[𝗢𝗯𝗿𝗮 𝗙𝗶𝗻𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮] Smiley é um empresário milionário, acostumado com o glamour e a decadência das noites de Tokyo. Dono de uma rede de hotéis de luxo, ele é uma figura imponente e reservada que prefere observar o mundo à distância. Freq...
Conhecer Angry foi simplesmente uma das coisas que eu mais gostei, afinal ele é uma pessoa legal, mesmo sendo tímido e de poucas palavras.
Angry é bem diferente do irmão. Tão discreto, tão reservado. Algo nele é incrivelmente adorável. A forma como ele ficou surpreso e um pouco desconcertado com minhas provocações foi divertida e, ao mesmo tempo, encantadora. Ele claramente se importa muito com Smiley, e isso é algo que respeito profundamente.
Eu sorrio para mim mesmo, lembrando da expressão no rosto do Angry quando conversávamos. Ele tentou manter a compostura, mas pude ver que ele estava um pouco fora da sua zona de conforto. Mesmo assim, ele se esforçou para ser educado e cordial, o que só aumentou meu apreço por ele. Ver esse lado mais humano e vulnerável do irmão do Smiley me fez gostar ainda mais dele.
Eles são diferentes, mas cada um tem seu charme. Smiley é o aventureiro, o ousado, enquanto Angry é o porto seguro, o que mantém tudo em ordem. Juntos, eles formam um equilíbrio perfeito.
Apesar das nossas diferenças, há algo especial em estar com Smiley e, por extensão, em conhecer sua família. Eu me sinto aceito e valorizado, e isso é mais do que eu poderia pedir. Isso só prova que ele quer algo sério comigo, caso contrário ele não se daria o trabalho de trazer o irmão dele até aqui para me conhecer, certo?
Assim que Angry se despede e deixa a mesa, eu e Smiley ficamos sozinhos. Smiley me olha com aquele brilho travesso nos olhos, o mesmo que ele tem quando está prestes a aprontar alguma coisa. Ele não diz uma palavra, mas seu sorriso já revela suas intenções.
Antes que eu possa perguntar o que ele está planejando, ele segura a minha mão com firmeza e me puxa da mesa. Eu apenas sorrio, curioso para saber o que ele está tramando desta vez. Nós caminhamos rapidamente pela boate, passando pelas luzes coloridas e pela música alta, até chegarmos à saída.
Lá fora, a brisa noturna é um alívio bem-vindo do calor da boate. Smiley continua segurando minha mão enquanto me guia até o estacionamento. Eu rio suavemente, tentando imaginar o que ele tem em mente.
— Para onde estamos indo? — pergunto, com meu tom carregado de expectativa.
Smiley apenas sorri, aquele sorriso malicioso que me faz arrepiar, e aponta para o seu carro, uma McLaren 720s azul meia-noite, que brilha sob a luz dos postes de rua. Ele destrava o carro com um clique e abre a porta do passageiro para mim.
— Entre.
Meu coração acelera de excitação. Entro no carro, ainda sorrindo, enquanto Smiley dá a volta e entra pelo lado do motorista. Ele liga o motor, que ronca suavemente, e saímos do estacionamento da boate. A curiosidade e a antecipação crescem dentro de mim enquanto nos afastamos.
Eu olho para Smiley, esperando por mais pistas sobre nosso destino. Ele mantém os olhos na estrada, mas não consegue esconder o sorriso satisfeito.
— Você realmente sabe como manter alguém curioso, hein? — brinco, observando seu rosto iluminado pelas luzes da cidade.
O vento noturno sopra suavemente enquanto estamos no carro. Smiley aciona um botão, e o teto do carro começa a recuar lentamente. Ele se vira para mim e diz com um sorriso confiante:
— Essa noite é sua, Ran. — ele diz com um sorriso animado.
Sem pensar duas vezes, retiro o cinto de segurança e me levanto, segurando a beirada do pára-brisa. Sinto a adrenalina correr pelas minhas veias e a brisa fresca da noite acariciar meu rosto. Sorrio, completamente imerso no momento, enquanto a cidade se desenrola ao nosso redor. A liberdade e a excitação são quase tangíveis, e eu me deixo levar pela euforia do momento, sabendo que essa noite será inesquecível.
Olho para trás e vejo o policial correndo para a viatura. Ele logo começa a nos perseguir, com as luzes vermelhas e azuis piscando no retrovisor, cada vez mais próximas. A tensão no ar aumenta e meu coração dispara novamente, desta vez por um motivo totalmente diferente.
— Smiley, o que vamos fazer? — pergunto, com minha voz tremendo com a mistura de medo e excitação.
— Confie em mim. — ele responde, com o olhar determinado e focado na estrada à frente. — Vamos dar um jeito nisso.
A perseguição continua, com a viatura cada vez mais próxima. Estou entrelaçado de emoções, tentando manter a calma enquanto Smiley manobra o carro com habilidade pelas ruas escuras e vazias.
Smiley atinge a velocidade máxima do carro, 341 km/h, e tudo ao nosso redor se torna um borrão. Meu coração está acelerado, uma mistura de medo e adrenalina. Tento manter a calma, observando Smiley, que está completamente focado na estrada à frente.
De repente, decido olhar para trás e percebo que a viatura não está mais ali. As luzes piscantes desapareceram no escuro, e a única coisa que vejo é o vazio da estrada que deixamos para trás. Solto um suspiro de alívio, ainda sentindo o coração martelando no peito.
— Smiley, você conseguiu. — digo, com a voz tremendo de emoção e alívio.
Ele não responde de imediato, apenas diminui a velocidade gradualmente até que estamos em um ritmo mais seguro. Finalmente, ele olha para mim, um sorriso vitorioso nos lábios.
— Eu disse que daríamos um jeito, amor. — ele responde, com sua confiança e determinação brilhando em seus olhos.
— Essa foi com toda certeza a melhor noite da minha vida. — falo sorrindo. — Você me apresentou para o seu irmão e fugimos da polícia que quase nos pegaram. — falo rindo.
— Me diz se eu não sou o seu par perfeito.
— Você é o meu par perfeito. — falo e o beijo.
— Vou te levar para casa agora.
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Smiley estaciona o carro em frente ao meu prédio e, antes que eu saia, ele me puxa para um beijo longo e profundo. Seu toque é caloroso e cheio de paixão, um adeus temporário que promete mais momentos intensos no futuro.
— Você foi incrível hoje, amor. — ele diz e sorri.
— Nós fomos incríveis hoje, amor.
Saio do carro com um sorriso nos lábios e aceno para Smiley, que espera até que eu entre na portaria. Passo pela segurança e vou direto para o elevador. O edifício está tranquilo, um silêncio acolhedor que contrasta com a adrenalina da noite. Aperto o botão do meu andar e me encosto na parede do elevador, deixando a calma tomar conta de mim.
As portas se abrem e caminho pelo corredor até a porta do meu duplex. Entro em casa com cuidado para não fazer barulho, percebendo que tudo está em silêncio, indicando que Rindou já está dormindo. Fecho a porta silenciosamente e me dirijo ao meu quarto.
No banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água quente escorrer pelo meu corpo, lavando a tensão e o suor da noite. É um banho demorado, cada gota de água me ajuda a relaxar e a lembrar dos momentos incríveis que tive com Smiley.
Finalmente, saio do banheiro, visto algo confortável e me deito na cama. O silêncio da noite me envolve e sinto um cansaço agradável tomar conta de mim. Extasiado pela intensidade da noite, fecho os olhos com um sorriso satisfeito... foi literalmente a melhor noite da minha vida.
