Encontro!

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Mary

Acordei com batidas na minha cabeça, sentei na cama ainda sonolenta, olhei ao redor e percebi que as batidas eram no andar de cima, acho que meu vizinho chegou de viagem.

Me sentei na cama, e olhei no relógio que marcava duas e quarenta da tarde, gemi um palavrao, poderia dormir mais um pouco, mas parece que meu vizinho não pensava assim.

Eu morava em um prédio de dois andares em Nova york, havia me mudado para cá há duas semanas de Sea Bright, uma pequena ilha ao sul do país, e o senhor barulhento no andar de cima é meu senhorio, que estava viajando à duas semanas e nós ainda não tinhamos nos conhecido.

Lu havia me "arranjado" esse lugar alegando que era tranquilo e por ficar a dez minutos do hotel onde nós duas trabalhamos. Ela já estava em NY à cinco anos e era gerente do bar no hotel, onde eu trabalhava como atendente do balcão.

Levantei ainda irritada e fui até o banheiro, escovei os dentes, tomei um banho e fui procurar o que comer. Achei um resto de espaguete que Lu havia feito ontem, esquentei e comi. 

Hoje era minha folga, então vou aproveitar e dar uma volta na cidade, desde que vim para cá, eu ainda não tinha saído. Eu havia Colocado uma calça de couro preta, uma regata branca e uma jaqueta de couro também preta. Depois de comer,  fui até a porta, onde minha bota estava, calcei e fui em direção à minha bebê estacionada na garagem.

Subi em cima da moto e a liguei, ouvinfo seu tonco excitante ao acelerar. Por onde eu passava com minha bebê chamava atenção das pessoas. É uma Ducati Xdiavel, minha paixão! Ganhei de presente do meu pai quando completei 19 anos, antes dele falecer! Foi amor a primeira vista, mas minha mãe só me deixou subir nela depois do 21, ela me achava muito nova para pilotar uma moto tão potente e tinha medo de me perder em algum acidente.

Meus pais nunca chegaram a casar. Minha mãe tinha se envolvido com um vigarista que gostava de dar golpes do baú em mulheres ricas e carentes. Meu pai era lindo, olhos azuis, corpo atlético e alto, o típico galã de novela. Era fácil para ele seduzir quem quisesse, e atehoje não sei como ele se envolveu com minha mãe, não que ela não tenha os atributos para conquistar quem quisesse, só que ela não era do tipo dele, apesar de ser linda, era pobre.

O tipo do meu pai era qualquer uma, que fosse rica.

Depois de passear pela cidade, conhecer um pouco daquela loucura, a cidade que nunca dorme, como Lu sempre falava, voltei para casa. Como já estava noite, as luzes do andar de cima estavam acesas, me mostrando que meu vizinho barra senhorio estava em casa. Estacionei a moto dentro da garagem e virei meu rosto ao ouvir um carro acelerando e passando por mim a toda velocidade.

Pelo vidro do carro consegui ver o vislumbre do seu rosto, quando ele me olhou rapidamente e arrancou com o carro para fora da garagem. Meu corpo travou quando meu cérebro processou a imagem, eu reconheceria aqueles olhos em qualquer lugar! Minha cabeça rodou e senti meu estômago embrulhar e me segurei na moto para não cair.

- Não! Não pode ser ele! Eu só posso estar enganada! - ri incrédula - eu estou enganada, tenho certeza! - afirmei para mim mesma.

Entrei em casa com muito custo, por minhas pernas estarem trêmulas, tentando me convencer que aquilo era só meu cérebro me pregando uma peça, sim,  era isso, era apenas uma coincidência!

...

As duas da manhã acordei com passos pesados subindo as escadas e duas pessoas rindo alto, pareciam ertar bêbadas, pelos passos trôpegos e as batidas pela parede. Com certeza era meu vizinho que tinha companhia e parecia que ele e sua foda derrubariam o prédio.

Mas não consegui voltar a dormir, porque, minutos depois, gemidos ecoaram pelo cômodo, me fazendo amaldiçoar meu senhorio porque pelo visto a parede era fina demais, me fazendo ouvir a pornografia que começou baixinho e depois foi aumentando, com eles parecendo atores de filme para adultos. Nunca imaginei que alguém pudesse gemer tão alto!

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora