Redenção de um cretino irresistível - Livro 1

Estranho!

Mary

No sábado a tarde eu, amalia e Lu, fomos até o shopping comprar roupas para meu novo trabalho. Era o fim de semana de folga da Lu, por isso ela veio me ver. Ela e Amalia se deram super bem, eu agradeci por isso, agora eu tinha duas amigas para super legais ao meu lado.

Passamos a tarde comprando roupas, sapatos e bolsas, Lu era exagerada, e Amalia completava a loucura dela. Voltamos para a pousada cheia de sacolas.

- Preciso te falar uma coisa! - Lu me olhava séria. Estávamos apenas eu e ela no meu quarto. Meu coração acelerou. 

- o que?

- Aidan foi embora de NY!

- o que?! Porquê?!

- Por sua causa Mary! Pra não te machucar mais!

- como assim? 

- Ele ficou louco mary. Ele queria que eu falasse onde você estava! Mas eu o ameacei e falei para ele te deixar em paz, que ele precisava pensar no que tinha feito. Então todos os dias ele ia para o hotel, bebia até cair e saia arrastado por Erick - suspirou - Então ele ficou um dia sem aparecer no hotel e Erick foi até a casa dele. E ele precisou arrombar a porta para entrar. - ela falava cautelosa, meu coração doía ao saber o que Aidan estava passando. - Quando ele entrou, havia sangue pelo chão e cacos de vidro espalhados. Ele estava desmaiado, tinha se cortado com uma das varias garrafas pelo chão.

- Meu deus! - minha voz saiu em um susurro e meus olhos estavam cheios de lágrimas. - co.. como ele está? - as lagrimas já caiam. Eu não conseguia controlar.

- ele está bem Mary! Erick chamou uma ambulância e ele passou alguns dias internado. Então, depois que saiu do hospital, mandou uma mensagem para o Erick avisando que iria embora para a Italia sem ter data para voltar, talvez nunca mais.

Senti uma pontada em meu peito. Meu coração doía em saber que não o veria mais. Lu me abraçou e deixou que eu chorasse em seu colo. Saber que ele havia ido embora para não me machucar me deixava mais triste ainda. Porque ele tinha que agir assim? porque não podia me amar como um homem normal?

Chorei até não ter lágrimas, e dormi no colo de Lu. 

O domingo passou arrastado. Eu tentei ocupar minha mente com os videos sobre como ser uma secretaria. Amalia as vezes vinha até meu quarto conversar com Lu. Eu agradecia por elas deixarem que eu sofresse minha dor, sem perguntar nada ou me julgar.

A tarde Lu havia ido embora, e eu e Amalia ficamos assistindo filmes até dormimos. As vezes eu dormia no quarto dela, outras vezes ela dormia no meu. 

A segunda chegou e com ela a ansiedade de fazer a entrevista. Eu havia passado o domingo procurando na internet o que uma secretária fazia. Ainda bem que eu tinha curso de informática, mesmo enferrujada eu ainda lembrava como salvar arquivos e fazer planilhas.

Cheguei ao endereço que Leo havia me dado, minha boca abriu em um o, impressionada com o predio imponente que levava o nome white's advocacia. Eu me senti muito pequena e pensei em voltar para casa me esconder embaixo das cobertas. 

Forcei minhas pernas a andarem para dentro do prédio. O primeiro andar era um saguão amplo e claro, com janelas do chão ao teto. No meio dele havia um balcão com umas cinco mulheres muito bem vestidas atendendo as pessoas que pediam informações. Atrás delas estava o nome da empresa grande e elegante. 

Agradeci mentalmente pelas meninas terem me ajudado com as roupas. Eu vestia uma saia lápis preta, uma blusa branca de manga longa e um scarpin preto. Eu estava elegante e parecia pertencer aquele ambiente. Fui até uma das moças e dei meu nome, ela me atendeu super simpática, me deu um cartão de entrevista e me mandou para os elevadores, que ficavam ao lado do balcão, haviam cinco elevadores um ao lado do outro. E seguranças guardando as catracas que precisavam do cartão para abri-las. Ela me falou para apertar o botão três que levava até o Rh, era lá que eu faria a entrevista. O nome da responsável pelas entrevistas era Cinthia.