46(Jade)

9 0 0
                                    

vocês já sabem né, Kirby e Sam tagarelando no meu ouvido, e eu só queria jogar eles pela janela pra ter um pouquinho de paz.
Estava checando minhas meus e-mails, e só tinha trabalho, vários na verdade, eu estaria muito ocupada quando voltar de viagem.

Tava vendo um e-mail, e se dou conta de uma mensagem do colégio Hollywood arts, fiquei sem reação, pois não esperava, faz tanto tempo. Bom, não deve ser algo importante, mais minha curiosidade fez eu abrir o email.
E tava bem interessante na verdade, parece que Hollywood está passando em um momento difícil, e precisa de novos professores, e eles estão contando comigo e com os demais. Como se eu não tivesse coisas mais importantes pra fazer, tá certo, eu me formei em artes cênicas, mas isso era o que eu queria no passado, não me vejo dando aulas para adolescentes rebeldes.
Decido ignorar a mensagem, e vou checar outros e-mails.

Sam- O que foi? Tá com uma cara.

Jade- Nada, é só minha antiga escola, pedindo ajuda pra escola não fechar, e trabalhar lá como professora, como se eu não tivesse coisas mais importantes pra fazer.

Sam- uau, e desde quando você é professora, do nada né.

Kirby- Jade se formou em artes cênicas, se ela quiser, ela pode sim ser professora.

Sam- sério? E eu ia saber quando?

Jade- Eu me formei sim, mas não quis seguir na área.

Sam- uau, que legal. E porque você não ajuda, já que era o colégio aonde passou vários momentos.

Jade- Eu tenho coisas melhor pra fazer né, qualquer coisa ajudo doando dinheiro pra eles contratar os professores.

Kirby- É seria legal você ir.
Reencontrar os velhos amigos.

Jade- sem chances. Quando voltar de viagem tenho muito trabalho pela frente, e nem sei quando irei voltar a tirar férias.

Sam- A velha e chata Jade West, você tem que folgar também.

Jade- e essa viagem não é o suficiente? Folguei até demais.

Sam- Uma semana não é férias, no máximo é uns 3 meses.
Você deveria ir até Los Angeles.

Kirby- é, responde o email, e você pode ir visitar seus pais, faz tempo que você não os vê né, por causa da briga do seu pai com Steven no passado.

Jade- é isso é verdade, mas tem tempo pra isso.
Mas vou responder o email.

Kirby- Fica aí então chata.

Jade- obrigada Kirby.

Vou responder o email e claro que não irei ir né.

" Boa tarde, veio através desse email comunicar que não irei ajudar o colégio, pois tenho empresa pra dirigir, e negócios a fechar, porém posso fazer uma doação pro colégio, caso aceitem, só preciso que mandem a conta bancária para que eu possa transferir o dinheiro, mas mandem no número da minha secretária (78 ***********) que ela mesmo irá fazer isso, tenho muitas coisas pra fazer, e não tenho tempo de responder pessoalmente. Tenha um ótimo dia.

Assi: Jadeliz West."

Chegamos a Paris depois de um longo voo. Eu, Kirby e Sam estávamos exaustos, mas a excitação de estar finalmente na cidade das luzes nos manteve de pé. Nosso hotel era aconchegante, com uma vista deslumbrante das ruas parisienses. Mal podíamos esperar para explorar, mas antes de qualquer coisa, precisávamos descansar.
Ainda mais eu né, com Kirby e Sam tagarelando a viagem inteira.

No quarto, me joguei na cama macia, fechando os olhos por alguns momentos. Kirby e Sam não paravam de falar, planejando nossos próximos passos e debatendo sobre os melhores lugares para visitar. Apesar da minha exaustão, um sorriso surgia em meu rosto ao ouvir a animação deles. Por mais que eu não demostre e que eles podiam ser irritantes às vezes, mas eram meus amigos, e eu não os trocaria por nada.

Após um cochilo revigorante, decidimos sair para comer. Escolhemos um pequeno bistrô próximo ao hotel. O aroma de croissant recém-assado e café fresco preenchia o ar, criando uma atmosfera encantadora. Pedimos pratos tradicionais, e enquanto saboreávamos cada mordida, discutíamos nossos planos para o dia.

Finalmente, era hora de visitar a Torre Eiffel. Caminhamos pelas ruas movimentadas, absorvendo cada detalhe – as charmosas lojas, os artistas de rua, os turistas tirando fotos em cada esquina. Quando chegamos à torre, a visão era ainda mais impressionante do que eu poderia imaginar. Sua grandiosidade contra o céu azul era uma visão de tirar o fôlego.

Subimos até o segundo andar, e a vista era simplesmente espetacular. Paris se estendia diante de nós, um mar de telhados e monumentos históricos. Kirby e Sam, como sempre, não paravam de falar e fazer piadas, tentando tirar fotos engraçadas e posando de maneiras ridículas. Eu, tentando encontrar um momento de paz para apreciar a vista, acabei rindo das travessuras deles. Mesmo sendo chatos e às vezes irritantes, a verdade é que a presença deles tornava tudo mais divertido.

No topo da Torre Eiffel, com o vento suave soprando e a cidade aos nossos pés, senti uma onda de felicidade. Estava em Paris com meus amigos, realizando o sonho deles
  Independentemente das pequenas irritações, sabia que momentos como esses eram preciosos. E mesmo que Kirby e Sam pudessem me tirar do sério às vezes, a verdade é que não foi uma má ideia ter convidados eles, mesmo que as vezes da vontade de voltar pra Atlanta.

Enquanto o sol começava a se pôr, lançando uma luz dourada sobre Paris, olhei para Kirby e Sam, rindo e brincando ao meu lado. E percebi que, no fim das contas, eram esses momentos de pura alegria e camaradagem que tornavam a vida tão especial.

Eu não era de demonstrar muito, mas estava feliz ao lado deles...

Enquanto admirava a vista espetacular de Paris do topo da Torre Eiffel, meus pensamentos começaram a vagar. A felicidade momentânea de estar com Kirby e Sam deu lugar a uma lembrança nostálgica dos meus dias na Hollywood Arts. Aquele era um tempo em que eu me sentia plena, cercada pelo Beck e por amigos que, na época, pareciam ser para sempre.

Lembrei-me das risadas, das apresentações e dos sonhos que compartilhávamos. Mas junto com essas memórias vieram as lembranças dolorosas do que Beck e meus ex-amigos fizeram. A traição e a mágoa que senti ainda ecoavam em minha mente, mesmo depois de tanto tempo. Por mais que às vezes eu sentisse falta deles, a ferida ainda estava ali, não completamente cicatrizada.

Kirby e Sam continuavam a brincar ao meu lado, suas vozes felizes trazendo-me de volta ao presente. Eu sabia que deveria estar aproveitando o momento, mas a sombra do passado parecia insistir em se fazer presente. Me perguntei se Beck ainda pensava em mim. Talvez ele tenha seguido em frente, casado, tido filhos. E Cat? Minha melhor amiga, sempre tão cheia de vida. Será que ela também encontrou sua felicidade? E Tori Vega, com sua eterna positividade irritante?

Suspirei profundamente, tentando afastar esses pensamentos. Não adiantava remoer o passado. Eles seguiram suas vidas, assim como eu estava tentando seguir a minha. Talvez fosse melhor assim, manter essas lembranças guardadas em uma parte distante da minha mente, onde não pudessem me ferir.

Mesmo com a saudade batendo forte, preferi ignorar a situação. Provavelmente, eles nem se lembravam mais de mim. Eu era apenas uma parte de um capítulo que já havia fechado. E aqui estava eu, em Paris, com novas pessoas ao meu lado, tentando escrever um novo capítulo da minha própria história.

Olhei novamente para Kirby e Sam, e um sorriso leve se formou em meus lábios. Eles podiam ser chatos às vezes, mas eram meus amigos agora. E naquele momento, decidi que faria o possível para aproveitar cada instante dessa viagem, deixando o passado onde ele pertencia – no passado.

Gente me inspirei nesse capítulo, acho que vou escrever mais capítulos como esse haha.
Esperam que gostem...
Já escrevi capitulos ao passar dos dias, então só irei postar.

EU SEMPRE VOU TE AMAR Onde histórias criam vida. Descubra agora