Talvez!

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Mary

Fiquei alguns minutos sentada na cama, pensando sobre tudo o que havia me acontecido esses ultimos dias. O porquê eu não tenho forças para lutar contra esse desejo que sinto por ele.

Talvez no fundo, meu coração tolo acha que, dessa vez, ele vai ficar. Eu não poderia ser mais idiota!

Afastei os pensamentos e me convenci que eu é quem tinha que mudar, eu era quem tinha que dar um basta nisso. Enquanto eu deixasse ele me fazer de idiota, ele não iria parar. Eu precisava lutar contra esse sentimento doentio. Não era amor! Amor não machuca assim, o amor é paz, segurança, cuidado. Isso que eu sentia por ele era apenas uma obsessão doentia!

Levantei e fui até o banheiro, precisava de um banho, não podia chegar em casa com cheiro de sexo. Lavei meus cabelos e fiz minha higiene com alguns produtos que tinha no banheiro, que o hotel disponibilizava para seus hospedes.

Sequei os cabelos com um secador que estava na bancada da pia e vesti a roupa da noite passada.

Saí daquele hotel sem olhar para trás, talvez algum dia isso não doesse tanto. Eu seria livre desse sentimento ruim que apertava meu peito.

Cheguei em casa e Alan correu para meus braços. Sim, eu superaria qualquer coisa por esse garotinho. Ele seria o único a quem eu entregaria meu coração. O unico amor da minha vida!

Entrei em casa com Alan no colo, minha mãe estava na cozinha fazendo algo delicioso, o cheiro fez minha barriga roncar. Entrei e dei um beijo em sua bochecha. Alan riu.

- hum que cheiro bom, o que está fazendo? - coloquei Alan sentado em sua cadeirinha, coloquei um desenho no celular para ele e me sentei ao seu lado.

- bacon, ovos e torradas - falou rindo. - Onde a senhorita estava? Na casa da Lu? - me olhou curiosa.

- ahh! Sim, dormi lá - menti como uma adolescente sendo pega pela mãe fazendo coisas escondidas. Ela riu e serviu a comida para Alan, para mim e para ela e sentou no lado oposto ao meu. Nos servi café e leite para Alan.

- Então, quem era o homem bonito que veio ontem te procurar? - perguntou curiosa. Engasguei com a comida. Alan me olhou curioso, mas voltou sua atenção ao celular. Pigarreei

- hum! Era um amigo! - não conseguia encarar seus olhos.

Então ele havia vindo em minha casa procurar por mim? Acho que deve ter sido Erick quem queria saber onde Lu morava, e como Aidan sabia onde eu morava, com certeza veio até aqui e perguntou a minha mãe.

- Ele não parecia um amigo! Estava curioso demais sobre você. Ele e Alan se deram super bem. - ela falava despreocupada. Senti meu corpo gelar, Aidan e Alan juntos? Me senti tonta, uma ânsia me atingiu, levantei e corri para o banheiro, tranquei a porta e vomitei tudo o que tinha no estômago.

- Filha você está bem? - minha mãe falou preocupada do outro lado da porta.

- Estou mãe, deve ter sido a bebida! - respondi. Levantei e comecei a escovar os dentes.

- Eu já te falei para parar de beber. Se seu pai não estivesse morto eu mesma o mataria, como pode um homem ensinar uma jovem a beber! - Ela saiu resmungando de volta para a cozinha.

Eu não estava grávida, minha menstruação viria na semana que vem, e mesmo transando sem camisinha com Aidan eu tomava contraceptivo. Deve ter sido por saber que ele encontrou meu filho. Maldito Aidan!

Fui até meu quarto vestir uma roupa limpa e arrumar minha mala, Lu e eu voltaríamos na parte da tarde. Enquanto estava arrumando minhas coisas, ouvi quando alguém bateu na porta e minha mãe convidou para entrar. Alan gritou um oi tio e eu senti meu corpo adormecer com a voz que respondeu. Aidan estava em minha casa.

Redenção de um cretino irresistível - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora