Azul piscina II🌊- cap 65

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S O L 🌞

Depois da comida de rabo do meu irmão ficamos em um completo silêncio constrangedor. Não nos olhamos, não nos falamos e nem nos tocamos desde que ele saiu daqui. É horrível ter a verdade esfregada na nossa cara quando estamos negando ela o tempo todo. Merda de realidade.

- Não nos falamos desde que transamos ontem Sol.- afirma me encarando firmemente enquanto acendo um baseado.

- O que você quer dizer Victor?- o encaro. Sua mão estava em seu rosto deixando óbvio seu curativo. Respiro fundo lembrando do que fiz ontem.

- Não podemos continuar assim, nem parece nós dois. Era de uma facilidade impressionante sermos felizes juntos. Quando nos tornamos isso? Quando viramos duas crianças?- indaga olhando nos meu olhos.

- Não sei responder nenhuma das suas perguntas. Quero pedir desculpa de novo por ter te machucado, exagerei na minha reação.

- Eu também não deveria ter te ameaçado, fui um moleque do caralho.- suspira- Eu te amo tanto demônia...

- Se me ama tanto quanto diz, como você come metade do morro e nem me cumprimentava direito? Só falava comigo pra brigar ou mostrar pros seus amigos que ainda me tinha nas mãos, egocêntrico.

- Eu comer aquelas minas não tem nada a ver Sol, me sentia vazio depois. Era um sentimento momentâneo. Depois de transar com elas só vinha você na minha cabeça. Não sei o que fez comigo, mas desde a nossa primeira vez você não sai da minha cabeça nem ao menos um segundo.- dou um sorriso convencido disfarçado.

- Você também não sai da minha mente Victor, não consegui conversar com alguém com maldade. Seu cheiro vinha na minha mente. Quando fechava os olhos sentia o seu toque.- solto a fumaça.

- Então porque nunca me falou isso antes?- se aproxima de mim pegando o baseado.

- Não iria acabar com o meu orgulho por algo tão incerto como a gente.- desabafo.

- Incerto?! Nunca neguei que era gamadão por você, nem por um segundo. Quem deveria ter orgulho sou eu. Você terminou comigo!- diz incisivo.

- Porque estávamos nos machucando porra!- escuto sua respiração profunda denunciando a tentativa de recuperar sua paciência.

- Você me quer Sol?!- traga do baseado soltando a fumaça em mim.

- Eu te quero sempre Victor Hugo, quem não me queria era você!

- Ontem pareceu que não te queria?

- Não.- realmente não pareceu, estou dolorida até agora dos tapas- Mas não estou falando só do sexo.- Me inclino pra perto do mesmo.

- Aquilo foi só mais um sexo pra você?- olha nos meus olhos- Eu me senti ligado a você como não me sentia a muito tempo.- apaga a ponta do baseado passando a mão por dentro do meu cabelo- Te sentir tão perto de mim depois de tantos meses sem nem tocar. Sentir o gosto da boca.- Victor desvia os olhos indo pros meus lábios, sua língua passa em seus lábios carnudos denunciando sua vontade.

- Me beija Victor Hugo. Como se nunca tivesse beijado. Quero que você me beije deixando claro o que quer comigo.- E ele fez.

Cabelinho me beijou com gosto de erva. Sua língua dançava na minha boca. Uma mão estava no meu cabelo e a outra apertava a minha cintura grudando nossos corpos. A intensidade era como eletricidade que ia de ponta a ponta do meu corpo. Finaliza o beijo selando nossos lábios.

-Vagabundo...-sorrio pro mesmo que retribui.

- Vagabunda...- desce as mãos para a minha bunda apertando- Por mim eu vivia pra sempre no seu beijo, no seu corpo, no seu cheiro...

- Vamos lá pra dentro, já estamos muito tempo aqui fora.

- Vou fumar mais um, vai ficar comigo ou vai entrar?- acende

- Ta perguntando se macaco quer banana?- rimos.

[...]

- Eita que o negócio tava bom lá em cima!- gasto o Th quando desce acompanhado da Maju. Impossível não ouvir esses dois. Parece que estão montando móvel de tanto que o Théo bate a cama na parede. Depois fala de mim.

- Vocês podiam respeitar a mãe de vocês um pouquinho né?!- rimos. Eu, cabelinho e minha mãe fumamos alguns, muitos, becks. Rindo do vento? Sim. Sede da porra? Também. Mas sem dúvida uma experiência que vou lembrar pra sempre.

- Aqui ta um cheiro de marola da porra em, caralho!- exclama.

- Pô cupade, nem to sentindo- Cabelinho diz amassando um saco de salgadinho.

- Nem imagino o porque...

- Filho quando for macetar a menina desse jeito põe um travesseiro atrás da cama e um na cara dela. A televisão tá no 80 e eu ainda estava escutando os dois.- Mariane fica vermelha de vergonha- Ta com vergonha Maju? Quando tá sentando no que eu fiz não fica desse jeito né, piranha!

-Mãe, deixa a loirinha quieta-  Théo grita da cozinha.

Azul piscina🌊- temporada IIOnde histórias criam vida. Descubra agora