chorei todas as lágrimas que guardei em meu peito durante esses cinco anos.

...

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora