02_ Colega de quarto?

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| Aspen, ColoradoÀs 07h44 - Manhã

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| Aspen, Colorado
Às 07h44 - Manhã.
Quarta-feira.

ㅅㅅ

ㅡ Obrigada por me dar essa segunda chance, Tayla. ㅡ Agradeci imensamente, juntando minhas mãos em frente ao meu corpo, encarando minha chefe. Ex chefe, atual chefe, eu não sabia bem rotulá-la agora, embora eu ainda esteja em modo análise.

Tayla é dona do jornal há 5 anos, depois que passou longos 5 meses dando o seu melhor para o antigo dono daqui. Ele não hesitou em se aposentar, dando toda autoridade para o jornal. Tenho que concordar que, com a Tayla no comando, o jornal tem outra imagem.

Ela traz uma pitada de modernismo, sem deixar de seguir a tradição de todo jornalista. Aquilo era bom.

Tayla cruzou os braços em frente ao seu peitoral, destacando seu crachá com sua foto empendurada em sua blusa social azul xadrez. Seus longos cabelos avermelhados caia pelas suas costas, seus olhos claros me observavam com atenção, além de sua sobrancelha erguida.

Ela erguia a sobrancelha de duas formas diferentes. Curiosidade; quando uma pessoa deixava ela curiosa, querendo saber de todos os detalhes sórdidos da pessoa. Ou desafio; quando ela desafiava a pessoa sem ao menos dizer uma palavra.

Ela estava fazendo isso naquele momento. Me desafiando.

ㅡ Você ainda tá em análise ㅡ Murmurou, finalmente, soltando um longo suspiro em seguida. ㅡ A sua sorte é que gosto da forma que aborda a notícia. Sua escrita é diferente, você tem um olho jornalístico, isso é impressionante.

Tayla me elogiou. Não diretamente, mas ainda sim era um elogio.

ㅡ Quer dizer que sou insubstituível? ㅡ Enclinei minha cabeça para frente em sua direção, abrindo um sorriso em seguida.

Eu sou insubstituível, Hale. Você é minha melhor funcionária. ㅡ Rebateu, lançando uma piscadela. Desafio.

ㅡ Tem alguma notícia nova para eu ir correr atrás?

ㅡ Por enquanto, não, só não desligue o telefone. A qualquer momento pode chegar alguma coisa nova. ㅡ Afirmou, batucando seus dedos na mesa. ㅡ Vem cá, aquele quarto no seu apartamento ainda tá vago?

Olhei para ela de um jeito confuso na mesma hora, me lembrando daquele tal fatídico quarto.

Tenho que dizer que meu apartamento é grande demais para assim, mas ainda sim gosto do conforto. A princípio queria encher aquele quarto de livros, fingindo ser minha biblioteca particular, mas as condições apertaram.

Pagar o aluguel já é difícil, construir uma biblioteca é pior. Hoje em dia eu guardo coisas que não cabem no meu quarto.

ㅡ Sim. Por quê? Tá interessa?

Corações Atrevidos | Vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora