A gata sentou no beiral da janela e reparou que o humano que corria, não tirava os olhos da casa, enquanto seu humano fofinho roncava no meio dos panos. Ele já deveria estar parado aqui e isso a irritava. Por que os humanos gostavam de mudar os padrões das coisas? Não havia necessidade de trocar os móveis de lugar e, muito menos, mudar o horário de rotina para acordar.
“Nanon!”
Nanon se remexeu na cama, pois parecia ter ouvido seu nome.
“Nanon!”
Ele se sentou rapidamente, ainda com o lençol enrolado na cara e seu corpo reclamou.
Ele puxou o lençol para baixo e viu Victoria Paulette olhando para fora, ignorando completamente sua existência.
“Você miou??” Nanon falou, chocado.
A gata só girou a orelha na direção do som e, sem nem se dignar a olhar para o lado, ela saltou para fora.
“Você é muito mal educada!!” Nanon gritou para o vazio e ficou de pé.
Ele estava nu e com vestígios de Ohm por toda a parte, mesmo assim foi até a janela e viu que aquele desgraçado fazia sua corrida matinal.
Ohm abanou a mão para ele e estreitou os olhos, sorriu e continuou correndo de costas por um tempo, ainda observando corpo despido de Nanon emoldurado na janela.
Ele tomou banho, colocou somente uma cueca e foi trocar a roupa de cama e fazia isso com uma certa fúria. Não era certo! Como ele ainda tinha forças para correr? Nanon se sentia derrotado desde que Ohm passou a ser mais autoconfiante.
No começo da noite anterior, Ohm se comportou do jeito esperado, quieto e obediente. Conforme a noite foi seguindo e o cansaço se abatendo sobre Nanon, ele até tentou conter os avanços de Ohm, mas sua boca era tão maravilhosamente deliciosa, que era difícil não se entregar por completo.
Na sua visão, seu erro foi ter dito em um momento de fraqueza que Ohm era muito melhor do que qualquer outra pessoa que já esteve ali. Ao ouvir isso, ele parecia ter levado essa declaração como um desafio pessoal e quis vencer a si mesmo. Ele o chupou tantas vezes, fazendo Nanon gozar e gemer como nunca antes tinha acontecido.
Ele imaginou que Ohm ficaria cansado depois disso, porém seu desejo parecia irrefreável e ele o penetrou em tantas posições, uma mais incrível do que a outra, que Nanon só percebeu seu esgotamento quando teve uma trégua.
“Eu só preciso melhorar meu condicionamento físico!”
Sim, era só isso o que ele precisava fazer, Nanon pensou, resoluto. Se ele colocasse alguns exercícios no seu dia-a-dia, Ohm iria se arrepender de ter cogitado desafiá-lo.
Ele se deitou de barriga para baixo no chão, resmungando pelo corpo cansado, e começou a fazer algumas flexões, determinado a vencer aquele ordinário.
A gata o ouviu reclamar e voltou para a janela a tempo de ver o seu humano cair de cara no chão depois de tentar fazer… fazer... O que ele estava fazendo? Seria um alongamento?
Curiosa, ela pulou para dentro e mostrou qual o melhor jeito para se alongar: era só colocar as patas dianteiras para frente e jogar o rabo para trás e para o alto. Ele não tinha rabo, mas tinha uma bundinha e isso deveria ser suficiente para que ele a imitasse.
“Você está debochando de mim?” Nanon ofegou com a bochecha esmagada contra o chão, vendo a gata se esticar ao seu lado.
Isto era vergonhoso. Ele não tinha a menor disposição para fazer exercícios e era ridícula sua pretensão de tentar se igualar a Ohm neste aspecto.
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Fiksi PenggemarOhm Pawat é um fazendeiro rico, viúvo e pai solo. Nanon Korapat é herdeiro de um circo falido. Eu tinha prometido para mim mesma que só escreveria sobre Pat e Pran, mas nesse caso, eu precisava de um pouco das personalidades de OhmNanon. E, como eu...