A volta!

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Mary

Cheguei em Manhattan as seis da tarde, peguei um taxi e fui direto para a casa de Aidan ver meu filho. O médico havia me questionado sobre meus ataques de pânico, mas não me senti a vontade para falar sobre a merda que era minha vida para ele, e depois de não obter respostas, me aconselhou a procurar ajuda psicológica, me dando o cartão de uma psiquiatra em Manhattan. 

Toquei a campainha de Aidan e ouvi meu filho gritar dentro da casa enquanto corria atrás de rufus, ele também estava lá. Aidan abriu a porta e havia um sorriso bonito em seu rosto, mas se desfez ao ver meu estado.

- Mary, o que houve? Você está pálida! - perguntou preocupado.

- Não vai me convidar para entrar - mudei de assunto, ele seria a ultima pessoa para quem eu contaria minhas merdas.

- Claro, desculpe! - falou dando alguns passos para o lado me deixando entrar.

Alan gritou ao me ver e correu para me abraçar, abaixei ajoelhando no chão, recebendo seu abraço apertado e sentindo seu cheiro familiar de bebê, meu bebê. Meus olhos arderam e as lágrimas cairam, eu estava morrendo de saudades dele, mas as lagrimas que caiam era pelo fato de quase ter morrido longe dele. Fiquei algum tempo abraçada a ele e deixando as lagrimas cairem, até que ele me afastou e me fitou curioso.

- Polque ta cholando mamãe? - sua pergunta me fez rir entre as lágrimas.

- Era que eu estava morrendo de saudades de você meu amor! São de alegria! - falei limpando as lágrimas 

- Ah, eu também estava mamãe com muita saudade, mas eu sou menino e menino não chola né? -havia um sorriso em sua boca pequena e eu assenti, depois explicaria a ele que não era feio homens chorarem, que eles também tinham sentimentos. 

Alan correu de volta a sua brincadeira com rufus e eu me levantei e sentei no sofá de Aidan. Ele me observava com o cenho franzido, sabendo que meu choro não foi apenas de saudades.

- Você quer comer alguma coisa? Ou beber algo? - me olhou curioso.

- Aceito uma água obrigada! - falei olhando para ele.

Ele levantou e foi em direção à  cozinha, enquanto observava ele caminhar para longe, pude olhar sua casa ao redor, ele havia feito algumas mudanças ali, pintou de uma cor mais clara, trocou alguns móveis e não tinha mais a estante de bebidas que ia do chão ao teto sempre bem abastecida. Além da bagunça de brinquedos de Alan espalhados pela casa. Ele voltou com a água, me entregou e sentou na poltrona ao meu lado.

- Me desculpe ter demorado tanto a voltar! - falei olhando Alan brincar com alguns carrinhos perto da cozinha - sua casa está uma bagunça! - ele riu com meu comentário olhando ao redor.

- Eu amei ficar com Alan esses dias, apesar de estar atolado de trabalho! - sua fala saiu calma, enquanto olhava pra o filho com amor - eu não me importo com a bagunça, eu até gosto. Ele poderia vir mais vezes?- me olhou com esperança.

- Claro, ele é seu filho, pode vir quando quiser! - falei sincera. 

- Obrigado Mary por me deixar ficar com meu filho! Por me dar essa chance. - soou sincero.

- Espero não me arrepender disso Aidan, meu filho merece ser feliz! - minha voz saiu um pouco dura, mas quando se referia ao meu filho eu não cederia, ele tinha que saber que eu não deixaria que o magoasse.

- Não vai Mary, eu garanto a você! Meu filho é minha prioridade agora, eu quero criá-lo como nunca fui criado, com amor e respeito! - sua voz soou triste. E eu esperava que fosse verdade.

- Tô com fome mamãe! - Alan falou com fazendo bico, ele estava suado e com as bochechas vermelhas.

- O que você quer comer garotão? - Aidan falou passando a mão na cabeça de Alan.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora