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Fernando V. Antunes.

Dois meses que estou sendo ameaçado por Juan, o ex de Blanca e por Bruna.

Os dois em algum momento se juntaram e estão focados em tentar fazer eu e Blanca se separar. O fato é que conseguiram.

Há um pouco mais de dois meses atrás eu fui abordado por Juan na rua quando estava saindo de uma reunião na empresa do meu pai, ele estava armado e apontou a arma na minha cabeça, mandando eu entrar no carro e ficar quieto.

- Você vai fazer tudo o que eu mandar, seu cuzão! Na minha namorada você não toca! Entra nesse carro e obedece tudo o que eu mandar, senão obedecer eu mato aquela vadia traidora, depois mato seus papaizinhos na sua frente e por último eu te mato, depois de você ver todo mundo sofrer por sua causa. - Me ameaçava com a arma apontada para minha cabeça, quando pensei em falar algo ele destravou a arma e colocou o dedo no gatilho. - Nem abra a boca, só entra nesse carro e fica quieto.

Quando entrei no carro, me deparei com Bruna no banco de trás, ela colocou um pano branco com cheiro forte no meu nariz e boca com força, por mais que eu tentasse afastar ela, não consegui e acabei apagando.

Mas antes de apagar completamente, eu o ouvi dizer algo:

- Tudo isso é por ela, por causa dela! Ela não acreditou no que eu era capaz de fazer, ela não deu a mínima para mim, mas eu avisei... avisei que se ela não ficasse comigo, não ficaria com mais ninguém. Vadia traidora! Só não mato esse bosta porque Bruna não quer, senão já tinha estourado sua cabeça, cuzão de merda.

Acordei com muita dor de cabeça, deitado no chão do quarto e apenas de cueca.

Me sentia zonzo, como se estivesse usado muita droga. Merda! Ainda estava tonto e grogue.

Me levanto do chão do quarto. Pela estética e pelas luzes vejo que é um motel. Pego minhas roupas que estavam jogadas pelo chão e visto. Que merda que aqueles idiotas fizeram?

Pego meu celular e vejo que é 06h00 da manhã.

Eu estava muito confuso, não entendia nada o que estava acontecendo ou o que havia acontecido. Não sei nem o que eu fiz.

Saio do quarto e desço até o saguão do motel, antes de sair, a atendente me cobra pelas as horas que fiquei no quarto.

Pago sem objeções e saio. Eu estava em um bairro próximo de casa, mas meu carro havia ficado no estacionamento da empresa do meu pai, então tive que ir andando até em casa.

Minha cabeça só passava as mil coisas que poderiam ter acontecido naquele quarto.

Quando cheguei em casa, imaginei que Blanca estivesse dormindo, então entrei e ia passar direto para o quarto, até que ela me perguntou onde eu passei a noite e só ai que vi que ela estava acordada, sentada e encolhida no sofá.

- Onde passou a noite, Fernando?

Eu sequer sabia respondê-la. Como vou dizer que estava em um motel e correr o risco de perder a mulher da minha vida?!

Respondo a primeira coisa que vem em minha cabeça, mas era tudo mentira, eu sequer estava com o carro.

- Eu havia ido para a reunião, acabou um pouco tarde e o carro quebrou, só consegui arranjar conserto pela manhã.

- Fernando, não minta para mim. - Ela insistiu por uma resposta e me deixou nervoso por ter que reforçar a mentira.

- Já te disse a verdade, não insista que não sei de mais nada. - Disse e sai andando para o quarto, evitando aquela conversa e evitando olhar para ela.

Colombiana: Paixão Viciante (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora