Capítulo 36

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*Esse capítulo se passa antes e ao mesmo tempo que o capítulo 35. Mas é apenas uma visão diferente dos acontecimentos. 


Alex

Eu olho para Carolina dormindo no sofá e suspiro.

O que estou fazendo?! Porque estou aqui? 

Meu peito se aperta de saudade de Ellie e da minha família. Eu sinto falta até mesmo das gracinhas de James e Lucca. Da forma séria e silenciosa de Steven me chamar atenção, do jeito divertido que Victor vê a vida... e do meu irmão mais velho. Dante.

Eu passei meus dias tentando me focar na faculdade. Mas vez ou outra eu me pegava indo até o campus de medicina veterinária só para ver Ellie de longe. Eu apenas via ela almoçando, estudando ou mexendo no celular.

Ela estava sempre sozinha. Nunca vi ela com ninguém e de certa forma fiquei aliviado por não ver ela com Jeff. Mas também fiquei triste por perceber que eu estou aqui e ela também, e nós poderíamos estar almoçando juntos ou conversando, mas eu nem mesmo poderia me aproximar.

Eu sou um idiota. Tudo que estou fazendo pode não dar em nada. E ela vai continuar tão longe de mim, como sempre esteve. Amanhã eu vou me encontrar com o tal Eduardo. Ele me mandou uma mensagem dizendo para encontra-lo no café próximo a faculdade. Depois de uma semana eu pensei que minha determinação iria diminuir. Mas ela apenas aumentou.

Não posso mais fazer isso. Não posso mais fugir e ficar aqui me escondendo dos meus sentimentos. Nem toda cocaína e álcool me fará esquecer meu passado, da Ellie ou do que eu sinto por ela.

Não podemos controlar por quem vamos nos apaixonar ou quando. Estar a quilômetros de distância não adiantou em nada. Eu apenas me afundei em discriminações e arrependimentos. Mas me recusei a cair de novo em álcool e drogas. Não vou decepcionar Savoya. Nem meu pai de novo. Nem mesmo quero que meus irmãos passem de novo por isso. Eu não quero ser alguém que dá pena. Quero ser alguém que orgulham.

Orgulho? Droga no que estou pensando?

Passo a mão nos meus cabelos frustrado.

Porra! Eu não posso voltar... não posso! Eu magoei pessoas demais quando me afastei naquele dia. Eu vi isso nos olhos de Steven. Eu mal posso imaginar a raiva dos meus irmãos...

Enfrente Alex. Volte para casa. Se os seus irmãos não te quiserem mais lá, eles te mandarão embora. Isso não é nada comparado ao inferno que está vivendo!

Eu puxo o ar e balanço a cabeça. Será que pela primeira vez estou sendo coerente?

Eu termino de beber a cerveja e jogo a garrafa no lixo. Vou para a sala e pego Carolina no colo, levando ela para o seu quarto. Coloco ela na cama e beijo sua festa me afastando.

Ela puxa meu braço e seus olhos estão cheios de sono. - Volte a dormir.

Ela pega minha mão e sorri um pouco. – Fique aqui essa noite. – seus olhos exibem um brilho triste. – Eu sei que amanhã você vai embora. Apenas hoje durma aqui. Como fazíamos quando éramos crianças.

Eu engulo seco. – Carolina...

Ela contrai o canto dos lábios e solta minha mão. – Eu só quero abraçar você Alex. Mas se não confia em mim, tudo bem. Mas valeu a tentativa.

Respiro fundo. Eu não quero, mas vou ceder. - Tudo bem. Eu fico essa noite.

Ela sorri e abre um espaço para mim ao seu lado. Eu subo na cama ao seu lado e estico meu braço. Ela deita a cabeça no meu braço e passa seu braço pela minha barriga. - Obrigada por ficar. – ela fala baixo.

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