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Blanca M Castañeda.

Assim que cheguei na casa da minha mãe, na Colômbia, ela me recebeu com um abraço forte e cheio de saudade.

Agora eu estava na minha cidade, Cartagena. Como eu amo aqui.

Deixei minhas coisas na sala e fomos juntas para a cozinha, nos sentamos na mesa para conversar.

- Cadê seu namorado? Achei que quando viesse o traria para conhecê-lo. Eu gosto muito dele, tinha que ver como Maya falou bem dele. - Minha mãe falava em nosso idioma, empolgada.

- Eu e Fernando não estamos mais juntos. - Falo com  pesar e angústia de assumir esse fato, em espanhol.

- Mas o que houve, minha filha?

- O de sempre, mãe. Juan quando errou tentou se explicar por diversas vezes, ele não, não tivemos sequer uma conversa.

- Vocês precisam conversar.

- Ele nem deve ter notado que não estou mais no Brasil. Quando sai de casa ele não estava, só vai chegar de madrugada. Eu não mereço viver dessa forma. - As lágrimas escorriam do meu rosto. - Ele foi o homem que mais amei. - Assumo uma verdade que era nítida.

- As coisas vão se ajeitar, vai ficar tudo bem. Essa história está mal contada, tudo tem que ser resolvido na base da conversa.

- É... - Limpei minhas lágrimas. - Bom... em breve Miguelito e Julita vão nascer. - Sorri. Ou melhor, forcei um sorriso.

- Eu vi o quanto sua amiga é linda e o namorado dela também, os bebês virão a coisa mais linda.

- Vão sim.

Continuamos conversando por um bom tempo e apesar de estar com minha mãe, não estava animada como deveria.

Maya havia saído com umas amigas e chegou apenas de tarde, a abracei, matando a saudade.

- Vai ficar por quanto tempo? - Perguntou se afastando do abraço.

- Estou sem data prevista. - Sorri, sem mostrar os dentes.

- E o Nando?

Respirei fundo com sua pergunta.

- Não estamos mais juntos. - Sorri novamente, sem humor ou felicidade alguma.

- Porque?

- Quando eu estiver com a cabeça menos cheia eu te conto a história.

Jantamos, eu, minha mãe e Maya. Eu estava com saudade da comida da minha mãe.

Faltava uma pessoa conosco, mas o julgamento dele aconteceria daqui alguns dias, que seria a fase final do processo, onde seria a decisão determinando a sentença final.

O Sr Ronaldo mantém o contato com meu pai, comigo e minha mãe sobre o processo para nos instruir e instruir meu pai de como falar, como se portar, como responder as perguntas dos oficiais da forma correta.

Minha mãe tinha esperança de que isso tudo fosse dar certo, consequentemente, enchia meu pai de esperança também.

Amanhã irei visitar ele, mas será uma surpresa para ele.

- Blanki, quero conversar com você. - Maya fala.

- Vamos lá para o quarto, eu vou arrumar minhas coisas e a gente conversa.

Ajudo minha mãe com a louça e eu e Maya subimos para meu antigo quarto, estava limpo e do mesmo jeito que eu havia deixado quando fui embora.

Coloquei as malas na cama, abri o guarda roupa e comecei a organizar minhas coisas.

Colombiana: Paixão Viciante (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora