Evan
"Também estou morrendo de saudades" foi a frase que me acompanhou durante todo o dia, me afastar dela seria a melhor decisão que eu poderia tomar, eu estava enlouquecendo para tê-la debaixo de mim.
As cinco da tarde Louis me ligou pedindo para ir até sua casa provar uma nova safra de sua adega. Sempre que eu vinha a cidade tratar de negócios com ele, ele me presenteava com algum vinho de uma safra nova.
Cheguei a sua mansão e ele me recebeu alegre, Emma estava ao seu lado linda como sempre, talvez devesse foder com ela para tirar Mary da minha cabeça, eu não podia mais esperar que ela deixasse seu namorado por mim, mesmo vendo em seus olhos o quanto me quer.
- Bonjour mon ami! Como você está? - Louis me puxou para um abraço.
- Estou bem! E você como tem passado?
- Ah! Estou muito bem como pode vê! - ele sorriu. Sorri de volta.
- Bonjour ma cher! - Emma levantou do sofá, me beijou na bochecha e me puxou para sentar junto dela.
- Château Lafite Rothschild Pauillac 1985 - Louis falou enquanto me servia do vinho. - é uma mistura principalmente de cabernet sauvignon com pequenas quantidades de Merlot , Cabernet Franc e Petit Verdot uvas. As uvas são cultivadas nos vinhedos da vinícola localizados na comuna Pauillac da região de Médoc, são coletadas à mão e o vinho é envelhecido em barris de carvalho por até 18 meses antes do engarrafamento. O que achou mon ami? - ele me olhava com expectativa.
Provei do vinho sob seu olhar curioso, era como se fosse um desafio a ele cada vez que me oferecia um vinho novo, sua necessidade de fazer os outros amarem vinho como ele amava o fazia desafiar seus visitantes a acertarem as notas de suas garrafas.
- Delicioso Louis, Cedro, tabaco e frutas? - falei olhando para ele.
- Isso mon ami! - ele parecia uma criança - Tem algumas notas minerais também, ele é o melhor vinho dessa região. Separei uma garrafa para você levar.
- Obrigada Louis! - eu gostava desses desafios dele, eram interessantes. Quando eu errava ele passava um tempo rindo de mim e fazendo piadinhas.
Passamos a tarde conversando sobre seu país amado e a saudade que sentia de casa. Ele tinha vindo para NY muito novo com um sonho e pouco dinheiro. Fundou a empresa do zero e com muito trabalho arduo. Apaixonou-se por sua por uma nova-iorquina e tiveram dois filhos, Emma e Lucas, a esposa dele havia morrido quando Lucas tinha 11 anos devido à um câncer agressivo. Eu o conheci quando comecei a minha empresa, ele foi um dos meus primeiros clientes e já temos negócios a oito anos. Ele tinha se tornado um bom amigo para mim.
Jantamos juntos e ficamos conversando até as nove.
- Senhor Louis, há um telefonema para o senhor no escritório! - uma moça vestida em um uniforme de empregada avisou.
- Obrigada Ágata, pode se retirar! - ele sorriu para ela - desculpe Evan, os negócios me chamam, mas por favor, faça companhia a minha Emma! - ele a olhava com carinho. Saiu da sala e entrou por um corredor.
- Acho que seu pai nos quer juntos! - falei rindo, tomando do meu vinho.
- Ele não sabe que meu coração não tem tempo para romances! - ela riu - e você mon cher, como vai com a secretária? - riu da minha expressão de surpresa - pelo jeito como você ficou no jantar, quando Lucas deu atenção a sua amada, e seu papinho de meu coração tem dona, eu adivinhei que rolava alguma coisa entre vocês!
- Não temos nada! Ela é comprometida. - falei com amargura.
- Ahh mon cher, sinto muito! - ela cruzou seu braço no meu - por isso eu não me apaixono, ou durmo com o mesmo homem duas vezes, além de você é claro! - ela riu - se quiser posso consolar você! - sua mão passou por minha barriga indo em direção a minha calça e sua voz saiu melodiosa, talvez em outra época eu teria aceitado.
Emma era oito anos mais nova que eu, tinha a pele morena, olhos verdes, a boca era carnuda e vermelha, seu corpo era curvilíneo e gostoso, mas não me fazia deseja-lo igual eu desejava Mary!
- Não, mas obrigado por tentar! - segurei sua mão, ela riu e se afastou de mim pegando sua taça.
- Eu tive uma ideia, porque não vamos ao pub? Distrair sua cabecinha apaixonada! - Ela me olhava em expectativa. Assenti, eu precisava me distrair mesmo. - Espera só eu trocar de roupa! - ela beijou minha bochecha e subiu as escadas.
Meia hora depois ela desceu as escadas em um vestido curto vermelho brilhante e saltos da mesma cor. Emma sabia o poder que tinha sobre os homens, sua beleza chamava atenção por onde passava, quando a conheci ela ainda era inocente e não sabia muito sobre prazer sexual. Seu ex tirou sua virgindade, mas só se importava com o próprio alívio, além de trai-la com várias mulheres.
Ficamos próximos quando comecei a advogar para o seu pai e depois viramos amigos com beneficios, mas para nós era apenas sexo. Ela ainda amava o ex traidor e eu não tinha tempo para uma relação.
Então Mary apareceu em minha vida, me colocando de quatro por ela, me fodendo fisica e emocionalmente. Mas o que ela me faz sentir não se compara ao que eu pensava sentir por carol. É mais forte e doído, e está me enlouquecendo.
Chegamos ao pub e nos sentamos em um dos sofás dispersos por lá.
- Acho que sua amada tem companhia mon cher! - Emma gritou rindo por cima da música.
Acompanhei seu olhar e vi Mary sentada um pouco afastada de nós bebendo e conversando com Lucas. Eles levantaram e foram para a pista de dança, e começaram a dançar colados.
- Mas que porra é essa? - falei para ninguém.
...Enquanto dirigia meu carro para o hotel, pensei em como eu tinha deixado a raiva agir por mim depois que vi os dois juntos, Lucas era um galinha filho da puta que eu tive o desprazer de defender, por amizade ao seu pai. Ele tinha sido processado diversas vezes por assédio sexual, e em todas Louis me implorava para livrar seu filho da cadeia. E eu o livrava, ele pagava uma boa indenização a vitima, saia ileso e depois fazia de novo. Mas dessa vez ele iria mexer com a pessoa errada, se ele tentasse algo com Mary, eu iria colocar esse desgraçado na cadeia para apodrecer.
Mary entrou no quarto e passou por mim irritada, senti vontade de rir, ela quem tinha feito toda a merda hoje e ela era quem estava irritada.
- Vá embora Evan, não estou com paciência! - virou as costas para mim.
Peguei em seu braço e a virei, ela me olhou surpresa e irritada. Eu estava com tanta raiva que queria gritar para ela tudo o que ela me fazia sentir e o porque dela me fazer sofrer tanto. Mas a raiva desapareceu dando lugar ao desejo que eu sentia de tomar sua boca e fazê-la minha novamente, até ela me amar como eu a amava. Um estalo soou em minha mente, eu amava Mary com todo o meu ser, e sem ela talvez eu morresse desse amor. Mas eu não podia forçá-la a ficar comigo. Puta merda! Como podia um sentimento ser tão fodido?
- O que merda você está fazendo comigo Mary? - a pergunta que torturava minha mente saiu em forma de palavras.
- Evan! - meu nome em sua boca saiu como um gemido necessitado.
- Se eu te foder hoje Mary, você será minha e eu não vou aceitar dividi-la com outro homem! - avisei.
- Eu sou sua Evan, sempre fui! - sua voz saiu baixa e sensual.
Eu não tinha mais forças para lutar contra esse sentimento, eu não queria foder com ela e amanhã ela estar com o outro novamente. Mas, vendo ela me olhando com os olhos febris de desejo me desarmou por completo. Tomei sua boca urgente, mostrando a ela que eu não a soltaria mais, nunca mais!
...
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Redenção de um cretino irresistível - Livro 1
Romansa(Livro 1 série cretinos irresistíveis) Mary Cabbot tinha 19 anos quando conheceu seu primeiro amor, ela lhe entregou seu coração e sua virgindade, mas o que era para ser um felizes para sempre, se tornou seu pesadelo. Aidan Sparks não conhecia o am...