(Re)encontro!

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Mary

Alguém se mexeu ao meu lado, colocando um braço pesado em cima da minha barriga, abri os olhos, ainda estava um pouco escuro. Olhei para ele, seu rosto estava virado para o travesseiro, e eu não conseguia ver sua face. Tirei seu braço de cima de mim, devagar, ele se mexeu e virou para o outro lado, ficando de costas para mim. Sai da cama devagar, vesti minhas roupas, não calcei os sapatos para não fazer barulho e sai do quarto.

Desci as escadas na ponta dos pés, olhando ao redor, vi que a casa era enorme, o dia já estava começando a clarear e eu tive um vislumbre da sala. Havia um sofá grande no meio dela, virado para uma tv gigante, e uma parede repleta de livros. Não demorei muito tempo observando, eu precisava ir embora. Achei minha bolsa no chão perto da porta, peguei o celular e olhei a hora, cinco e meia da manhã. Abri a porta e saí, as ruas estavam vazias, ele morava em uma parte nobre da cidade, as casas eram mansões e a dele também era grande. Andei um quarteirão e chamei um taxi, que me levou para a pousada.

Quando cheguei a pousada, Amalia estava na recepção, a avó dela ficava na parte da noite e ela na parte do dia. Ela me olhou estreitando os olhos e riu.

- Isso são horas de chegar dona Mary? - falou divertida - hum, a noite foi boa heim! - ela falou alto, seu sorriso aumentou.

- shiii sua doida vai acordar as pessoas - eu estava com vergonha por ter sido pega chegando de manhã.

Ela saiu de trás do balcão e enroscou seu braço no meu me puxando para a cozinha.

- Venha você está com cara de quem deu a noite toda e está morrendo de fome! - tive que rir, ela era doida, não pensava antes de falar.

- Eu não dei a noite toda! - me defendi, era verdade. - você pode vir comigo, e a recepção? - ela me puxava rindo.

- ninguém vai chegar mesmo, estamos lotados, não sei porque a vovó não fecha a noite, já que todos os hospedes chegam a meia noite! - essa indireta foi para mim- deve ser porque tem umas que estão ocupadas dando por ai. - seu sorriso estava de orelha a orelha. Dei um tapa em seu braço, ela gritou e riu mais.

Entramos na cozinha e Ana estava preparando o café da manhã. Nos olhou curiosa e nos mandou sentar em uma das mesas e disse que o café estava quase pronto.

- então me conta, com quem você passou a noite? - ela falou baixo pra a sua avó não ouvir. - quero todos os detalhes sordidos! - eu ri, quem a ouvir falar assim, pensa que ela sai por aí pegando varios homens. Mas apesar de não ter filtros na boca e falar algumas safadezas, ela ainda era virgem. Ela me disse que ainda não achou o cara que lhe desse tesão a ponto de transar com ele. Eu também pensava assim, até Aidan aparecer. Quando vi ele naquele bar, senti crescer em mim um tesão que nunca havia sentido com ninguém.

Tomamos café juntas e eu fui para meu quarto dormir mais um pouco, eu só trabalhava na empresa de segunda a sexta, os fins de semana eram livres. Entrei no quarto, tomei um banho e vesti o pijama. A noite Leo iria fazer o pedido a minha mãe, eu estava muito feliz com isso, eu sabia que ele seria capaz de fazê-la feliz. Ela merecia ser feliz. Dormi com um sorriso no rosto, com o coração leve.

Acordei as duas da tarde com Amalia batendo na porta do quarto. Levantei da cama sonolenta e abri a porta, ela entrou, e sentou em minha cama.

- você vai dormir o dia todo?

- iria, até você bater na porta!

- que mal humor, nem parece que deu a noite toda - ela riu. Revirei os olhos entrando no banheiro.

- eu não dei a noite toda - falei enquanto escovava os dentes.

- e nem sabe se ele é feio ou bonito! - riu.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora