Tokyo Light (+16)

Se Controle

Estou sentado na sala de reuniões, cercado por executivos e gráficos detalhando o desempenho da nossa rede de hotéis de luxo. Todos estão concentrados nas apresentações e discussões, mas minha mente está a quilômetros de distância, fixada em Ran e na foto que ele me enviou.

A imagem dele de frente ao espelho, com aquela luz suave delineando cada curva do seu corpo, continua a assombrar meus pensamentos. Enquanto um dos diretores fala sobre as novas estratégias de marketing, vejo o rosto do Ran, seu olhar penetrante e sedutor. Tento me concentrar nos números e nas projeções, mas é impossível.

Meu celular vibra discretamente no bolso do meu paletó, me lembrando que há mensagens esperando por mim. Talvez até mais fotos ou vídeos do Ran. O pensamento me distrai ainda mais. Imagino o que ele pode ter enviado agora, cada possibilidade mais provocante do que a anterior.

— Nahoya, o que você acha dessa proposta? — a voz do CEO me traz de volta à realidade. Ele está olhando diretamente para mim, esperando uma resposta.

Respiro fundo, tentando recompor meus pensamentos.

— Acho que é uma boa abordagem. — respondo, forçando um sorriso confiante. — Mas talvez possamos considerar ajustar alguns detalhes para maximizar nosso alcance.

Eles parecem satisfeitos com a minha resposta, mas minha mente rapidamente retorna a Ran. Cada minuto parece uma eternidade, e a reunião se arrasta enquanto eu conto os segundos até poder verificar meu celular.

— Nahoya, você está bem? — pergunta meu irmão.

Desperto do meu transe e volto meu olhar para ele.

— Sim, estou bem. — respondo automaticamente, forçando um sorriso que espero ser convincente. Mas, por dentro, sei que não estou.

Minha mente está em um turbilhão, dividida entre o que deveria ser meu foco: as estratégias de crescimento para nossa rede de hotéis de luxo, e a lembrança do Ran, sua foto provocante, e a promessa de mais interações eletrizantes.

Angry parece satisfeito com minha resposta e continua a discussão, mas eu sei que estou apenas fisicamente presente. Minha mente, meu desejo, estão presos naquela imagem, naquele momento em que Ran conseguiu capturar toda a minha atenção e imaginação.

Cada gráfico e projeção apresentados na reunião parecem perder a importância frente à lembrança do Ran, sua postura, seu olhar. Tento me concentrar, respiro fundo, mas é impossível. A verdade é que estou dividido, meu profissionalismo lutando contra o desejo e a curiosidade que Ran despertou em mim.

Quando a reunião finalmente termina, sinto um alívio imediato. Me levanto rapidamente, trocando algumas palavras de despedida com os colegas, mas minha mente está fixa em uma coisa: voltar ao meu escritório e verificar se há novas mensagens do Ran.

Fecho a porta do meu escritório atrás de mim, finalmente sozinho. Pego meu celular com mãos ligeiramente trêmulas, sentindo a antecipação crescer. Sei que preciso estar focado no trabalho, mas Ran conseguiu se infiltrar nos meus pensamentos de uma maneira que nada mais parece importar.

Tiro meu celular do bolso do paletó e olho para a tela e vejo que é uma nova mensagem do Ran. Meu coração dispara de imediato.

Abro a mensagem e vejo que há uma foto anexada. Minha respiração fica suspensa por um momento enquanto a imagem carrega. Quando finalmente aparece, fico completamente hipnotizado.

Ran está posicionado de maneira incrivelmente sedutora, deitado na cama com um olhar intenso e provocante. A luz suave destaca cada contorno do seu corpo, e há uma expressão de convite em seu rosto que me deixa sem fôlego. Ele sabe exatamente como capturar minha atenção e me deixar querendo mais.