Fim!

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Mary

Enquanto eu estava caída no chão, com a boca sangrando, a mão no rosto e Lu chorando agarrada a mim, pensei em como mais uma vez eu havia sido burra o suficiente para acreditar nele. Que nós dois daríamos certo?

- Mary? Mary? - Lu me chamava, sua voz soava abafada, devido ao apito agudo em meu ouvido. O tapa havia sido forte de mais. Lu gritava para alguém me ajudar a levantar, enquanto Erick tentava segurá-lo para que não chegasse perto de mim. 

Eu levantei minha cabeça e olhei para ele. Ele estava chorando, falava alguma coisa mas eu não entendia. Talvez, quando viu o que tinha feito, tenha se arrependido. Eu não tinha forças para me mexer, o choque do que ele havia feito, entrorpeceu meu corpo. Dessa vez eu não tinha escolha, precisava deixa-lo. Fingir que seu ciúme doentio era porque me amava e cuidava de mim me levou a situação em que estamos. 

Big me levou para o seu quarto de Lu, e eu fiquei lá em choque. Lu falava algo olhando para mim, mas eu não ouvia, não entendia. Não haviam lágrimas para derramar. Seu rosto estava marcado pelas lagrimas. Deitei na cama e fechei os olhos, pedindo, implorando em meus pensamentos para que aquilo não passase de um pesadelo e eu acordasse desse tormento.

Como fomos chegar até essa situação? Nós estávamos felizes. Pelo menos na primeira semana em que estávamos juntos.

Em algum momento ele bateu na porta do quarto dela, pedindo para me ver. Lu o ameaçou e gritou com Erick por ele não tê-lo impedido. Ela fechou a porta e deitou ao meu lado. Então as lágrimas vieram. Meus soluços se faziam altos, e minhas lágrimas desciam grossas e ambundantes. Era o fim de tudo! Dormi exausta de tanto chorar.

...

Acordei na manhã seguinte sentindo minha cabeça pesada. Lu não estava no quarto, mas as minhas coisas sim. Em algum momento ela havia ido até minha casa pegar meus pertences. Fiquei um tempo olhando para aquelas coisas, pensando em qual foi o meu erro dessa vez para merecer um ato tão violento dele?

Tentei pensar no motivo, mas minha mente estava nublada. Eu não conseguia formular nenhum pensamento que justificasse. Deitei novamente e deixei as lágrimas rolarem.

Algumas horas depois ouvi quando Lu e Erick discutiam baixo do lado de fora do quarto.

- Ele não vai mais chegar perto dela, você está me ouvindo Erick? - sua voz era baixa e ameaçadora.

- Ele está arrependido Lu, pelo amor de deus, ele estava bêbado - a voz dele estava baixa e suplicante. 

- mantenha ele fora do meu caminho ou eu o mato! Eu juro para você, aquele desgraçado nunca mais vai chegar perto dela! - ela estava muito irritada.

- Eu entendo minha flor - vou levá-lo para casa! -  ele falou rendido. - espero que ela fique bem. 

- E eu espero que você faça isso, ou eu vou me demitir daqui e você nunca mais me verá na sua vida - falou ainda com raiva. 

- Merda Lu, não  me ameace! - falou irritado.

- Não é uma ameaça, Erick, ela é minha irmã e eu farei tudo por ela! Vá, leve aquele desgraçado daqui - falou irritada e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si.

Então ele ainda estava no hotel? Será que ainda estava esperando para falar comigo? Não! Eu não posso mais pensar nele dessa forma. Ele não  me merece. Lu veio até a cama e me abraçou.

- sinto muito mary, você não merecia isso. Aquele desgraçado não podia ter feito isso! - sua voz saiu com empatia e depois irritada.

- Não se preocupe, a culpa é minha por ter ignorado seus acessos de raiva. Eu deveria ter dado um basta nisso antes - minha voz saiu rouca, minha garganta doía.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora