VEGAS
– MAIS UM FOI FISGADO. Deve ter alguma coisa na água, porque todo mundo ao meu redor de repente decidiu se casar. – disse Christian com a voz arrastada. – E como estão as coisas com o seu belo noivo? Uma maravilha, espero.
– Para com essa merda, Harper, ou eu mesmo te expulso daqui – rosnei.
Minha festa de noivado já estava insuportável sem ter que lidar com ele. Ainda me sentia inquieto por conta do beijo em Pete na semana anterior, e agora tinha que jogar conversa fora com um bando de gente de que não gostava muito. Um sorriso malicioso apareceu no rosto de Christian.
– Nada de maravilhoso, então.
Eu conhecia Christian Harper havia catorze anos e nenhum deles tinha se passado sem que eu sentisse vontade de matá-lo. Chegava a ser impressionante. Em vez de estrangulá-lo como eu queria, alisei casualmente a gravata.
– Comparado com a sua paixão não correspondida? Porra, é um paraíso. - Ele estreitou os olhos.
– Eu não estou apaixonado.
– Não. Você só reduz o aluguel de qualquer um que queira morar no seu prédio sem motivo nenhum.
Ele não era o único que ficava de olho nas pessoas em seu círculo. Enquanto gênio da computação, proprietário de um prédio de luxo em Washington e CEO da Harper Security, uma empresa de segurança privada de elite, Christian tinha olhos e ouvidos em todos os lugares. Ele sabia da chantagem de Chan.
Foi a ele que dei a missão de rastrear e destruir as evidências, cacete. Mas Christian também era um babaca que gostava de ver até que ponto podia pressionar as pessoas. Algumas resistiam. A maioria não. Infelizmente para ele, eu era um dos poucos que respondiam às suas palhaçadas sem hesitar.
– Eu não estou aqui para discutir minhas decisões comerciais com você – disse ele friamente. Se havia alguma coisa capaz de irritar o contido Christian era a menção, ainda que indireta, a certa inquilina de seu prédio. – Vim para celebrar esse emocionante novo capítulo da sua vida. – Ele ergueu o copo. – Um brinde a você e à Pete. Que tenham uma vida longa e feliz juntos.
– Vai à merda.
O babaca riu em resposta, mas ouvir o nome de Pete involuntariamente fez meus olhos se voltarem para ele, que conversava com um elegante casal mais velho. Ele tinha passado o dia todo recebendo os convidados, interagindo com eles e encantando-os de tal maneira que chegou ao ponto em que eu não conseguia dar dois passos sem que alguém me dissesse como ele era adorável.
Era irritante.
Meus olhos se demoraram nos cabelos que caíam em cascata sobre seus ombros e no redemoinho de seda ao redor de seus joelhos. Os pais dele estavam presentes, mas graças a Deus ele não vestia um terninho de tweed.
Estava com um vestido marfim que fluía sobre suas curvas e fazia meu coração acelerar. Mangas curtas, decote discreto, corte elegante. O vestido não era nem um pouco ousado, mas o jeito como ela brilhava nele – o jeito como sua pele parecia mais macia que a seda e como a saia ondulava com a brisa – fazia meu sangue esquentar.
Homens e mulher como Pete fluíam entre os dois gêneros, era normal velos usando calças como vestidos, afinal o bege do tecido estava perfeitamente combinando com sua pele.
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Rei Impetuoso - VEGASPETE
FanfictionPete Saengtham não tem planos de se casar, mas seus pais pensam diferente. Mesmo contra sua vontade acaba indo em um jantar obrigado por seus pais, e lá conhece o frio, calculista e sem saber vingativo Vegas Theerapanyakul, que só tem um objetivo na...