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Blanca C. Antunes.

E dá para acreditar que toda a conversa que tivemos foi na sala de espera da consulta?! Se tivéssemos marcado uma reunião não funcionaria ter essa conversa seja por qualquer motivo.

Ele pôde me acompanhar na sala da obstetra e Niccolas também. Falamos para Nicco que ele terá uma irmãzinha ou irmãozinho que está crescendo na minha barriga, mas ainda é muito abstrato para ele isso.

Finalmente sabemos que o bebê está perfeitamente bem e crescendo saudável, estou de exatas 10 semanas e só assim consigo, agora, me trazer um pouco a memória de quando foi que eu engravidei se eu estava sob o uso do anticoncepcional diário.

Eu estive doente por alguns dias e tive que tomar antibiótico para a cura da infecção. Acontece que todo mundo sabe que o antibiótico corta o efeito do anticoncepcional, mas eu nem me atentei a isso.

Tive que tomar o remédio por 8 dias, logicamente que antes de terminar o remédio, eu já estava melhor da saúde e voltei as atividades sexuais com meu marido, neste período que o antibiótico estava circulando no meu sangue ainda, o anticoncepcional não fez seu efeito.

- Sabe quando foi que ele foi feito? - Pergunto para saber da resposta, mas ele só me dá um olhar malicioso, enquanto andamos em direção ao carro estacionado.

- Pode ter sido em qualquer dia. Nós gostamos de transar bastante. - Fala safado, provavelmente se lembrando das nossas aventuras.

- Mas eu tomava remédio!

- Hum... Verdade. Quando foi então?

- Quando eu estava doente.

- Ahh, verdade, o remédio cortou o efeito. Nossa, minha porra é potente, qualquer brechinha já deixa sua marca.

- Pois é. Você que não faça sua vasectomia não, senão terá dois times de futebol.

- Não tem problema não, eu gosto de futebol.

- Então procure outra mulher para te dar um time de futebol.

- Ah isso também não é um problema. - Olho mortalmente para ele e prefiro me calar.

- Mamãe, eu quelo. - Niccolas aponta para uma barraquinha de pipoca doce.

- Vamos lá que a mamãe vai comprar para você. - Entrego os papéis para Fernando e vou andando com meu filho, deixando ele para trás.

- Boa tarde, senhorita! Tudo bem? - O homem com cara de uns 40 anos fala simpático.

- Boa tarde, moço!

- O que deseja, moça bonita? - Pergunta.

- Eu quero uma pipoca doce, da média. - Respondo.

- É pra já, minha princesa. Você é solteira, princesa? Muito bonita a senhora, e por ser tão bonita acho difícil não ter gaviões a rondando. - Ele fala enquanto coloca a pipoca no recipiente.

- Obrigada, pelo elogio. - Sorrio.

- Aqui está sua pipoca. - Ele entrega para Niccolas, enquanto pego meu cartão na bolsa. - Para a senhora eu faço essa pipoca de graça, contanto que me passe seu contato para a gente se conhecer melhor, o que acha?

- Moço, eu sou... - Antes de terminar de falar, meu filho me interrompe.

- Minha mamãe é casada com meu papai. Pode sair de perto dela. - Niccolas fala meio embolado, mas consigo entender perfeitamente o que ele diz e o que ele fala me deixa completamente perplexa.

- Meu Deus, filho. Onde aprendeu isso? - Ele não responde, já estava emburrado e nem comeu sua pipoca ainda. - Foi seu pai? - Pergunto, mas ele não responde, apenas me pede colo e eu o pego.

Colombiana: Paixão Viciante (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora