Devil's lair (A Obsessão Kim) - Imagine Kim Taehyung

Capítulo LII

Taehyung

Estou me movendo antes que o som do meu último tiro desapareça, saltando de trás da cobertura das árvores para diminuir a distância entre mim e S/n. Seu olhar salta do homem morto ao seu lado, seu rosto manchado de sujeira e sangue, seus olhos castanhos sem compreender enquanto ela se afasta, a boca se abrindo em um grito silencioso com a minha abordagem.

— Shh, está tudo bem. Sou eu.

Caindo de joelhos, eu a puxo contra mim, sentindo o tremor convulsivo de seu corpo, e do meu. Estou tremendo de alívio e raiva e as consequências de um terror de gelar os ossos, o medo terrível de que tenhamos chegado tarde demais.

Estávamos quase no posto de gasolina quando Namjoon me ligou novamente com a notícia de que sua equipe havia realizado a façanha quase impossível de invadir um satélite da NSA e que ele foi capaz de apontar a localização exata do carro de S/n, e da van preta que estava a menos de meia hora dela.

Dizer que quebramos todos os limites de velocidade existentes seria um eufemismo. Wooyoung ainda está se recuperando da meia dúzia de vezes em que quase voamos de um penhasco. E quase não conseguimos. O terror que me assaltou quando vi o carro dela em uma pilha amassada e em chamas... Se não fosse pela van vazia ao lado dela e o som de tiros nas proximidades, eu teria perdido a porra da minha cabeça.

Na verdade, eu perdi o controle quando a vi no chão com o assassino de cabelos escuros montando sobre ela, luxúria retorcida pintada em seu rosto.

O filho da puta iria estuprá-la antes de matá-la.

Era a única razão pela qual ela ainda não estava morta.

Meus braços se apertam ao redor dela por reflexo, e ela faz um som fraco de angústia. Eu imediatamente me afasto.

— Você está ferida, zaychik? Ferida de alguma maneira?

Ela não responde, apenas me encara com olhos enormes e vazios, suas pupilas tão dilatadas que suas íris parecem pretas. Ela está em choque, e não é de admirar. Mesmo um soldado treinado ficaria traumatizado.

Gentilmente, eu a deito e começo a inspecioná-la em busca de ferimentos, começando com suas costelas e estômago. Estou aliviado ao encontrar apenas arranhões e hematomas em seu torso, mas quando minha mão passa em seu braço direito, ela estremece com um grito de dor, seu rosto fica cinza. Retiro minha mão, minha pulsação dobrando com a visão da mancha vermelha em meus dedos enquanto ela fecha os olhos, sua respiração dolorosamente rasa.

Caralho. Ela está ferida.

Firmando minhas mãos, eu abro sua manga.

— Tiro?

Pavel pergunta em russo, aparecendo ao meu lado, e eu aceno severamente, arrancando um pedaço da minha camisa para fazer uma bandagem improvisada.

— Parece que saiu limpo, mas ela está perdendo uma boa quantidade de sangue.

— Ele também.

Pavel diz, e eu afasto meu olhar de S/n para olhar seu agressor. Ele está sentado caído contra um tronco de árvore a poucos metros de distância, com Youngbin colocando pressão em seu ferimento no peito e Wooyoung montando guarda sobre ele.

— Eu não acho que ele vai durar o suficiente para levá-lo de volta ao complexo.

Pavel diz enquanto eu rapidamente termino de amarrar a bandagem e retomo minha inspeção de S/n. A cor dela está um pouco melhor, mas seus olhos ainda estão fechados e sua respiração é muito superficial para o meu gosto.

— Se você quiser interrogá-lo, tem que ser agora.

Merda. Eu deliberadamente tentei ferir apenas o filho da puta para que pudéssemos questioná-lo. Se ele morrer, nossa chance de obter respostas também morre.