🚨 Capítulo envolvendo abuso sexual, para quem e sensível sobre o tema, pule esse capítulo, e se for continuar, leia com cuidado..
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Eu tenho um pressentimento
Tudo está prestes a mudar
Não, eu nunca serei o mesmo
E está a uma semana de distância
Eu tenho um pressentimento
Tudo levou a isso
E do jeito que isso acontece
Nós nunca esqueceremosLet's Go Make a Memory - A Week Away
Sinto como se tivesse levado uma surra, minha cabeça dói demais. Tento levar minha mão à nuca, mas é impossível. Abro os olhos vagarosamente, sentindo tudo doer. Sinto o cheiro de ferro penetrando pelo meu nariz, o que me deixa enjoada.
Sangue...
Quando finalmente desperto, me vejo em um pequeno quarto com paredes cinzas e manchas vermelhas.
— TEM ALGUÉM AÍ? — grito. — ALGUÉM! — Tento me soltar. — QUE DESGRAÇA, ME SOLTA! — Olho para minhas mãos, que estão presas por grilhões de ferro a cada lado da cadeira de ferro.
Que merda é essa?
— Vejo que acordou! — diz um homem muito mais velho ao entrar. Será que foi Heitor quem o mandou, por eu ter quebrado sua delicada mãozinha? — Também vejo que você gosta de falar palavrões.
— O que você quer? Quem é você?
— Uma pergunta de cada vez! — responde ele, andando de um lado para o outro. Seu olhar desceu até minha barriga. — Não é nada pessoal, é apenas uma conta pendente com seus pais.
— Meus pais?
— Sabe, ninguém estaria passando por isso se ele não tivesse a tirado de mim.
Tirado quem?
Lembrança de meses atrás invadem minha mente. Lembro-me do que aquele homem disse quando tentou me matar.
Alguém que odeia seu pai, mas ama sua mãe.
— Então é isso? Uma vingancinha só porque minha mãe escolheu meu pai? Tsc, tsc, tsc. Não dá para culpá-la. — Ele é feio, e agradeço por não ser meu pai. — O que seria de mim? Devo agradecer ao papai. Graças a ele, nasci quase perfeita.
Ele me dá um tapa no meu rosto. Mas esse tapa foi menos doloroso do que as próximas palavras que saem da sua boca.
— Agradecer? — solta uma risada cheia de rancor. — Como? Pelo que sei, eu o matei. Ele está morto e adivinha? Foi por sua culpa, Melzinha.
Que culpa eu tenho de minha mãe ter escolhido meu pai?
Tento me soltar numa tentativa inútil de escapar.
— Cala a boca... — digo.
— Ouvir o grito de dor de sua mãe foi tão satisfatório. Isso também foi culpa dela. Ela o escolheu.
Não.
Não quero ouvir mais.
— Eu fiz tudo por aquela filha da puta.
— CALA A BOCA! — Mas ele não se cala.
— Sabe qual a última coisa que ele disse antes de morrer? "Melissa". Eu fiquei com uma peninha. Pobre Melissa que ficou órfã de pai.
Vou matar esse filho da puta.
— Você deve achar que estou aqui para te matar, mas é aí que você se engana. Pelo menos hoje, não se juntará ao seu pai. O que acha de um filme, hein? — Ele só pode ser um lunático que fugiu de algum hospício. — Pode entrar!
No mesmo instante, entra um homem. Se esse que entrou há alguns minutos atrás é feio, imagine esse, com a barba e cabelos grandes.
— Deixe-a assistir. — Diz ao outro homem. — Se ela tentar alguma coisa, desconte naquela ali. — Aponta para o canto do quarto e sigo seu olhar.
Victoria.
— Eu vou te matar, filho da puta.
— É assim que fala com seu sogro, vadia?
O quê? Sogro?
Nicholas.
Sempre soube que Nicholas foi adotado, mas filho dele? Do homem que matou meu pai? Isso que ele tem medo que eu o culpe?
Não, não pode ser. Ele não pode ser o pai de Nicholas. E eu não o culparia por isso.
Aponta a arma para minha barriga, e eu tenho medo. Pela vida dos meus filhos, pela vida de Victoria. Se ele ousar tocá-los, será um homem morto. Ele se aproxima e levanta meu rosto pelo queixo apenas para olhá-lo.
— De um recado ao meu filho, "o jogo começou."
Ele se aproxima do outro homem.
— E solte-a, isso será mais divertido assim. Se ela não olhar para o notebook, pode atirar naquela vadia. — Refere-se a Vick. — E depois disso? Pode brincar um pouco. Com as duas. Apenas mantenha o bebê vivo.
O homem se aproxima do notebook velho e enferrujado e o liga, mas eu não paro de olhá-lo.
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After the truth
Fanfiction{+18} CONCLUÍDA Melissa McKenzie, sequestrada aos treze anos de idade, teve suas memórias apagadas após um acidente. Agora, ela se encontra diante de duas opções: seguir em frente ou desvendar o passado em que seu pai foi assassinado. A partir des...