Rei Impetuoso - VEGASPETE

Capítulo 13

VEGAS

– OS MERCADOS ASIÁTICOS SUBIRAM, o Dow Futures está em alta, mas o risco...

Parei de prestar atenção em Dominic.

Ele era um talento do mercado de ações que havia transformado sua empresa iniciante em uma potência de Wall Street em menos de duas décadas. Eu o respeitava e ouvia tudo o que tinha a dizer sobre ações, dinheiro e finanças.

Exceto naquela noite.

Meu maxilar se contraiu quando outra risada aguda alcançou meus ouvidos, vinda do bar. Pete tinha passado os últimos sete minutos conversando com Nop. Não apenas conversando: ele sorria e gargalhava como se ele fosse um comediante premiado, embora eu soubesse que ele não era tão engraçado assim.

Senti uma pontada de irritação no peito quando ele se inclinou para mostrar o celular a ele. Nop fez algum comentário e ele riu mais uma vez. Pete nunca ria tanto assim comigo, e eu era a porcaria do noivo dele.

– Vamos marcar um almoço para concluir esse assunto – interrompi Dominic antes que ele entrasse nos detalhes do impacto causado pelo último anúncio do Federal Reserve. – Preciso falar com Pete. - Ele levou a interrupção numa boa.

– Vou pedir para a minha assistente fazer uma reserva. - Antes que ele concluísse a frase, eu já estava atravessando o salão.

– Desculpe por ter demorado tanto. – Pousei a mão nas costas nuas de Pete e fixei os olhos em Nop. – Obrigado por fazer companhia ao meu noivo enquanto eu falava com Dom, mas acho que vou ter que roubá-lo de você. – Dei uma leve ênfase à palavra noivo. – Ainda não tive a chance de mostrar o clube para ele de forma apropriada.

– Claro. – Nop se levantou, a verdadeira imagem da polidez britânica. Um discreto sorriso espreitava nos cantos de sua boca. – Pete, foi um prazer, como sempre. Vegas, nos vemos por aí, tenho certeza. - Como sempre? O que ele quis dizer com como sempre?

– Da próxima vez que quiser marcar território, é melhor urinar em círculo ao meu redor – disse Pete assim que Nop saiu. – Seria mais sutil.

– Eu não estava marcando território. – Aquela sugestão era absurda. Eu não era a merda de um cachorro. – Estava te salvando do Nop. Tenha cuidado com ele. Ele não é o cavalheiro que aparenta ser.

– Comparado a você, que saiu atropelando a nossa conversa feito um touro em uma loja de porcelana?

– Sutileza é um negócio superestimado.

– Por você? Sem dúvida.

Pete se levantou, o terno brilhando como estrelas pintadas em suas curvas.

Meu corpo inteiro se contraiu.

Aquele maldito terno de renda. A visão dele aparecendo no saguão, lábios vermelhos, pele lisa e renda bege, estava para sempre arraigada em minha memória, e eu o odiava por isso.

– Você me ofereceu um tour pelo clube, foi isso? – Ele ergueu uma elegante sobrancelha escura. – Foi por isso que mandou o Nop embora, não foi? - Abri um breve sorriso em resposta e estendi o braço. Ela o tomou.

– Sobre o que você e Nop estavam conversando?

os convidados tentando chamar minha atenção no caminho até a porta. Tinha atingido minha cota de conversa fiada da noite.