Minha!

319 21 0
                                    

Aidan

Eu estava puto! Que merda ela estava fazendo com a minha cabeça?

Os últimos dias tem sido um inferno para mim. Depois que Samanta me ligou pedindo para que fosse vê-la, eu havia desmaiado bêbado novamente. Acordei no outro dia com mais de dez chamadas de um número desconhecido. Era de um hospital na Itália, samanta estava internada entre a vida e a morte e chamava por mim. Eu era seu contato de emergência. Foi o que ela contou no hospital. Viajei para lá, mesmo sem vontade nenhuma de vê-la!

Aproveitei a viagem para esquecer as merdas que estavam acontecendo entre mim e Mary. Não conseguia entender que vício era esse que eu tinha nela. Na boca, no cheiro, e aqueles olhos que me convidavam a entrar nela. Acho que era alguma doença, só podia. Eu era experiente no quesito sexual, já tive tantas mulheres que nem me lembro de todas. Mas ela era diferente, eu ansiava por ela, era como uma droga que eu precisava tomar, para aliviar esse vicio que tenho dela.

Ao chegar na Itália descobri que Samanta vulgo minha mãe, estava com câncer, e já havia se espalhado para os outros órgãos. Eu não sabia o que sentir. Nunca tivemos proximidade suficiente para eu nutrir algum sentimento bom por ela. Rancor e ódio foram os sentimentos que me acompanharam durante minha vida. Eu apenas sabia que ela estava viva porque às vezes via alguma notícia dela nos jornais.

Como seu único filho, eu era herdeiro legítimo dela, ou melhor da herança do meu pai, e fui chamado para resolver algumas burocracias referente a herança. Eu só aceitei porque o dinheiro era do meu pai. Quando eles casaram, a empresa do pai dela estava falindo, e o casamento salvou a empresa.

Meu pai era dono das maiores lojas de roupa de NY. Marcas famosas entravam em fila de espera para terem suas roupas expostas nas lojas. Seus clientes eram dos mais ricos de Nova York, além de artistas famosos.

Olhando para ela deitada em uma cama de hospital, não há mais resquícios da beleza avassaladora que ela tinha. Não era mais aquela mulher poderosa que se orgulhava dos amantes que ostentava.

Não sentia empatia por ela, nem vendo seu estado. Talvez esse fosse o jeito do destino fazê-la pagar por seus pecados. Talvez eu estivesse sendo duro demais.

Saí de lá sem olhar para trás, e fui resolver o que tinha que resolver para voltar á minha vida.

...

Demorou mais que o previsto para que a herança ficasse em meu nome. O mais novo marido de Samanta, que tinha 26 anos, queria metade de tudo. Mas eu não daria esse gostinho a ele. O melhor advogado da França, Nicola Martin, um de meus amigos de infância, me representou na causa, que foi ganha sem esforço.

Samanta morreu um dia antes de eu vir embora. No enterro, só estávamos eu, Nicola, que fez questão de ir, e o padre. Ela morreu sozinha, mesmo vivendo rodeada de amigas falsas e amantes.

Passei algumas horas com Nicola antes de voltar, nos atualizando um sobre o outro. Meu voo sairia no outro dia para NY. Nicola prometeu me visitar quando fosse a Nova York.

...

Quando cheguei em NY depois de passar por um trânsito infernal, cheguei em casa debaixo de um dilúvio. Saí do taxi, peguei minha mala e corri para não me molhar tanto. Que merda!

Entrei em casa pingando, fui até a cozinha, que estava encharcada, merda, eu tinha esquecido uma janela aberta. Como eu estava fora e não sabia quando voltava, havia dispensado sara até eu voltar. Ela havia protestado, mas aceitou.

Quando fui fechar a janela, a cena que vi me fez gelar. Ela queria se matar?! O que será que ela fazia na chuva? Haviam duas garrafas de vinho ao seu lado. Tentou se levantar, mas estava bêbada. Meu coração esfriou quando ela quase caiu na piscina e sentou de novo.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora